segunda-feira, 23 de maio de 2016

Laudo constata péssimas condições de escola técnica

Pais denunciam que cozinha da Faetec em 
Quintino tem ninho de rato e barata.

Vistoria feita na Escola Técnica República, da Faetec, constatou que há 
ninho de rato no forno da cozinha, esgoto aberto e banheiro interditado.
MARLOS BITTENCOURT

Rio - Pais de alunos da Escola Técnica Estadual República (Eter), unidade da Faetec, em Quintino, na Zona Norte, denunciam as péssimas condições em que os alunos estudam. Segundo eles, uma vistoria feita pela empresa Atrio constatou a existência de ninho de rato no forno da cozinha, que também tem esgoto aberto nas suas instalações, além de infiltração, fiação elétrica exposta e banheiros interditados.

Representante da Associação de Pais e Alunos do Ensino Técnico, Raquel Cristina dos Santos, 34 anos, disse que a unidade não tem condições de funcionar. “Há ninho de rato no fogão onde cozinham para os alunos e baratas misturadas aos alimentos”, afirmou Raquel, mostrando o laudo de inspeção da empresa Atrio, assinado pelo diretor administrativo da escola, Sidney Carlos da Cruz, no dia 28 de abril, que confirma as denúncias. Fotos mostraram as péssimas condições dos equipamentos da cozinha, óleo armazenado de forma irregular, pia imunda, fiação elétrica exposta, canaletas de esgoto na cozinha e banheiros interditados. Além dos problemas de higiene, Raquel foi à 24ª DP (Piedade) registrar o roubo do celular de sua filha dentro das dependências da escola. “Eu estava no pátio da escola e entrou um homem numa moto. Ele me mandou olhar para o chão e me roubou. Estou assustada, mas não vou deixar de ir à escola”, contou Ana Carolina, 15 anos, filha de Raquel e aluna do primeiro ano do Ensino Médio.

Raquel disse, ainda, que o portão da escola da Rua do Souto vive aberto e serve como passagem para traficantes da região. Aparecida Conceição Guimarães Ribeiro, 50 anos, aluna do curso técnico de Gestão e mãe de aluno da Eter, disse que os funcionários terceirizados foram abandonados, o que prejudica o bom funcionamento da unidade. “O pessoal da segurança e da limpeza só recebe vale-transporte, a situação é a pior possível. Uma professora está arrecadando cestas básicas para eles porque muitos estão passando fome”, afirmou Aparecida.

Procurada, a Faetec informou que o Complexo Educacional de Quintino, bem como a Escola Técnica República, recebe constante serviço de limpeza, mas argumentou que, nos últimos dias, o serviço foi prejudicado devido à ocupação dos estudantes.

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