Após 96 anos, um brasileiro volta a subir no pódio no esporte.
Felipe Wu é o primeiro medalhista brasileiro na Olimpíada do Rio.
MARCIA VIEIRA
Rio - Foi de arrepiar, desde o sufoco da fase classificatória até a final. Por um tiro, Felipe não conquistou a medalha de ouro na pistola de ar 10m. No último disparo, o brasileiro somou 10,1 contra 10,7 do vietnamita Hoang, que ficou com o primeiro lugar. Mas a prata, 1ª medalha do Brasil na Olimpíada do Rio, só confirma o talento deste paulista que é um fenômeno no tiro esportivo. Para quem estava há um ano na 56ª posição, treinava no corredor improvisado de sua casa, em São Paulo, e hoje é medalhista olímpico, a prata tem gosto de ouro. Prova disso é que Wu foi ovacionado pela torcida no fim da prova e agradeceu emocionado.
Em terceiro chegou o chinês Pang Wei, que ficou com o bronze. O pódio foi emocionante. Em êxtase, o sempre contido Felipe beijou a medalha, vibrou com a torcida e sorriu feliz. Após fazer continência quando o hino do Vietnã era ouvido, o novo medalhista olímpico posou para fotos, mandou beijos para a torcida, que reverenciou Wu cantando o hino nacional à capela. Noventa e seis anos depois, o tiro esportivo dá uma nova medalha ao Brasil. Inesquecível.
"É uma sensação de dever cumprido. Minha equipe e eu nos dedicamos muito e esse ano tem sido muito bom para mim, pois já venci duas etapas da Copa do Mundo e cheguei ao primeiro lugar do ranking e ganhar aqui agora é muito bom. Até de manhã, não acreditava que a torcida poderia fazer a diferença, mas foi exatamente o que aconteceu. Senti uma energia muita boa vindo da arquibancada", comemorou o brasileiro.
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