Dilma cita Pelé antes de políticos e causa constrangimento a Ricardo Teixeira
Presidente foi calorosa na apresentação do Rei do Futebol e fria com cartola
Do R7Em seu discurso no sorteio dos grupos das eliminatórias da Copa do Mundo de 2014, a presidente Dilma Rousseff mostrou seu descontentamento com a forma que a Copa do Mundo está sendo conduzida. Na apresentação das autoridades, a mandatária foi calorosa com Pelé e fria para falar do cartola.
Sem ser convidado pela CBF, mas como Embaixador da Copa, cargo dado a ele pela presidente, Pelé recebeu vários elogios de Dilma, como “meu querido” e foi apresentado de forma mais calorosa possível. Já para o cartola, apenas o nome e o cargo foram citado.
Pelé foi colocado ao lado de Teixeira durante o sorteio e foi aplaudido efusivamente pela plateia, inclusive se levantando para cumprimentar o público presente. O mesmo não ocorreu com Teixeira que teve uma recepção comum, como todos os outros políticos citados.
Dilma estava em uma sala reservada e separada de todos os outros políticos antes da cerimônia. A presidente recusou o pedido de reunião feito por Teixeira. A atitude da presidente tem a intenção de ligar o evento ao nome do ex-jogador e de afastar do cartola, que sofre acusações de corrupção em vários locais do mundo.
Ricardo Teixeira está em um momento turbulento com críticas da mídia e com torcedores pedindo sua saída da CBF e da organização da Copa do Mundo de 2014. Antes da cerimônia, torcedores realizaram um protesto contra o cartola.
O mandatário do futebol brasileiro é acusado na justiça suíça por participação em um esquema de corrupção envolvendo a FIFA. Segundo fontes no país europeu, Teixeira e João Havelange fizeram um acordo para revelar o esquema para as investigações terem andamento. Manobras dos advogados impedem a divulgação deste processo.
No Brasil, Teixeira é acusado de enriquecimento ilícito desde que assumiu o comando da CBF, em 1989. Em uma entrevista recente, o cartola se mostrou dono do futebol brasileiro e ameaçou fazer retalhações contra os seus críticos, como negar credenciais, mudar horários de jogos, entre outras.
Outra denúncia contra o dirigente acontece em Brasília, onde o Ministério Público o acusa de desvio de R$ 9 milhões no amistoso entre o Brasil e Portugal, em 2008. Esse jogo pode ter servido para uma engenharia financeira do presidente da CBF.
Os problemas com Ricardo Teixeira já vem de longa data e em 1994 ele foi acusado de tentar voltar da conquista do tetracampeonato mundial, nos Estados Unidos, com um avião cheio de contrabando.
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