Após flagrar problema, biólogo Mário Moscatelli
postou fotos e imagens em rede social.
Línguas negras sujam água na Praia de
São Conrado e na Baía de Guanabara.
FRANCISCO EDSON ALVES
Rio - A menos de 30 dias da Olimpíada, novas imagens de poluição na orla carioca, feitas pelo biólogo Mário Moscatelli, e divulgadas em redes sociais, voltam a chocar ambientalistas, atletas e internautas. Duas delas, feitas na quarta-feira a bordo de um helicóptero, chamam mais atenção: de línguas negras no Costão da Niemeyer, ao longo da Praia de São Conrado, e de uma extensa mancha, supostamente causada por despejos de esgotos sem tratamento, na altura da Penha, na Baía de Guanabara. As imagens foram captadas em fotos e vídeos. “Mais dois legados olímpicos para a Cidade Maravilhosa. Na Penha, moradores nadam, e em São Conrado, surfam expostos a doenças altamente mortais, como hepatite e leptospirose. Continuamos presenciado crimes ambientais e ninguém vai preso”, desabafou Moscatelli.
Em investimento
No último dia 15, O DIA publicou fotos, também de Moscatelli, encaminhadas ao Ministério Público, de poluição supostamente causada por despejo de esgoto clandestino na Marina da Glória e na Enseada de Botafogo. Na Baía de Guanabara, serão disputadas provas de vela.
“O que adiantou investirem R$ 14.000.000,00 em projetos?”, criticou o biólogo. Apesar dos esforços dos governantes, a Baía continua recebendo, sem tratamento, quase a metade dos 461,5 milhões de litros de esgoto doméstico de municípios do seu entorno. Segundo a Cedae, desde 2007, o índice de esgoto tratado teria saltado de 11% para 51% na Baía, devendo superar os 80% em três anos.
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