Secretarias ainda não confirmaram se há casos da gripe no Rio. Pelo menos 400 mil doses serão entregues aos municípios.
Preocupação com a ‘gripe suína’ aumentou a procura pela vacina
nas clínicas particulares, onde imunização custa entre R$ 80,00 e R$ 130,00.
O DIA
Rio - O Ministério da Saúde vai iniciar, a partir de sexta-feira, o envio de vacinas contra a gripe H1N1 para todo o país, incluindo o Rio de Janeiro. Por conta do aumento de casos da chamada ‘gripe suína’ em alguns estados, como em São Paulo, onde já foram registrados 66 casos, e no Paraná, o governo federal decidiu antecipar a distribuição do produto contra o vírus influenza A. Pelo menos 400.000 doses que sobraram do ano passado serão entregues aos municípios pelos estados. Até o fechamento desta edição, as secretarias de Saúde do estado e do município não informaram se há casos confirmados de H1N1 no Rio. O aumento de casos em outras regiões do Brasil, porém, tem levado a população fluminense a uma corrida às clínicas particulares em diversas cidades, como em Volta Redonda, no Sul Fluminense. O preço da vacina varia de R$ 80,00 a R$ 130,00. "Embora não haja motivo algum para alarde, tem muita gente preocupada. Realmente a procura aumentou consideravelmente”, atesta Artur Fernandes, dono da Assen, uma empresa de vacinação da cidade. Artur lembra que não é preciso receita médica para obter a vacina, mas alerta que a dose não é recomendada diante de qualquer infecção viral ou bacteriana. “Não deve ser tomada, por exemplo, por quem estiver com dengue, zika ou chikungunya”, adverte.
Rede pública só terá a trivalente
As vacinas contra o vírus Influenza A são produzidas em laboratórios diferentes, mas possuem a mesma composição. Todo ano os agentes que compõem a vacina mudam, isso porque são feitas análises pela Organização Mundial da Saúde para saber quais vírus são incidentes em cada região e, a partir de então, os laboratórios produzem a imunização. Na rede privada são disponibilizadas dois tipos de vacina: trivalente e quadrivalente, já na pública só é aplicada a trivalente. A diferença é que uma possui uma ‘cepa’ (linhagem de microrganismo) de Influenza B e a outra, duas. “A quadrivalente foi aprovada ano passado, por isso, ainda não está na rede pública. Antes de vir para a pública ela precisa ser viabilizada por diversos fatores”, diz Flavia Bravo, presidente da Regional Rio da Sociedade Brasileira de Imunizações. Segundo ela, o vírus não circula igualmente em todas as regiões. “O clima influencia. O surto veio mais cedo do que o esperado neste ano”, disse. A tendência é de a quadrivalente chegar à rede pública alguns anos.
Colaboraram as estagiárias Daniele Bacelar e Laila Ferreira
http://odia.ig.com.br/
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