Mãe do filho de Elias Maluco presta novo depoimento na DAS

Ela contou que Diego Maluquinho, que está desaparecido desde o dia 8, já teria sido sequestrado outra vez.

FELIPE FREIRE

Rio - Diego Pereira da Silva, o Maluquinho, de 30 anos, pode ter sido sequestrado pela segunda vez, no dia 8, investiga a Polícia Civil. Na sexta-feira, a mãe da vítima prestou novo depoimento na Divisão Antissequestro (DAS), onde contou que o filho de Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, já teria sido levado em outra ocasião. E, após pagamento de resgate no valor R$ 300 mil, acabou solto. Desta vez, continua desaparecido. A mãe de Maluquinho pouco acrescentou às investigações. Ela registrou ocorrência na DAS no dia 13. Conforme O DIA publicou com exclusividade na quarta-feira, a vítima foi capturada após voltar de baile funk na Favela Final Feliz, no Chapadão, em Costa Barros. Diego já estaria em casa, no Jardim América, acompanhado da namorada e de um primo, quando foi surpreendido por quatro homens encapuzados e armados. A jovem será convocada para prestar novo depoimento na próxima semana. Segundo os parentes, mesmo depois de traficantes entregarem R$ 275 mil e barras de ouro aos sequestradores, o filho de Elias Maluco não apareceu. A polícia também irá investigar a origem dos R$ 100 mil em espécie e do ouro que estavam na casa de Maluquinho, no Jardim América, e que foram dados em um primeiro momento aos sequestrados, que se identificaram como policiais. O crime pode estar relacionado a um acerto de contas, já que Diego teria, segundo denúncias, participado da morte do irmão de um PM, com o qual mantinha negócios. O crime também pode ter desencadeado a recente onda de ataques a PMs no Rio. A Polícia Civil investiga se, irritado, Elias teria ordenado atentados em sequência, de dentro de um presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul..

Polícia não descarta participação de milicianos no sequestro

Outra possibilidade, que também pode ter ligações com a linha principal de investigação, atrela o crime a um grupo de milicianos da Favela do Quitungo, em Brás de Pina, especializado em sequestrar criminosos. Através de grampos telefônicos, a polícia soube que paramilitares da região capturaram, em julho, um bandido cujo apelido é DV, da Final Feliz, e recebido R$ 400 mil e barras de ouro pelo resgate. Teriam também mantido refém um antigo chefe do Dique, identificado como Coruja, solto após outro pagamento. Diego cumpriu pena por assalto a mão armada e porte ilegal de arma, e é tido como especialista em roubos de cargas e carros. Ele teria assumido o controle de favelas recentemente.

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