quarta-feira, 26 de julho de 2017

Governo tem rombo de R$ 56 bi e pior 1º semestre em 21 anos.


O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou déficit primário de R$ 19.798.000.000,00 em junho, dado mais fraco para o mês na série histórica iniciada em 1997 e que continuou sinalizando que o governo terá grande dificuldade para cumprir a meta fiscal deste ano. No primeiro semestre, informou o Tesouro nesta quarta-feira, o rombo somou R$ 56.092.000.000,00, acumulando em 12 meses déficit de R$ 182.800.000.000,00, muito acima da meta de saldo negativo de R$ 139.000.000.000,00. O resultado mensal veio um pouco pior que a projeção de analistas, de saldo negativo em R$ 18.350.000.000,00, segundo pesquisa Reuters. O mau desempenho veio dos gastos com Previdência e do vultoso pagamento de precatórios, numa estratégia para o governo economizar recursos. Nos anos anteriores, esse movimento ocorreu em peso em novembro e dezembro.

De modo geral, as despesas do governo central avançaram 10,6% em junho sobre um ano antes, já descontada a inflação, a R$ 106.482.000.000,00. Além do pagamento de sentenças judiciais e precatórios de R$ 9.500.000.000,00, também pesaram o aumento de 5,6% em benefícios previdenciários e de 8,8% em despesas com pessoal e encargos sociais. Em contrapartida, as receitas líquidas totais mostraram alta real de apenas 0,5% no período, a R$ 86.684.000.000,00, refletindo a recuperação ainda fraca da economia e seu efeito sobre a arrecadação.

Para garantir a meta fiscal, o governo do presidente Michel Temer elevou fortemente na semana passada a alíquota de PIS/Cofins sobre combustíveis e anunciou congelamento adicional no Orçamento de R$ 5.900.000.000,00.

No mês passado, Tesouro e BC registraram déficit primário de R$ 6.958.000.000,00, enquanto o saldo negativo da Previdência foi de R$ 12.840.000.000,00.

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