quarta-feira, 24 de abril de 2024

Centenas de milhares de argentinos vão às ruas em defesa das universidades e contra cortes de Milei.


Instituições vivem situação de emergência com o mesmo orçamento 
de 2023, apesar de a inflação atingir 290% em 12 meses.

POR CARTACAPITAL

Com livros para o alto, centenas de milhares se manifestaram na terça-feira 23 na Argentina contra os cortes de verbas para as universidades públicas, na maior manifestação até agora contra a política de ajustes promovida pelo presidente ultradireitista Javier Milei. Entre 100 mil pessoas, segundo a polícia, e meio milhão, de acordo com a Universidade de Buenos Aires, participaram da mobilização na capital argentina. Outras dezenas de milhares protestaram em cidades do interior.“A educação nos salva e nos torna livres. Convocamos a sociedade argentina a defendê-la”, disse a estudante e presidente da Federação Universitária Argentina, Piera Fernández, à agência AFP.

Nas principais cidades do país, alunos e professores das 57 universidades nacionais públicas marcharam em defesa do ensino universitário público gratuito. As universidades declararam emergência orçamentária depois de o governo Milei oferecer em 2024 o mesmo orçamento do ano passado, apesar de a inflação em 12 meses atingir quase 290% em março.“Não esperem a saída por meio do gasto público”, reforçou o presidente na segunda-feira 22, ao anunciar em rede nacional que as contas públicas registraram superávit no primeiro trimestre, embora às custas de milhares de demissões e do colapso da atividade econômica e do consumo.

Sindicatos e partidos de oposição aderiram ao chamado da terça, e os professores universitários acompanharam com uma greve. Cerca de 2,2 milhões de pessoas estudam no sistema universitário público, em um país onde quase metade dos 47 milhões de habitantes vive na pobreza.

(Com informações da AFP)
cartacapital.com.br

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