terça-feira, 16 de abril de 2024

CASO MARIELLE: 21 DEPUTADOS QUE VOTARAM PARA LIBERTAR BRAZÃO DEVEM CONCORRER A PREFEITURAS. VEJA A LISTA.

 
GABRIELLA SOARES e PEDRO SALES

A manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) contou com o apoio de 46 parlamentares que se colocam como pré-candidatos para chefiar prefeituras no Brasil. Já outros 21 deputados pré-candidatos escolheram votar para tirar da cadeia o suspeito de mandar assassinar a vereadora Marielle Franco (Psol). Levantamento do Congresso em Foco indica que há 78 deputados pré-candidatos para o cargo de prefeito até o momento. Além dos 21 que declararam apoio direto a Brazão, outros quatro escolheram se abster de votar sobre o tema. Sete não compareceram na votação ou escolheram não votar mesmo estando no plenário.

Confira a lista de votação de pré-candidatos sobre a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão. Usuários de aparelho móvel podem precisar arrastar a tela para a lateral para conferir o voto: Pré-candidatos a prefeituras na votação sobre a prisão de Chiquinho Brazão, como votou cada deputado que se coloca como possível candidato à chefiar cidades brasileiras:

Abílio Brunini PL Mato Grosso Cuiabá não
Adriana Accorsi PT Goiás Goiânia sim
Alberto Mourão MDB São Paulo Praia Grande sim
Alencar Santana PT São Paulo Guarulhos sim
Alex Manente Cidadania São Paulo São Bernardo do Campo sim
Alexandre Ramagem PL Rio de Janeiro Rio de Janeiro não
Aliel Machado PV Paraná Ponta Grossa sim
Amom Mandel Cidadania Amazonas Manaus sim
Ana Paula Lima PT Santa Catarina Blumenau sim
André Fernandes PL Ceará Fortaleza não

Entre os 21 que votaram pela soltura de Brazão estão dois possíveis candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro: os deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Otoni de Paula (MDB-RJ). O Partido Liberal (PL) orientou toda a sua bancada a votar como Ramagem, ou seja, para revogar a prisão do deputado. Já o bloco do qual o MDB faz parte liberou a sua bancada para votar de acordo com o que cada parlamentar desejava. Como é deputado federal, Brazão só poderia permanecer preso se os seus pares decidissem nesse sentido. A prisão de Chiquinho Brazão foi mantida graças ao apoio de 277 deputados, apenas 20 a mais que o exigido. Dessa forma, deputados que não votaram e se abstiveram poderiam ter facilitado que o colega fosse solto pela votação não chegar ao número necessário de votos.

As prisões dos irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa, suspeitos de terem mandado matar a vereadora carioca Marielle Franco em 2018, foram realizadas pela Polícia Federal em 24 de março. As prisões foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e mantidas pela primeira turma do STF, com base na delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa. Ronnie e Elcio Queiroz, outro ex-PM, estão presos desde 2018, como executores do crime.

Uma das linhas de investigação, deflagrada pela delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, é de que o crime tenha sido motivado pela expansão territorial da milícia no Rio.

congressoemfoco.uol.com.b

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