segunda-feira, 17 de junho de 2019

Mais problema! Neymar tem 36 imóveis bloqueados na Justiça por dívida milionária.

Receita Federal cobra R$ 69.000.000,00 do atleta desde o julgamento realizado 
em 2017 e, por isso, decidiu bloquear todos os imóveis em seu nome.


Por iG

Agressão a torcedor, suposto estupro em Paris, lesão na seleção brasileira, corte da Copa América, com a moral abalada no PSG ... os últimos dias de Neymar têm sido bastante conturbados. Mas, acredite, ainda existe espaço para piorar. De acordo com o jornal "Folha de S.Paulo", a Justiça bloqueou 36 imóveis registrados no nome de Neymar, de sua família e suas empresas por conta de uma dívida milionária com a Receita Federal. O órgão público cobra R$ 69.000.000,00 do atleta desde o julgamento realizado em 2017.

Entre os imóveis bloqueados estão duas casas em condomínio de luxo no Guarujá, no litoral de São Paulo que, somadas, têm 3.000 m². O valor pago pelos dois imóveis juntos foi de R$ 7.000.000,00. Hoje, valem R$ 14.000.000,00 a preços de mercado. As mansões foram adquiridas em 2011, mesmo ano que o Barcelona pagou um adiantamento de 10.000.000,00 de euros na negociação com o atleta, que seria concretizada dois anos depois. Um outro imóvel bloqueado é o apartamento no bairro Vila Mariana, de 760 m², comprado em 2015 por cerca de R$ 6.100.000,00. Hoje é calculado em R$ 15.000.000,00. Outros três apartamentos de Neymar em Itapema, cidade de Santa Catarina, também constam na lista de bloqueio. Um deles possui 470 m² e é avaliado em R$ 1.400.000,00. Os outros dois foram adquiridos por R$ 2.400.000,00 cada.

Vale ressaltar que esses bloqueios feitos pela Justiça impedem que os imóveis sejam negociados, mas não que sejam utilizados. A intenção é fazer com que Neymar pague a dívida que possui com a Receita Federal - ele é investigado por sonegação quando saiu do Santos rumo ao Barcelona, em 2013. O clube catalão pagou 40.000.000,00 de euros a uma empresa de Neymar da Silva Santos, pai do jogador, de forma parcelada, durante 2011, 2013 e 2014. Porém, segundo a Receita, o valor deveria ter sido registrado no nome do próprio atleta, e não de empresa no nome do pai. O imposto que reincidiria sobre o valor ganho com a transferência em caso de pessoa física é de 27,5%. Já em pessoa jurídica, é de 17%.

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Apesar de educado, Guedes não agiu de forma adequada com Levy, diz Rodrigo Maia

Presidente da Câmara disse que a Casa está 'blindada da usina de crises que 
começou a ser criada na última sexta-feira pela equipe econômica' do governo.


Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - Em entrevista à emissora BandNews, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a Casa está "blindada da usina de crises que começou a ser criada na última sexta-feira pela equipe econômica" do governo. Maia fez o comentário ao ser questionado sobre o pedido de demissão do agora ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Joaquim Levy. A demissão é "um direito do governo", mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, não agiu de forma adequada ao comentar o assunto, "apesar de ser um homem educado", afirmou Maia. A participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, no processo de "fritura" de Joaquim Levy antes do pedido de demissão da presidência do BNDES deixou o Congresso com a impressão de que a equipe econômica continua participando da "usina de crises". O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ao jornal O Estado de S. Paulo que ficou "perplexo" pela forma como o ministro tratou o subordinado. Para ele, o ex-ministro era um quadro de qualidade que tinha muito a acrescentar para garantir as reformas que o país precisa neste momento.

O presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), também criticou a demissão. "O presidente Bolsonaro não entendeu que alguns quadros são suprapartidários. Eles não contribuem com um ou outro governo. Contribuem com o país", disse. "É uma pena. No fim das contas, quem perde é o Brasil."

Já o líder do Podemos, José Nelto (GO), levantou dúvidas sobre o real motivo da demissão. "Estou preparando para que ele seja convocado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, ele terá de ir lá explicar o motivo da demissão dele. Se foi por um motivo político ou se foi porque ele não quis abrir a caixa-preta do BNDES. Porque ele não mostrou os empréstimos internacionais, para países da América e da África, para a JBS também", disse.

A Câmara criou em março uma CPI para examinar operações do banco de 2003 a 2015, com foco no financiamento à internacionalização de empresas. Em abril, o banco chegou a criar um Grupo de Trabalho para atender com informações e documentos solicitados pelos deputados. Um pedido para Levy se explicar no Congresso já tinha sido aprovado em abril. O presidente da CPI, o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), disse ao Estado que vai decidir nesta segunda, 17, com os colegas da comissão a data da ida de Levy ao colegiado. Até agora, Guedes era um dos poucos ministros do presidente Jair Bolsonaro que não tinha batido de frente com o Legislativo. Em um momento delicado para a tramitação da Previdência, a nova onda de crises incitou algumas lideranças a buscarem ainda mais o protagonismo das reformas econômicas.

Uma possível consequência aos ataques de Guedes, segundo uma fonte, seria o Congresso assumir totalmente o protagonismo da próxima grande reforma que é a tributária, deixando o Executivo de fora. A proposta do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), prevê a unificação de cinco tributos - IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS - num único Imposto sobre Operações com Bens e Serviços.

Previdência
A equipe econômica, porém, trabalha para reatar a relação com o Congresso, com o principal objetivo de fazer ajustes no parecer da reforma da Previdência apresentado pelo deputado Samuel Moreira (PSDB). "A equipe econômica começa a tumultuar a parte política", afirmou o líder do Podemos na Câmara, José Nelto (GO). "O Congresso tem sido parceiro do Brasil e vai tocar todas as reformas. Temos de assumir o protagonismo", afirmou. "O governo tem sido inconstante. Muda as coisas, como quem muda de camisa. Ninguém pode ensinar o governo a governar", critica o líder do PL (antigo PR), Wellington Roberto (PB).


Para o cientista político da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marco Antonio Carvalho Teixeira, o governo a perder protagonismo em questões como a reforma da Previdência. "Não sabemos o futuro do governo desse jeito. O governo perdeu capacidade de articulação e a impressão que tenho é que o protagonismo em relação à reforma da Previdência vai sair do Congresso e não do governo", afirmou.

Os líderes são praticamente unânimes ao negar que as críticas de Guedes ao Congresso possam atrapalhar a aprovação da Previdência "A reforma da Previdência é do Brasil", diz Wellington Roberto. Sem comentar a crise, o presidente do PRB, deputado Marcos Pereira (SP), reafirmou neste domingo pelo Twitter, seu apoio à proposta. "Não é de hoje que a reforma da Previdência é essencial para a recuperação econômica do Brasil, por isso eu sou favorável." Procurado pela reportagem, Guedes não respondeu. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Filho de Flordelis é detido após enterro do pai suspeito de envolvimento na morte do pastor.

Governador Wilson Witzel havia dito mais cedo que ele é investigado pela morte de Anderson do Carmo. Um outro filho do casal, de 17 anos, está apreendido desde ontem devido a um mandado de apreensão em aberto por tráfico.


Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - Um dos filhos da deputada federal Flordelis (PSD-RJ), de 58 anos, foi detido logo após o enterro do pastor Anderson do Carmo de Souza, 42 anos, no início da tarde desta segunda-feira. De acordo com apuração do DIA, o homem, que foi identificado como Flávio Rodrigues de Souza foi prestar esclarecimentos sobre a morte do pastor, na madrugada de ontem, em Niterói, na Região Metropolitana do estado e preso por conta de um mandado de prisão em aberto por violência doméstica, em outro crime ligado à Lei Maria da Penha. Flávio, que é filho apenas de Flordelis, será levado para a carceragem da Polinter. Um outro menor, de 17 anos, apreendido desde ontem, também é um dos principais suspeitos da morte. "Há uma concentração de tiros na genitália da vítima e isso mostra que os criminosos agiram com raiva. Há uma terceira pessoa sendo procurada pelo crime. Já temos imagens de câmeras e, a qualquer momentos, podemos ter resultados", disse uma fonte da Polícia Civil. "Foi expedido um mandado de prisão por violência doméstica. Sobre o outro filho, eu não sei se ele está aqui ou não. O delegado falou comigo muito rápido. Sobre o pedido da prisão do Flávio já sabíamos do mandado e até tínhamos pedido um habeas corpus e a revogação. Tem se veiculado que ele está envolvido com o homicídio, mas não tem nada disso. A vítima, ex-esposa dele, já ligou desesperada e chorando querendo de retratar e retirar a queixa. Eles já estão separados há anos. Sobre desavença, não tenho essa informação. Se tivesse acontecido isso, eu teria sabido. Eu desconheço desavença, mas eu não posso dizer se tinha ou não. Foi um caso brutal, que leva-se a essa especulação. Digamos que fosse um crime passional, acho que não tinha desavença. Não sei detalhes da perícia, pois depois que a Flordelis saiu daqui eu não voltei mais", disse a advogada de defesa Luciene Diniz Suzuki.

O DIA já havia antecipado que a principal linha de investigação do crime é de execução, que teria acontecido por uma desavença familiar envolvendo dinheiro. Flávio foi detido por policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) ainda no Memorial Parque Nycteroy. Durante o sepultamento do corpo do pai, ele ficou o tempo todo ao lado da mãe, saindo com ela após a cerimônia. No fim do enterro, os agentes da DHNSG pediram para guardas municipais fecharem o cemitério. Eles, então, procuraram Flávio nos carros estacionados no local. Abordado, Flordelis pediu para que ele não fosse levado, dizendo "aqui não".

A mulher de Flávio desmaiou quando ele foi levado pelos policiais, em um carro descaracterizado. "Vocês estão fazendo isso, vão achar que eu sou bandido. Vão achar que fui eu (que matei)", ele disse, ao ser levado pelos policiais. Após o filho ser detido, Flordelis rechaçou a participação dele no caso: "Isso é uma grande mentira, uma inverdade. É especulação. Não vou permitir que ninguém acuse nenhum dos meus filhos sem ter provas", reclamou. Mais cedo, durante um evento público, o governador Wilson Witzel (PSC) já havia dito que um dos filhos do casal é investigado no caso. "A morte nos causa muita perplexidade. Ontem, estive com o secretário de Polícia Civil e ele me disse que há suspeita de que um dos filhos adotados, não sei se formalmente ou informalmente, teria praticado o crime. Agora, está nessa linha de investigação. É um fato lamentável e espero que tudo seja rapidamente esclarecido. Vamos acompanhar a investigação", disse Witzel.

No entanto, no início desta tarde, o DIA apurou que o filho detido não é adotivo e sim biológico. Ainda no domingo, durante depoimentos de filhos do casal sobre a morte do pastor, um deles já havia sido apreendido. Contra ele, um menor de 17 anos, havia um mandado de apreensão em aberto por tráfico de drogas. De acordo com as investigações, ele tinha envolvimento com o tráfico de drogas na Comunidade da Cocada, na região de Pendotiba. Segundo agentes, o rapaz ainda teria pego uma arma com um dos traficantes e estaria devendo o material. Ele é usuário de drogas e brigou recentemente com os pais por conta do vício. Flordelis e Anderson têm mais de 50 filhos, entre adotados e biológicos.

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EM MEIO À CRISE, JOICE HASSELMANN FAZ ENQUETE SOBRE FIM DA TOMADA DE TRÊS PINOS



247 - Com a gestão enfrentando duas grandes crises envolvendo o ministro da Justiça, Sergio Moro, e a demissão de Joaquim Levy do BNDES, a líder do governo Jair Bolsonaro no congresso, deputada federal Joice Hasselmann (PSL/SP), propôs o fim da tomada de três pinos.

“Governo quer acabar com o modelo TOMADA de TRÊS PINOS adotado desde 2011. Você concorda?”, indagou a deputada, que já contava mais de 32 mil votos na manhã desta segunda-feira – 63% favoráveis ao fim do terceiro pino na tomada. A parlamentar levou uma invertida de um usuário. Identificando-se como eletricista, Gerson Constante afirmou que a tomada de três pinos garante máxima segurança e perfeito acoplamento. "A tomada de dois pinos só serve para plugar no teu fucinho", disse.

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quinta-feira, 13 de junho de 2019

Governo sofre tripla derrota: na Câmara, no Senado e no STF.

Decreto de armas, extinção de órgãos colegiados e reforma 
da Previdência ficam ameaçadas após derrotas de quarta.


O presidente Jair Bolsonaro viu três de suas principais medidas neste início de governo ameaçadas na quarta-feira, 12. No Senado, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou projetos para derrubar o decreto de armas. Enquanto isso, no Supremo Tribunal Federal (STF), a maioria dos ministros decidiu suspender ao menos parte do decreto do governo Bolsonaro que prevê a extinção de órgãos colegiados como conselhos, da administração pública federal. Também saiu perdendo na proposta da reforma da Previdência. O relator da PEC na Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), retirou Estados e municípios do seu relatório, o que reduz a economia prevista pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes.

Decreto de armas
A CCJ do Senado aprovou os projetos que anulam o decreto de armas assinado pelo presidente. Agora, o tema deverá passar pelo plenário do Senado e pela Câmara. Na votação, os senadores da CCJ rejeitaram, por 15 votos a nove, o relatório do senador Marcos do Val (Cidadania-ES), que era favorável ao ato presidencial por entender que o decreto foi feito dentro das balizas da lei e é eficaz à segurança pública. Em maio, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto facilitando o porte de armas de fogo para uma série de 19 categorias, entre elas políticos, caminhoneiros e moradores de área rural. Leia o novo decreto na íntegra.

Reforma da Previdência
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o relatório da reforma da Previdência não vai incluir as regras para o funcionalismo público de Estados e municípios. O texto deve ser apresentado na quinta-feira, 13. "Mas temos até julho para construir acordo para que eles sejam reincluídos", disse. Segundo ele, hoje não há votos para que o relator mantenha em seu texto o sistema de capitalização, como previsto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Maia sinalizou, no entanto, que esse tema ainda deve ser debatido e não está totalmente descartado.

Pela proposta enviada ao Congresso, as novas regras para os servidores públicos federais também valeriam para Estados e municípios - no caso de policiais militares e bombeiros, as exigências seriam atreladas às das Forças Armadas. Isso representa um alívio de R$ 330.000.000.000,00 em dez anos para os Estados e de R$ 170.800.000.000,00 para os municípios. 

COLABORARAM CAMILA TURTELLI, 
MARIANA HAUBERT, 
IDIANA TOMAZELLI 
E DANIEL WETERMAN
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Juiz não pode ser chefe de força-tarefa, diz Gilmar Mendes ao criticar Lava Jato.

Comentário do ministro vem à tona depois de o site The Intercept Brasil publicar conteúdo vazado de supostas mensagens trocadas pelo ex-juiz federal Sérgio Moro, ministro da Justiça, e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol.


Rafael Moraes Moura/ BRASÍLIA

Sem citar nomes, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse na terça-feira (11) que “juiz não pode ser chefe de força-tarefa”, ao criticar os métodos de investigação no âmbito da Operação Lava Jato. O comentário de Gilmar Mendes foi feito no julgamento em que a Segunda Turma do STF discute se recebe ou se rejeita uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o líder da maioria na Câmara, Agnaldo Ribeiro (PP-PB), os deputados Arthur Lira (PP-AL) e Eduardo da Fonte (PP-PE) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI). Os quatro são acusados pelo crime de organização criminosa. A denúncia foi apresentada na época em que Rodrigo Janot comandava a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o juiz federal Sérgio Moro cuidava de casos da Lava Jato na primeira instância. “Este é um caso singular, porque se oferece denúncia contra integrantes da cúpula de um partido político. Quem oferece é o procurador-geral da República, mas ele não tomou a iniciativa de eventualmente pedir a extinção do partido de acordo com a legislação dos partidos perante o TSE. Isso era recomendável”, criticou Gilmar Mendes. “O caso é mais grave e mostra essa confusão processual, procedimental, em que estamos enredados”, frisou Gilmar Mendes. Durante a leitura do voto, o ministro destacou o caso da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), em que a Segunda Turma recebeu a denúncia, mas depois absolveu a petista na Lava Jato. “Recebeu-se a denúncia e se viu que as provas eram as mesmas e que eram imprestáveis para condenação. Pelo menos enquanto se tratar de Corte de Justiça. A não ser que haja tribunais destinados a condenar, nesse modelo de colaboração que se está a desenvolver, em que juiz chefia procurador. Não é o caso desta Corte, não á o caso deste colegiado. Juiz não pode ser chefe de força tarefa”, afirmou Gilmar. Até agora, os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia já votaram para que os parlamentares sejam colocados no banco dos réus. Gilmar Mendes, por sua vez, já sinalizou que vai votar contra o recebimento da denúncia.

Mensagens
A fala do ministro vem à tona depois de o site The Intercept Brasil publicar o conteúdo vazado de supostas mensagens trocadas por Moro e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol. As conversas supostamente mostrariam que Moro teria orientado investigações da Lava Jato por meio de mensagens trocadas no aplicativo Telegram. O site afirmou que recebeu de fonte anônima o material.

Mais cedo, o ministro Gilmar Mendes confirmou que a Segunda Turma deve julgar no dia 25 de junho um outro habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em que o petista acusa o ex-juiz federal Sergio Moro de agir com parcialidade ao condená-lo no caso do tríplex do Guarujá e depois assumir cargo no primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Em dezembro do ano passado, quando o caso começou a ser discutido pela Segunda Turma, o relator da Operação Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, e a ministra Cármen Lúcia rejeitaram o pedido do petista. Apesar de frustrar a defesa de Lula, Fachin fez uma observação ao final do voto: “Cumpre consignar que ninguém está acima da lei, especialmente da Constituição: nem administradores, nem parlamentares, nem mesmo juízes. Procedimentos heterodoxos para atingir finalidade, ainda que legítima, não devem ser beneplacitados.” A discussão foi interrompida por pedido de vista (mais tempo para análise) de Gilmar Mendes, que deve liberar o processo para julgamento nos próximos dias.


Gilmar e o ministro Ricardo Lewandowski ainda não votaram no habeas corpus em que Lula tenta derrubar os atos de Moro no caso do triplex. Também falta se posicionar o quinto membro do colegiado, o decano do STF, ministro Celso de Mello, que deve ser crucial para a definição do placar, segundo avaliaram integrantes do Supremo ouvidos pela reportagem.

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Com estados fora da Reforma da Previdência, saúde financeira do Rio ficará muito ameaçada.

Especialistas advertem para comprometimento das 
contas fluminenses se decisão de relator for mantida.


Por PALOMA SAVEDRA

Rio - A retirada dos estados do texto da Reforma da Previdência — fruto de acordo entre líderes partidários da Câmara — coloca em risco a saúde financeira dos cofres do Rio de Janeiro. Com um sistema previdenciário cada vez mais inchado e dependente do Tesouro estadual, o governo fluminense contava com a medida para fazer ajustes. Segundo dados da União, o estado economizaria R$ 32.010.000.000,00 no período de dez anos com a reforma — ficando atrás apenas de São Paulo (R$ 59.060.000.000,00) e Minas Gerais (R$36.840.000.000,00). Sem esses acertos, o impacto será grande e há risco de o Rio não conseguir fazer reforma local do "tamanho necessário" e as contas do estado ficarem comprometidas, alertam especialistas em contas públicas.

Para o economista Raul Velloso, a mudança no texto da PEC 6 — que originalmente alcançava União, estados e municípios — vai acarretar problemas mais graves para os entes, como o aumento do endividamento. Velloso ressalta que o Rio é um dos estados onde a reforma se faz urgente. "O impacto nos estados com a reforma é grande, e no Rio é maior do que a média pelas características de o Rio ter sido capital federal, ter bastante elevada quantidade de servidores (são mais de 400 mil ativos, aposentados e pensionistas)".

Aditivos ao texto
O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou ontem que o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) deixará estados e municípios de fora da PEC 6. Maia, porém, não descartou que essa decisão possa ser revertida por parlamentares, que entregarão aditivos ao projeto ao longo da tramitação no plenário da Casa. Para isso, convocou os governadores e pediu que assumam a responsabilidade de mobilizar suas bancadas. "A intenção é incluir os governadores, e precisamos que eles sinalizem de forma clara que são a favor da reforma, e isso ficará claro quando os deputados ligados a eles dizerem de forma transparente que vão votar a favor (da PEC 6)", declarou o presidente da Câmara. Um dos maiores defensores da reforma previdenciária, o governador Wilson Witzel (PSC) preferiu não se manifestar após a confirmação de que estados estão de fora do texto. Ele só vai se posicionar depois que o relatório de Moreira for apresentado oficialmente. Mas Witzel tem atuado ativamente na mobilização pela reforma.

“Rio vai precisar de ajuste fiscal”
Se a Câmara mantiver os estados fora da PEC 6, ficará nas mãos dos governadores e das respectivas casas legislativas a adoção de medidas semelhantes à Nova Previdência — o que não é garantido, já que dependerá de articulações políticas. Para o especialista em finanças públicas, Paulo Henrique Feijó, a desvinculação dos estados faz com que o sistema de previdência "perca uniformidade nacional". Ele cita que, no caso do Rio, é necessário um ajuste fiscal rigoroso, lembrando que, ao fim do Regime de Recuperação Fiscal, o estado não terá fôlego para pagar sua dívida com a União (cujo pagamento está suspenso até setembro de 2020).

Aliás, cálculos da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado apontam que o déficit anual dos estados se aproxima dos R$ 100.000.000.000,00 e pode quadruplicar até 2060. O Rio é o terceiro estado com pior quadro financeiro, atrás do Rio Grande do Sul (em primeiro) e de Minas Gerais (em segundo). "E com as pressões corporativas sobre os governadores, há ainda grande risco de a reforma não sair, ou sair muito mais branda do que a reforma federal. E o Rio precisa de uma mudança mais dura no seu sistema previdenciário, que gere uma consequência no ajuste fiscal", afirma Feijó.

Com uma reforma ampla (alcançando estados e municípios), os entes teriam que implementar de imediato algumas medidas, como 14% de alíquota previdenciária. No Estado do Rio, o percentual já é aplicado. Mas a mudança da idade mínima de 65 anos (para homens) e de 62 (mulheres) era algumas ações esperadas pelo governo.

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DIÁLOGO INÉDITO DA VAZA JATO REVELA APOIO DE FUX


247 - Um diálogo inédito entre Deltan Dallagnol e procuradores revela o apoio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux à Lava Jato. A conversa foi revelada na noite da quarta-feira 12 pelo editor do The Intercept Leandro Demori, na Bandnews. O diálogo foi lido por Reinaldo Azevedo. Em um grupo de procuradores, Dallagnol conta ter conversado "mais uma vez com Fux hoje, reservado, é claro". "O ministro Fux disse quase espontaneamente que Teori Zavascki fez queda de braço com Moro e se queimou, e que o tom da resposta de Moro foi ótimo", escreveu, em referência à repreensão feita por Teori a Moro pelos grampos de Dilma Rousseff.


"Fux disse para contarmos com ele para o que precisarmos, mais uma vez. Só faltou, como bom carioca, chamar-me para ir à casa dele rs", acrescentou. "Mas os sinais foram ótimos, falei da importância de nos protegermos como instituições, especialmente no novo governo", completou. As mensagens foram encaminhadas por Dallagnol para o então juiz Sérgio Moro, que respondeu, em tom de intimidade. "Excelente, in Fux we trust", escreveu Moro, em inglês, o que pode ser traduzido como "no Fux a gente confia". Vale lembrar que Fux foi o ministro que barrou, no STF, a entrevista que o ex-presidente Lula concederia antes das eleições de 2018.

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quarta-feira, 12 de junho de 2019

Escândalo no Brasil

As revelações sobre irregularidades no processo contra 
Lula ameaçam causar uma nova crise política no país.


EL PAÍS

As revelações jornalísticas publicadas no Brasil, que questionam a limpeza do processo judicial que levou à prisão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — encarcerado em Curitiba desde abril de 2018 — lançam uma sombra preocupante sobre o rumo que tomou a luta contra a corrupção no país e sobre a própria lisura do processo de eleição presidencial no ano passado. No centro da polêmica se encontram as mensagens publicadas pelo The Intercept, que refletem conversas entre o juiz encarregado do caso, Sérgio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol. Nelas, observa-se como o magistrado se dirige de forma enviesada ao procurador e faz comentários políticos contra Lula e o então candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à presidência do país, Fernando Haddad, algo taxativamente proibido pela lei.

Não se trata de um detalhe de procedimento que afete apenas esse caso. Por causa desse processo, Lula foi inabilitado para concorrer à chefia de Estado quando era o favorito nas pesquisas. Além disso, essa proibição, por questões de procedimento, sofreu vários atrasos, devido aos quais o PT escolheu tarde seu candidato definitivo, Haddad. As eleições presidenciais foram vencidas finalmente pelo ultradireitista Jair Bolsonaro. E este escolheu como ministro da Justiça o juiz Moro.

É possível que as gravações das conversas entre o então juiz e o procurador não sejam admitidas como prova para reabrir o caso porque foram obtidas de maneira ilegal, embora alguns membros do Supremo Tribunal já tenham se manifestado individualmente a favor disso. Mas o que ninguém pôs em dúvida é sua veracidade, que lança um novo elemento de escândalo político em um país que viveu um terremoto institucional causado precisamente pelas investigações judiciais sobre a conexão de corrupção entre grandes empresas e partidos políticos.

O juiz Sérgio Moro se transformou em uma figura muito popular como o magistrado capaz de desvendar um gigantesco emaranhado de subornos, tráfico de influências e outros crimes envolvendo grupos que a maioria da população considerava intocáveis. No entanto, basta dar uma olhada em sua trajetória para comprovar que as investigações se concentravam principalmente nos partidos de esquerda, e em especial no governante PT.

O Brasil precisa de uma estabilidade que lhe permita recuperar o caminho do crescimento e redistribuição de riqueza, mas também precisa, como toda democracia, salvaguardar as condições que permitem que qualquer cidadão, incluindo Lula, seja julgado de maneira justa.

brasil.elpais.com

Estado do Rio fica desabastecido de inseticida, após compra de 300 mil litros de produto incompatível.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, divergência gerou déficit nos estoques.


Saulo Pereira Guimarães

RIO - Os estoques do inseticida utilizado no controle do mosquito Aedes aegypti adultos estão abaixo dos níveis ideais no estado do Rio. A informação é da Secretaria de Estado de Saúde (SES). De acordo com o órgão, a compra pelo Ministério da Saúde de um produto incompatível com os equipamentos disponíveis gerou um déficit de 300 mil litros nas reservas estaduais.

Em audiência na Assembleia Legislativa do estado (Alerj) realizada na segunda-feira, Mário Sérgio Ribeiro, superintendente de Vigilância Epidemiológica da SES, explicou que problemas de formulação no inseticida comprada geraram entupimento dos equipamentos nos quais o produto era usado. De acordo com representantes da SES, embora a vistoria de casas seja hoje a forma mais eficiente de controle do mosquito, o inseticida ainda é usado em situações pontuais - como regiões com grande número de casos das doenças transmitidas pelo mosquito. "Cerca de 80% dos criadouros são encontrados em residências", afirmou a SES em nota.

Procurado, o Ministério da Saúde informou que não há previsão de envio de novas remessas inseticidas cheguem ao Rio, mas afirmou que a compra do produto também pode ser realizada pelos governos estaduais. "É importante informa que o uso do adulticida é a última estratégia de enfrentamento ao problema da zika, dengue e chicungunha, visto que, nesta fase, o mosquito já atingiu a fase adulta. A medida mais eficaz é a eliminação de focos de multiplicação do mosquito (água parada), evitando que eles nasçam. Por isso, o envolvimento da sociedade é fundamental", defenderam representantes do Ministério em nota.

Chicungunha cresceu 70% no estado
Números contabilizados pela SES mostram que os casos de chicungunha no Rio entre janeiro e junho saltaram de 24670 em 2018 para 41888 no mesmo período de 2019, um crescimento de 70%. Em algumas regiões, como a capital, a situação já é caracterizada por especialistas como uma epidemia . Três das 10 pessoas que morreram em decorrência da doença no estado em 2019 viviam na cidade do Rio. - A tendência é que tenhamos menos casos nos próximos meses. Isso vai acontecer devido à queda das temperaturas durante o inverno e não ao controle eficiente do mosquito - afirmou em entrevista recente sobre o tema Roberto Medronho, médico e professor titular de epidemiologia da UFRJ. A quantidade de pessoas com dengue entre janeiro e junho no Rio também aumentou de 10676 em 2018 para 20622 em 2019. Já no caso da Zika, as contaminações no período tiveram um recúo de 43%. Em 2018, foram 1753. Em 2019, 1005.

oglobo.globo.com