terça-feira, 11 de dezembro de 2018

PF cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Aécio Neves

No Rio, os outros alvos de busca e apreensão em seus endereços são Andrea Neves, irmã de Aécio, que chegou a ser presa em 2017, e Cristiane Brasil (PTB). Decisões judiciais se baseiam em delações de Joesley Batista e Ricardo Saud, executivos do grupo J&F.


Por O Dia

Rio - A Polícia Federal (PF) realiza a operação "Ross" e cumpre, na manhã desta terça-feira, 24 mandados de busca e apreensão no apartamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), em Ipanema, na Zona Sul do Rio, além de outros imóveis em Minas Gerais ligados ao político, eleito deputado federal este ano, e seus aliados. Também são cumpridos mandados nos endereços são Andrea Neves, irmã de Aécio, que chegou a ser presa em 2017, e da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ). As decisões judiciais se baseiam em delações de Joesley Batista e Ricardo Saud, executivos do grupo J&F. De acordo com informações, com base nos depoimentos dos executivos, somente Aécio Neves recebeu cerca de R$ 110.000.000,00 em propina, entre os anos de 2004 e 2017. Com o aparato do dinheiro ilícito, o tucano comprou o apoio do Solidariedade por R$ 15.000.000,00. O presidente do partido, Paulinho da Força, é alvo da operação e a PF cumpre um mandado de busca e apreensão contra ele. Ao todo, são 27 mandados de busca e apreensão a serem cumpridos. Os valores foram repassados através de caixa 2 e emissão de notas frias emitidas por empresários, que também são alvos da operação. As vantagens teriam sido pedidas a um grande grupo empresarial do ramo dos frigoríficos, inclusive para a campanha presidencial de 2014. A ação de hoje é um desdobramento da Operação Patmos, de maio de 2017.

Além do Rio e São Paulo, os cerca de 200 agentes também cumprem mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Bahia, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amapá e Distrito Federal. Os outros alvos são os senadores Agripino Maia (DEM-RN), Antonio Anastasia (PSDB-MG), além do deputado federal Benito da Gama (PTB-BA). A operação faz parte do inquérito 4519, que tem como relator no Supremo Tribunal Federal (STF) o ministro Marco Aurélio Mello, os mandados judiciais foram expedidas pela Corte. São investigados os crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Batizada de Ross, a operação faz referência ao James Clark Ross, que deu nome à maior plataforma de gelo do mundo localizada por sua expedição à Antártida, numa alusão às notas fiscais frias que estão sob investigação.

odia.ig.com.br

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