Comerciante chinês é assassinado em Pilares

Vítima foi atingida por tiros na nuca, ouvido, tórax e perna | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

POR MARCELLO VICTOR

Rio - O comerciante chinês Wei Gui Ye, de 38 anos, foi morto com quatro tiros dentro do próprio carro, na noite desta sexta-feira, no Viaduto de Pilares, na Zona Norte. Um outro chinês que estava no veículo conseguiu fugir. Nada foi levado. A polícia suspeita de execução. PMs promoviam uma operação na Avenida Dom Hélder Câmara, a cerca de 500 metros do local do homicídio.

O crime ocorreu por volta de 21h. Wei dirigia o Voyage grafite placa LPV-5350, no sentido Abolição. Segundo testemunhas, na descida do Viaduto de Pilares o sinal de trânsito na esquina da Avenida Dom Hélder Camâra estava fechado e havia retenção. Um homem a pé parou na porta ao lado do comerciante e efetuou pelo menos cinco disparos. O assassino fugiu em uma moto dirigida por um comparsa. O comerciante morreu na hora.

Segundo o comandante do 3º BPM (Méier), tenente-coronel Rui França, Wei foi atingido por tiros na nuca, ouvido, tórax e perna. Ele disse que policiais realizavam um operação Choque de Ordem em frente ao Norte Shopping. Eles seguiram para o local, mas os criminosos conseguiram fugir. O chinês, não identificado, que estava no carona conseguiu sair do carro e não foi atingido.

"Pareceu algo direcionado. Se o assassino quisessem teria 'derrubado' (matado) o amigo dele tinha feito", disse um motoqueiro que passava pelo local e disse que chegou a ver os dois bandidos fugindo. Ainda segundo ele, o sinal estava fechado e o trânsito congestionado no viaduto.

 Familiares de Wei Gui Ye estiveram no local do crime | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Segundo o sobrevivente, Wei tinha saído do restaurante de sua propriedade em Niterói, Região Metropolitana, e seguia para casa na Zona Norte. Ele morava no Brasil há 15 anos. A mulher e a filha de 16 anos estiveram no local. Deseperada, a viúva tentou se aproximar do corpo, mas foi contida por amigos e impedida por policiais da Divisão de Homicídios (DH) que investigam o caso. Ela chegou a se agarrar a porta do veículo após a retirada do corpo.

O vice-cônsul geral da China, Wang Xian, esteve no local. Ele prestou solidariedade à família, mas não deu declarações.

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