Chuva deixa moradores das ilhas do Guaíba em alerta

zerohora.clicrbs.com.br/Divulgação.

Próximos dois dias são de tensão na área com a possibilidade de cheia do rio

Sempre que chove mais forte, as ilhas do Guaíba ficam em alerta para o avanço das águas sobre as casas. Com os temporais desta semana, a situação não é diferente. Os próximos dois dias são de tensão na área com a possibilidade de cheia do rio. A invasão do Guaíba, no entanto, não é o único problema enfrentado pelas comunidades. A reportagem do Correio do Povo esteve na Ilha Grande dos Marinheiros, onde o acesso ao local é muito precário. Em menos de uma hora foi possível verificar o esforço que condutores de ônibus e caminhões fazem para entrar no local. Os veículos quase viram de lado por causa do tamanho dos buracos.

Morador da Ilha Grande dos Marinheiros há quatro anos, o catador Luís Fernando Ramos sintetizou o sentimento da comunidade. “Ninguém merece viver assim”. A precariedade do acesso de chão batido é tamanha que até a carroça usada por ele para o trabalho de recolhimento de lixo sofreu as consequências. “Na semana passada, quebrou o eixo e gastei um bom dinheiro para soldá-lo de novo”, contou. As dificuldades não param por aí. “Levar as crianças ao colégio é um problema com a lama. As roupas estão sempre sujas e, como tem chovido, lavar roupa é difícil”, desabafou Ramos.

O comerciante Sadi Alves Ferreira revelou que nos cinco anos em que trabalha na ilha a situação só piora. “Os motoristas de caminhões não querem entrar aqui para deixar as mercadorias. Querem que eu vá buscar com o meu carro na entrada. Já vi muitos veículos sofrerem sérios danos”, disse. Conforme Ferreira, a chuva em agosto não deu trégua, deixando o acesso com lama e buracos praticamente o mês inteiro. “Estou para lavar o meu carro há dois meses, mas não tenho coragem”, disse.

A elevação do nível dos rios da Região Metropolitana colocou a Defesa Civil dos municípios em alerta. Em Canoas, o coordenador Mauro Guedes informou que o nível do rio dos Sinos na Prainha do Paquetá já aumentou 20 centímetros. “Geralmente, a água demora três dias para chegar no local, mas um vento Sul pode mudar tudo”, comentou. Na semana passada o rio aumentou 50 centímetros interrompendo a via de acesso ao vilarejo, uma vez que o vento represou a água.

Fonte: Marcos Koboldt / Correio do Povo 
 www.correiodopovo.com.br


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