quinta-feira, 30 de março de 2017

Secretário de Pezão é alvo de buscas da PF

Henrique Affonso Monnerat é secretário de Governo e seu gabinete no 
Palácio Guanabara foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal.


Presidente do TCE-RJ, Aloysio Neves foi
preso e levado para a sede da Polícia Federal.
ADRIANA CRUZ 
E GABRIELA MATTOS

Rio - Policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete do secretário estadual de Governo, Henrique Affonso Monnerat, na quarta-feira, no Palácio Guanabara. A reportagem procurou o governo que informou, à tarde, desconhecer o teor das investigações da Polícia Federal e se colocou à disposição da Justiça para os eventuais esclarecimentos. A ação faz parte da Operação 'Quinto do Ouro', que investiga desvios para favorecer membros da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janerio (Alerj) e do Tribunal de Contas do Estado, órgão responsável por fiscalizar todos os recursos públicos do estado e de 91 municípios. O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), Aloysio Neves, e os conselheiros José Gomes Graciosa, Domingos Brazão, Marco Antônio Alencar e José Maurício Nolasco foram presos na quarta. Além deles, o ex-conselheiro Aluísio Gama de Souza também foi preso.

Ao todo, a PF cumpriu 43 mandados de busca e apreensão, além de bloqueios de bens e valores, expedidos pelo ministro Félix Fischer, do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), no Rio, em Duque de Caxias e em São João de Meriti. O presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), também é alvo de uma condução coercitiva. Ele foi levado para depor na sede da PF por volta de meio-dia. Segundo a assessoria de Picciani, o peemedebista já está em casa e vai falar sobre a ação em sessão na Alerj marcada para Às 15:00hs., desta quinta-feira. Pelo menos 150 policiais federais estão participaram da operação. De acordo com a PF, os conselheiros teriam participado de um esquema de propina em contratos com o estado no período do governo de Sérgio Cabral. O ex-governador do Rio foi preso pela Operação Lava Jato em novembro do ano passado e está no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.


Domingos Brazão foi preso e levado para a sede da PF.

Por volta das 09:40hs., agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão em todos os gabinetes dos conselheiros do TCE-RJ, menos no da corregedora Mariana Montebello Willeman, que não é alvo da operação. O procurador federal Maurício Gerue deixou o prédio do tribunal, na Praça da República, às 10:15hs. "O processo está sob sigilo. Viemos acompanhar o recolhimento de documentos e verificar as provas que estão sendo colhidas. Para não causar alarde, estamos descaracterizados", explicou.

Operação após delação de Jonas Lopes
Apesar de ser baseada na delação premiada do ex-presidente do TCE-RJ, Jonas Lopes de Carvalho, e de seu filho, o advogado Jonas Lopes Neto, a ação não é um desdobramento da Lava Jato. Assim como adiantou o blog Justiça e Cidadania no último sábado, nos bastidores era dado como certo que o ex-presidente, atualmente licenciado, apontou seis conselheiros e um ex-integrante da Corte como integrantes do esquema de propina, além de prefeitos e megaempresa de prestação de serviço.


Policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão
na Alerj durante a operação Quinto do Ouro nesta quarta-feira.

Atualmente, Jonas e mais 11 pessoas são réus na Justiça Federal por desvios dos cofres públicos avaliados em R$ 224.000.000,00. O tribunal começou a ser exposto a partir da delação de dois ex-executivos da Andrade Gutierrez, Clóvis Renato Primo e Rogério Nora de Sá. Eles contaram que, para garantir a aprovação dos contratos de obras e aditivos no TCE, pagaram propina no valor de 1% do dinheiro repassado à empreiteira. Quando ainda era presidente do TCE, Jonas tinha o poder de paralisar as fiscalizações do corpo instrutivo do órgãos nas obras do Maracanã, Arco Metropolitano, PAC das Favelas e Linha 4 do Metrô. Esses procedimentos, segundo investigação da Polícia Federal, ficaram ‘engavetados’ no gabinete do então presidente. Só no caso do Maracanã eram 22 processos parados no TCE.

O DIA chegou a anunciar que o ex-secretário da Casa Civil, Régis Fischner, braço-direito de Sérgio Cabral foi levado coercitivamente à PF. No entanto, informação não estava correta, segundo a assessoria de imprensa de Fischner.

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