quarta-feira, 11 de julho de 2018

Cerca de 4 mil homens das forças de segurança fazem operação em 5 comunidades

Agentes estão no Complexo do Lins, na Zona Norte, e no Pavão-Pavãozinho, Cantagalo, 
Babilônia e Chapéu Mangueira, na Zona Sul; a Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá foi fechada


Por O Dia

Rio - Quase 4 mil homens das forças de segurança realizam, na manhã desta quarta-feira, operações em cinco comunidades da cidade. Os agentes estão no Complexo do Lins, na Zona Norte, e nas comunidades do Pavão-Pavãozinho, Cantagalo, Babilônia e Chapéu Mangueira, no Leme e em Copacabana, na Zona Sul. Serão feitas estabilização dinâmica das áreas, remoção de barricadas, revistas de pessoas e de veículos, além da checagem de antecedentes criminais. Por causa da operação, a Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá está interditada nos dois sentidos. O Centro de Operações da Prefeitura (COR) recomenda a quem precisar trafegar entre a Zona Oeste e o Centro que opte pela Linha Amarela ou o Alto da Boa Vista. O Comando Conjunto da intervenção na segurança pública do Rio avisa que além da interdição de algumas vias e acessos nas regiões da operação, setores do espaço aéreo poderão ser controlados, com restrições dinâmicas para aeronaves civis.


A serra Grajaú-Jacarepaguá está totalmente fechada.

Nas ações, a Polícia Militar verifica denúncias de ostensividade criminosa e de outras condutas ilícitas, realiza vasculhamentos e bloqueia vias de acesso na região. E a Polícia Civil cumpre mandados judiciais. Eles e os demais agentes das operações têm apoio de blindados, aeronaves e equipamentos de engenharia.

Para o Comando Conjunto, no Complexo do Lins, além da área diretamente abrangida pela operação, também serão impactados os moradores de Engenho de Dentro, Encantado, Méier, Sampaio, Vila Isabel, Andaraí e Água Santa. Na Zona Sul, além do Leme e Copacabana, serão afetados os bairros de Ipanema, Lagoa, Jardim Botânico, Leblon, Humaitá, Botafogo e Urca.

Considerando ambas as operações, o total de moradores impactados é estimado em 29 mil pessoas diretamente e 645 mil indiretamente.

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PM morre e outro fica ferido na Avenida Brasil.

Bandido em uma Fiat Fiorino atirou contra os militares, que faziam patrulhamento. Soldado 
Rodrigo Passos Soares, de 29 anos, estava há quatro na PM, não tinha filhos e deixa esposa.


Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - Um policial militar morreu e outro ficou ferido, por volta da 01:00h de terça-feira, na Avenida Brasil, na altura da passarela 7, em Bonsucesso, na Zona Norte da cidade. De acordo com a PM, o sargento Inaldo Botelho, de 45 anos, e o soldado Rodrigo Passos Soares, de 29, do Batalhão de Patrulhamento em Vias Expressas (BPVE), faziam patrulhamento na região com outros dois militares quando perceberam um homem em uma moto BMW em atitude suspeita. Antes mesmo de abordá-los, um bandido em uma Fiat Idea, que vinha logo atrás, disparou com um fuzil AK-47 e uma pistola calibre 9mm contra os agentes, que revidaram. O caso ocorreu em frente à Escola Municipal Bahia, no Complexo da Maré, na entrada para a Favela do Timbau. O soldado Rodrigo estava com colete à prova de balas, mas o disparo de fuzil calibre 7,62, atravessou a proteção e o atingiu no peito. Segundo a corporação, a bala entrou pela lateral, onde não há placa balística aquedada para o nível da munição. Entretanto, os colegas reforçam que o disparo foi no meio do colete. A investigação da polícia vai apurar se a proteção estava vencida. Ele chegou a ser levado ao Hospital Federal de Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Já o sargento foi baleado três vezes (no pé, na coxa e na nádega), socorrido no mesmo hospital, passou por cirurgia e seu estado de saúde é considerado estável.

No confronto, um dos bandidos, identificado como Ruan Rodrigues da Silva Pereira, de 24 anos, morreu com um tiro na cabeça e o outro criminoso ficou ferido, mas conseguiu fugir para dentro da comunidade do Timbau. Lucas Pinheiro da Silva, de 22 anos, acabou preso no final da madrugada no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde tinha dado entrada baleado. Ele permanece no local sob custódia. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dele.

A versão da Polícia Militar sobre um carro que surpreendeu os policiais difere do depoimento dos outros dois PMs em depoimento à Polícia Civil, de acordo com Cassiano Ponte, do núcleo de investigação de mortes de policiais. "Em nenhum momento os outros dois policiais que não foram baleados disseram que tinha um carro. Eles estavam em patrulhamento na Avenida Brasil, por volta de 01:00h, quando viram a moto e os dois homens. Quando ligaram o giroflex, antes mesmo de darem ordem de parada, os criminosos atiram, e os policiais revidaram", contou.

As armas usadas no ataque aos policiais foram apreendidas e a moto recuperada. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios (DH-Capital). Com mais essa morte, já chega a 66 o número de policiais assassinados no Estado do Rio em 2018 - sendo 60 policiais militares, 5 policiais civis e um policial federal.

O corpo do policial morto já passou por necrópsia no Instituto Médico Legal (IML) e o pai e a esposa, além de colegas de farda do BPVE, estão no local para realizar a sua liberação. Ele será enterrado no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, às 16:00h de hoje. O soldado da PM deixa esposa e não tinha filhos. Rodrigo estava há quatro anos na corporação. O comandante do BPVE, Walter Teixeira Silva Júnior, lamentou a morte de seu policial, que estava há um ano no batalhão. "Ele trabalhava em prol da sociedade. É muito triste receber uma notícia de que um policial foi morto no cumprimento do seu dever. Ele era um bom policial, comprometido com os seus deveres, sempre foi objetivo nas suas avaliações", disse.

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Vereadores conseguem assinaturas para abrir sessão extraordinária que discutirá impeachment de Crivella.

Dezessete vereadores assinaram o documento.


POR O DIA

Rio - Os vereadores que fazem oposição ao prefeito Marcelo Crivella (PRB) na Câmara Municipal conseguiram as 17 assinaturas necessárias, na tarde da terça-feira, para realizar uma sessão extraordinária que discuta os pedidos de impeachment, protocolados na segunda-feira na Casa. Dezessete vereadores assinaram o documento: Tarcísio Motta, David Miranda, Paulo Pinheiro, Babá, Renato Cinco, Leonel Brizola (PSOL); Reimont, Luciana Novaes (PT); Fernando william (PDT); Átila Alexandre Nunes, Rosa Fernandes, Rafael Aloísio de Freitas (MDB); Leandro Lira (Novo); Teresa Bergher e Professor Adalmir (PSDB); Ulisses Marins (PMN) e Zico (PTB).

Na segunda-feira, dois pedidos de impeachment contra Crivella foram protocolados na Câmara, motivados pela reunião com evangélicos em que ele ofereceu facilidades a fiéis que precisassem operar catarata ou varizes em hospitais públicos e conveniados. Os requerimentos um apresentado pelo vereador Átila Alexandre Nunes (MDB) e outro pelo deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) e Isabel Lessa, presidente do Psol carioca acusam o governante de improbidade administrativa. “Ontem a noite recebi telefonema da vereadora Rosa Fernandes prometendo assinar nesta tarde. Também vão assinar os vereadores Rafael Aluísio de Freitas, Zico e Wellington Dias. Temos obrigação de voltar do recesso para discutir este caso que é muito grave”, diz Teresa Bergher (PSDB) uma das articuladoras do pedido de impeachment na Câmara. Em entrevista ao SBT Rio, Crivella disse que nunca ofereceu possibilidade de furar a fila de cirurgias da catarata, porque teria "zerado a fila".

O encontro com cerca de 170 líderes religiosos e pastores evangélicos, que não constava na agenda oficial, aconteceu no dia 4 de julho no Palácio da Cidade. O prefeito discursou na presença do pré-candidato a deputado federal pelo PRB Rubens Teixeira. Em uma das falas, gravadas em áudio por jornalista dos jornais Globo e Extra, Crivella sugeriu aos pastores que orientem os fiéis a procurar uma assessora dele, Márcia (da Rosa Pereira Nunes), que poderia agilizar as cirurgias.

O prefeito disse ainda que as igrejas que estivessem recebendo cobrança de IPTU deveriam falar com um advogado chamado Milton para "dar um fim nisso". "Nós temos que aproveitar que Deus nos deu a oportunidade de estar na prefeitura para esses processos andarem", afirmou. O governante também ofereceu auxílio para resolver problemas de igrejas que ficam longe de pontos de ônibus, para fazer eventos no Parque Madureira e cuidar de dependentes em drogas.

Em nota a assessoria do prefeito informou que Crivella 'entende que protocolar pedido de impeachment faz parte do jogo político da oposição'. "Mas tem certeza que tanto a Câmara de Vereadores quanto o Ministério Público vão saber separar o que é realidade do que é manipulação nesse caso", completa o documento. Pedido vai à OAB. O vereador Átila Nunes (MDB) se reunirá, nesta quarta-feira, com o Procurador Geral da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ), Fabio Nogueira, solicitando que o Conselho Seccional da Ordem aceite a denúncia que embasa o pedido de impeachment do prefeito. Nunes apresentará à OAB documentos argumentos jurídicos que, segundo ele, caracterizam múltiplas infrações político-administrativas, de improbidade e de postura não republicana, além de ofensa ao princípio da impessoalidade e da moralidade por parte do prefeito.

O parlamentar atribui à Crivella diferentes crimes de responsabilidade previstos no Decreto-Lei nº 201/67, na medida em que "o prefeito viola expressa disposição da Carta Magna ao praticar, de forma escancarada, o proselitismo religioso em sua administração". De acordo com o vereador, o prefeito "procede de modo incompatível com a dignidade e o decoro exigidos pelo cargo ao utilizar-se, indevidamente, em proveito próprio ou alheio, de bens, rendas ou serviços públicos, beirando às raias da improbidade administrativa".

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terça-feira, 10 de julho de 2018

Um domingo de República de Bananas.

Não bastasse o brasileiro ter de conviver com um presidente da República impopular e sob forte odor de corrupção, o cidadão comum tem a sensação de que a balança da Justiça do país está mal aferida.


WÁLTER FANGANIELLO MAIEROVITCH

Não bastasse o brasileiro ter de conviver com um presidente da República impopular e sob forte odor de corrupção, o cidadão comum tem a sensação de que a balança da Justiça do país está mal aferida. Por consequência, a Temis brasileira está com os seus pratos desequilibrados. E são frequentes teratologias jurídicas causadoras de situações de insegurança. Quando juízes de Corte Constitucional perdem o pudor ao não se declarem proibidos de julgar por notória falta de imparcialidade, a Justiça passa a ser desacreditada: no Brasil temos, sob influência da tripartição dos poderes desenvolvida por Mostesquieu, um poder Judiciário, ao lado dos poderes Legislativo e Executivo. No particular, o Brasil caminha a passos largos para uma situação de entropia que o saudoso jurista europeu Piero Calamandrei — um dos pais da Constituição italiana de 1948 —, apontou com a expressão latina Habent sua sidera lites, a significar não ser a Justiça algo a ser levado a sério.

No último domingo e com o tradicional recesso judiciário do mês de julho, um magistrado de Corte regional e federal agitou o país — que terá eleição em outubro próximo para chefe do Executivo federal — em regime presidencial republicano. Como se diz no popular, esse magistrado do plantão judiciário, que funciona com competência restrita a apreciar casos de urgência e inadiáveis, jogou gasolina numa fogueira política que diz respeito ao popular ex-presidente Lula da Silva.

Lula está condenado, em duas instâncias da Justiça, (uma monocrática e outra colegiada), por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Encontra-se preso provisoriamente, pois as condenações (corrupção e lavagem) ainda não passaram em julgado, ou seja, não são definitivas. Estão pendentes de julgamentos dos seus recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF).

Por seis votos contra cinco, o Supremo Tribunal, que funciona também como corte Constitucional, firmou no ano de 2016 entendimento jurisprudencial de ser possível execução provisória de sentença condenatória imposta ou confirmada por um órgão judiciário colegiado: e Lula foi condenado, em sede de apelação, pela 8ª Turma Julgadora do Tribunal Federal da 4ª região, com sede no estado federado do Rio Grande do Sul. Diante da acima mencionada jurisprudência redutora do alcance do princípio constitucional da presunção de não culpabilidade (chamada de presunção de inocência a partir da Revolução Francesa), o ex-presidente Lula encontra-se a cumprir pena de prisão fechada, em processo de execução provisória.

As duas turmas julgadoras do Supremo Tribunal, apesar da jurisprudência do colegiado ainda não haver sido derrubada, divergem sobre caber ou não execução provisória. Quem tem sorte de levar o recurso à Segunda Turma, pode ganhar a liberdade. E na semana passada, num contorcionismo jurídico para driblar a jurisprudência do Supremo Tribunal de admissão da condenação antes de se tornar definitiva, a referida Segunda Turma concedeu, em habeas corpus de ofício (sem provocação da defesa técnica), efeito suspensivo a recurso de José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil do então presidente Lula. Claro está que a situação processual de José Dirceu é exatamente igual ao do ex-presidente Lula que, no entanto, continua preso provisoriamente.

A defesa técnica de Lula aguarda, após o período de férias do Supremo Tribunal, que os 11 ministros decidam, em sessão plenária, se o ex-presidente aguardará o julgamento dos seus recursos em liberdade e se está ou não inelegível: as pesquisas de intenção de voto apontam Lula em primeiro lugar na corrida presidencial, com cerca de 30% dos votos. Para surpresa geral — sem ser caso de urgência a justificar uma decisão do Plantão judiciário e estar a questão fulcral sobre a liberdade e ilegibilidade de Lula subjudice no Supremo Tribunal —, o magistrado plantonista, Rogério Favreto, determinou liminarmente, de pronto, a soltura do ex-presidente Lula. Entendeu estar Lula sendo prejudicado como futuro candidato, pois os seus concorrentes gozavam de liberdade, embora não houvesse nenhum condenado: o Partido dos Trabalhadores ainda não indicou Lula como candidato e isto em razão de obstáculo previsto na chamada Lei de Ficha Limpa. Por essa lei, não tem legitimidade para candidatar-se quem estiver condenado criminalmente por decisão de órgão judiciário colegiado. Lula, como frisado, encontra-se condenado por Vara Criminal de Curitiba (julgamento monocrático) e pela 8ª Turma do Tribunal Federal da 4ª Região. A liminar concedida no plantão judiciário do Tribunal foi espantosa, pois a regra é do seu cabimento de liminar apenas diante de uma flagrante e visível ilegalidade ou de abuso de poder. E o espanto aumentou quando se soube que o Favreto não era um magistrado por concurso público, mas por nomeação da ex-presidente petista Dilma Rousseff (eleita por influência de Lula e cassada por impeachment). Mais ainda, Favreto tinha uma militância de mais de 20 anos no lulista Partido dos Trabalhadores. Para piorar e indicar a sua falta de isenção para decidir, havia assessorado Lula na presidência da República.

Depois de mais de 16 horas de idas e voltas, manteve-se a prisão de Lula, por decisão do presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. O presidente da Corte solucionou um conflito de competência entre dois dos seus membros. Ou melhor, entre o magistrado Pedro Gibran Netto, membro da 8ª Turma do Tribunal (relator do processo onde ocorreu a condenação de Lula e foi emanada a ordem de prisão) a negar a soltura de Lula, e o magistrado do plantão a expedir ordem se soltura de Lula.

Num pano rápido. O Brasil viveu um domingo de República de Bananas.

Wálter Fanganiello Maierovitch, 71 anos, é jurista, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo, professor de Direito, Cavaliere della Repubblica di Italia, editorialista e comentarista da Radio CBN-Globo. É presidente do Instituto Giovanni Falcone de Ciências Criminais e titular vitalício na Academia Paulista de Letras Jurídicas e na na Academia de História.

brasil.elpais.com

PT fecha contrato com o Aragão e Ferraro para campanha presidencial de Lula.


Mercado Jurídico
Por Sérgio Rodas

Por Ana Pompeu

O PT vai reforçar o trabalho jurídico para a campanha eleitoral do ex-presidente Lula. O partido fechou contrato com o Aragão e Ferraro Advogados para o pleito. A banca já é responsável pelos processos do diretório nacional da sigla, mas as ações penais a que responde Lula não passam por alteração e permanecem com a defesa atual. O ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão tem visitado Lula, na sede da Polícia Federal em Curitiba, ao menos uma vez por semana para tratar das ações na Justiça Eleitoral. Aragão já ocupou os cargos de subprocurador-geral da República e subprocurador-geral Eleitoral. O sócio dele, Angelo Ferraro, coordena a equipe. Desde a condenação do ex-presidente em 2ª instância, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a viabilidade da candidatura dele é motivo de discussão. Lula se mantém na liderança das pesquisas com índices de intenção de voto para o primeiro turno da eleição presidencial de 2018. O dia 15 de agosto é o prazo para os partidos registrarem os nomes que vão disputar os cargos em disputa.

A jurisprudência do Superior Tribunal Eleitoral determina que um candidato só pode ser barrado com condenação definitiva. "Nós vamos atuar para que ele chegue às urnas", enfatizou Eugênio Aragão. Para ele, com o registro, tem início as impugnações e o trabalho se intensifica. "Vamos esgotar os meios que estão à nossa disposição. Em inúmeros precedentes a Justiça tem garantido a campanha daqueles que têm registro impugnado", aponta. De acordo com o advogado, essa é a orientação de Lula. "Essa é a estratégia. Ele está nessa. A gente vai promover todos os atos necessários para garantir que ele se registre e possa promover os atos de campanha", afirmou. Eugênio Aragão defende que o fato de o petista estar preso não retira dele os direitos políticos, o que só acontece com a condenação. "Não é o simples fato que ele teve a condenação do TRF-4 que o tira da jogada. Ele continua na disputa", disse. "Tanto na execução penal como a Justiça Eleitoral têm que garantir esse direito dele, claro que adaptado às circunstâncias. Pedimos para que garanta que ele grave onde está e participe da campanha", explicou. Para Angelo Ferraro, essa é uma conta importante dado o momento histórico que o país vive. "E é um momento histórico em que a gente acredita que ele vá conseguir tocar a campanha até o final. Não temos dúvida de que ele é elegível e que ele vai até o 2º turno", afirmou o sócio que vai coordenar as equipes técnico-jurídicas.

O escritório funciona em Brasília, São Paulo e, mais recentemente, em Belo Horizonte. Não há uma sede formal em Curitiba, onde a atuação se dará também por meio de parceiros. "Criamos uma estrutura jurídica bastante sólida e acreditamos que vamos conseguir levar o presidente ao 2º turno. Do ponto de vista legal, ele é elegível. A Lei da Ficha Limpa não pesa sobre a candidatura dele", disse Ferraro.

Atualmente, a equipe que lidará diretamente com a campanha de Lula conta com 12 advogados, número que deverá ser ampliado ao longo do processo. "Informatizamos todos os processos, consolidamos o jurídico nacional de forma sistemática, conseguimos êxito em duas prestações de conta no TSE. A equipe está em sintonia, junta há oito meses e se preparando."

Prisão e ineditismo
A situação da pré-candidatura de Lula é inédita e várias questões poderão ser pautadas e demandar posição da Justiça Eleitoral. No início de maio, o ministro Og Fernandes, do TSE, negou liminar pedida pelo PT para garantir a participação de um representante do ex-presidente em sabatinas e entrevistas com pré-candidatos à Presidência da República. O ministro, responsável por julgar demandas referentes às campanhas eleitorais de 2018 no TSE, decidiu enviar o processo para análise do Plenário. De acordo com ele, embora as sabatinas tenham que ser pautadas pelo princípio da isonomia, não existe lei que garanta a participação de pré-candidatos se eles não puderem comparecer. Ou que obrigue os responsáveis pelo debate a convidar um representante.

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Novo ministro do Trabalho é sócio de mulher de Gilmar Mendes em escritório


Gustavo Maia
Do UOL, em Brasília 

Anunciado na segunda-feira (9) como o novo ministro do Trabalho pelo presidente Michel Temer (MDB), o advogado Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello é sócio da mulher do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes em um dos mais renomados escritórios de advocacia do Brasil. A informação consta do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica da Receita Federal. Caio Luiz e Guiomar Feitosa de Albuquerque Lima Mendes aparecem como dois dos 23 sócios do Sergio Bermudes Advogados Associados, com sede em Brasília.

No site do escritório, o novo ministro aparece no rol de membros apenas como consultor. Ainda de acordo com o cadastro da Receita, a empresa foi aberta em 2001. Vieira de Mello é desembargador aposentado e foi vice-presidente judicial do TRT-3 (Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região), no biênio 2008 e 2009.

O advogado foi anunciado para ocupar a pasta quatro dias depois de o ex-ministro do Trabalho Helton Yomura (PTB) ter sido afastado do cargo por decisão do ministro Edson Fachin, do STF. Desde a última quinta-feira (5), quando Yomura pediu demissão, o ministério era comandado interinamente pelo ministro Eliseu Padilha (MDB), que acumulou o ministério da Casa Civil.

Segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto, a posse de Vieira de Mello estava marcada para as 15:00h desta terça (10). A reportagem tentou entrar em contato com o novo ministro no início da noite da segunda, mas foi informado pela telefonista do escritório Sergio Bermudes que ele estava recebendo muitas ligações e retornaria quando fosse possível. O UOL também não conseguiu ouvir Guiomar Mendes, que se encontra de férias no exterior.

noticias.uol.com.br

O que a Globo esconde quando ataca Crivella.

Ao acabar com a farra das verbas publicitárias, o prefeito do 
Rio foi atingido por uma impiedosa campanha difamatória.


COLUNA DO FRAGA

O jornal "O Globo" promove uma campanha feroz contra o prefeito do Rio Marcelo Crivella. Seria louvável se o objetivo fosse apenas a busca insaciável pela verdade dos fatos, a fiscalização impiedosa do poder, afinal, como dizia Millôr Fernandes, "jornalismo é oposição, o resto é armazém de secos e molhados". Esse é o problema. Não se trata de rigor jornalístico e, sim, do "armazém de secos e molhados".

Vamos prestar atenção em alguns números: em 2009, quando assumiu a prefeitura do Rio, Eduardo Paes aumentou a verba publicitária de R$ 650.000,00 para R$ 29.000.000,00, ou seja, inacreditáveis 4.432% a mais. Antes do fim do mandato, essa verba já era de R$ 150.000.000,00. O maior beneficiado por essa generosidade com o dinheiro do contribuinte carioca era, naturalmente, o grupo Globo. Em 2015, os veículos da família Marinho enchiam os cofres com R$ 23.000.000,00 de verba publicitária, mas o dinheiro parrudo - R$ 132.000.000,00 - vinha dos acordos firmados entre a Prefeitura e a Fundação Roberto Marinho e o Infoglobo.

Quando sucedeu Eduardo Paes, Crivella acabou com a farra. E começou a dar ao grupo Globo o mesmo tratamento dispensado aos outros veículos de comunicação. Com isso, o conglomerado de comunicação perdeu quase R$ 50.000.000,00 de receita no ano passado. É desnecessário ressaltar que o prefeito fez apenas o que se espera de um gestor, mas os Marinhos não pensam assim. Não estão acostumados à concorrência. Está na gênese da empresa.

É importante lembrar aqui que antes do golpe de 1964, o jornal "O Globo" era insignificante no cenário nacional. Importantes mesmo eram o "Estado de S. Paulo" e o "Correio da Manhã". Fundada em 26 de abril de 1965, a Globo só se tornou a Globo de hoje graças a um acordo com a Time-Life americana ( que gerou uma CPI no Congresso) e, principalmente, pelo apoio dos governos militares. O que Roberto Marinho deu em troca qualquer manifestante que ocupa as ruas desde os anos de chumbo sabe de cor e salteado.

Ao cortar as regalias do grupo Globo, Crivella ganhou um inimigo perverso. O mesmo inimigo que tentou derrubar Leonel Brizola, mesmo antes de ele assumir em 1982, ao divulgar os números fraudados da Proconsult. No poder, Brizola enfrentou bravamente a Globo, mas até hoje paga por isso ao ter seu nome associado, por exemplo, aos "arrastões", prática de crime comum nas praias cariocas desde que o Rio é Rio, mas que os veículos dos Marinhos garantiam que era culpa dele.

A bem da verdade, é preciso reconhecer que o grupo Globo ama e odeia com o mesmo furor. Assim como é cruel com os adversários políticos, é até servil com aqueles de quem precisa. Foi assim com Sérgio Cabral e está sendo assim com Eduardo Paes. Em 2011, por exemplo, o então secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, recebeu do jornal "O Globo" o Prêmio Faz Diferença de Personalidade do Ano.

A tal Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) já era vista por todos os especialistas sérios como um engodo, mas isso não interessava. O que importava era bajular o governador. Durante todo o período em que esteve à frente da maior quadrilha que o Estado do Rio de Janeiro conheceu, Sérgio Cabral teve o tapete vermelho estendido nos corredores globais. Sua administração apodrecia sob todos os aspectos, mas a amizade com os Marinhos causava uma cegueira seletiva nas redações.

Hoje, o protegido da vez é Eduardo Paes. O ex-prefeito, como os números revelaram lá em cima, é credor de tamanho apreço. Recebeu e recebe tratamento diferenciado. Nada de reportagens sobre as denúncias de propina pela construção da Transcarioca e da recuperação das bacias de Jacarepaguá e da Barra da Tijuca. A gigantesca e mal gasta dinheirama aplicada no Parque Olímpico também merece igual silêncio. Qualquer estagiário de O Globo sabe que só pelo fato de ser unha e carne de Cabral, deveria ter seu passado esquadrinhado, sobretudo agora que quer governar o estado do Rio de Janeiro.

Por que os desmandos de Eduardo Paes não são investigados? Por que o grupo Globo não moveu contra Cabral toda a fúria dos seus intrépidos repórteres? Por que a sanha persecutória só vale contra Crivella, Brizola e outros que foram derrotados pelo caminho, como os ex-ministros Abi-Ackel e Alceni Guerra? As respostas, talvez, estejam no armazém de secos e molhados.

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Meninos resgatados de caverna estão 'bem de saúde' e em quarentena

Dois dos resgatados estão tomando antibióticos porque apresentam 
sintomas de pneumonia depois de dias nas umidade da gruta.


AFP

As oito primeiras crianças resgatadas de uma caverna inundada na Tailândia estão "bem de saúde", asseguram as autoridades, mas permanecerão hospitalizadas em quarentena, com óculos de sol para proteger os olhos e sob monitoramento psicológico. Nesta terça-feira (10), os quatro garotos restantes e seu treinador de futebol foram retirados da caverna, mas seu estado de saúde ainda é desconhecido.

Pneumonia
Dois dos resgatados estão tomando antibióticos porque apresentam sintomas de pneumonia depois de dias nas umidade da gruta. Mas, mesmo esses, apresentam "um estado normal", garantiu o hospital de Chiang Rai, no norte de Tailândia. As pessoas que passam muito tempo sob a terra podem sofrer problemas pulmonares.

Exames de sangue e vacinas
"Os oito estão com boa saúde, sem febre", declarou Jesada Chokedamrongsuk, chefe do Ministério da Saúde Pública em um primeiro balanço detalhado do estado de saúde dos adolescentes que têm entre 12 e 16 anos. Todos foram submetidos a exames radiológicos e sanguíneos. Os exames de sangue foram enviados para Bangkok e os resultados serão conhecidos em poucos dias. Eles foram vacinados contra o tétano e contra a raiva. Embora o risco de os morcegos, vetores da doença, os terem mordido enquanto dormiam, seja muito baixo. Todos podem andar, falar e comer e alguns até consumiram chocolate. No momento eles não podem comer comida picante, típica na Tailândia, porque estão com o estômago fragilizado.

Boa saúde mental
"Todos apresentam boa saúde mental", assegurou o hospital. Vários especialistas alertaram para as possíveis consequências a longo prazo do trauma vivido e por isso o grupo conta com acompanhamento psicológico.

Óculos de sol
Os meninos estão usando óculos de sol para que seus olhos, privados de luz durante suas semanas, possam se acostumar progressivamente à do dia. Os problemas oculares são os mais comuns, assim como os pulmões, nos casos de sobreviventes resgatados depois de um longo período sob a terra. Um oftalmologista examinou o primeiro grupo resgatado e descartou complicações oculares.

Risco de infecção
Eles vão permanecer hospitalizados uma semana para vigiar a eventual aparição de infecções. Se os exames não revelarem nada perigoso, os pais "serão autorizados a se aproximar de suas camas com roupas de proteção, mantendo-se a uma distância de dois metros", indicou o médico Tosthep Bunthong em coletiva de imprensa. As crianças estão em quarentena, mas os pais do primeiro grupo evacuado puderam vê-los pelo vidro e conversar a distância.

Sem Copa
No entanto, os meninos não poderão viajar para final da Copa do Mundo na Rússia em 15 de julho, depois de terem recebido um convite da Fifa. "Não podem viajar, devem permanecer no hospital durante um tempo", declarou Thongchai Lertwilairatanapong, funcionário do ministério da Saúde da Tailândia. "É provável que assistam pela televisão", completou durante a entrevista no hospital de Chiang Rai.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, convidou os meninos para assistir a final da Copa em uma carta divulgada no dia 6 de julho. "Se, como todos desejamos, se reencontrarem com suas famílias nos próximos dias e sua saúde permitir que façam a viagem, a Fifa ficaria feliz de convidá-los para assistir a final do Mundial-2018", escreveu Infantino em uma carta enviada ao presidente da Federação Tailandesa de Futebol.

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Caso Marielle: Orlando de Curicica fica frente a frente com acusador.

PM diz que ex-policial está envolvido no assassinato na vereadora e do motorista Anderson Gomes.


Por ADRIANA CRUZ

Rio - O ex-PM Orlando de Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, vai ficar frente a frente dia 3 de agosto, às 13:00h, em uma audiência por viodeoconferência, com um PM que o acusa de estar envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela Anderson Gomes, executados em março. Foi o que decidiu o juiz Alexandre Abrahão, do 3º Tribunal do Júri a pedido da Delegacia de Homicídios (DH) que investiga as mortes. Orlando Curicica está preso na unidade federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e também é acusado de mandar matar Wagner Raphael de Souza, o Dadi.


O crime, cometido em junho de 2015, teria ocorrido porque a vítima alugou um terreno para instalar um circo sem pedir autorização à milícia que seria chefiada por Orlando. Os depoimentos serão em sigilo por solicitação do Ministério Público. Orlando nega participações nos crimes. A testemunha incriminou o vereador Marcello Siciliano (PHS), que rechaça envolvimento nas mortes de Marielle e Anderson.

A audiência por videoconferência dia 3 de agosto era só para ouvir o depoimento de Orlando Curicica sobre a morte de Dadi. Ele ainda não foi pronunciado, ou seja, não virou réu. Mas foi direcionada para ajudar nas investigações do caso Marielle e Anderson por pedido da DH.

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Mais três meninos presos na caverna da Tailândia são resgatados.

Falta um adolescentes e o técnico deles no último dia de trabalhos das equipes de emergência.


Por O Dia

Tailândia - Três meninos que estavam presos na caverna do norte tailandês foram resgatados na terça-feira. Eles foram o nono, o décimo e o décimo primeiro a deixarem o local. Falta mais um adolescentes e o treinador deles. Os últimos trabalhos de resgate ao grupo de 13 pessoas que ficaram presas no local iniciaram às 10:00h da manhã no horário local (00:00h no horário de Brasília).

Os oito primeiros salvamentos foram feitos ao longo de domingo e segunda, quatro em cada dia. Esta última fase é mais desafiadora, já que ao invés de ter que trazer quatro pessoas por dia, os socorristas terão que retirar da caverna cinco (quatro meninos e o treinador deles). Apesar dessa dificuldade, o fato de eles já terem feito o caminho outras vezes facilita.

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