terça-feira, 13 de junho de 2017

Tucanos seguem no governo.

Interesse de líderes como Alckmin e Aécio levam PSDB a decidir manter apoio a Michel Temer.



O DIA

Brasília - Sem grandes surpresas, o PSDB decidiu, em reunião da Executiva realizada em Brasília, na noite da segunda-feira, ficar onde está — ou seja, os tucanos manterão os quatro ministérios que ocupam no governo e seguirão apoiando Michel Temer no Congresso. O partido, que esperou a decisão do TSE na semana passada, antes de firmar posição, se mantém em compasso de espera, agora em relação ao inquérito que será transformado, nos próximos dias, em denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente no Supremo Tribunal Federal. Nos últimos dias, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o presidente licenciado da legenda, Aécio Neves, trabalharam para que o partido se mantivesse na base. Alckmin tem interesse em apoiar a manutenção de Temer na presidência, em troca de um possível apoio à sua candidatura presidencial no ano que vem. Na reunião, ele defendeu que o partido deveria observar o cenário político por mais tempo antes de uma decisão definitiva. Já Aécio acredita que um desembarque tucano do governo levaria o PMDB a trabalhar pela cassação de seu mandato no Conselho de Ética.

O senador José Serra (SP), ex-ministro das Relações Exteriores de Temer, também defendeu que o partido permanecesse aliado ao governo, por enquanto, para ajudar o Planalto a aprovar as reformas da Previdência e Trabalhista. Serra pediu que o PSDB levasse em consideração a crise econômica e defendeu a saída definitiva de Aécio da presidência do partido.

Na defesa do desembarque, o senador Ricardo Ferraço (ES) foi um dos mais incisivos. Ele defendeu a entrega dos cargos no governo por conta das “denúncias devastadoras” contra a gestão Temer. “Vou defender que o PSDB entregue os cargos, mas continue apoiando as reformas”, disse.

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