quarta-feira, 18 de julho de 2018

Cláudia Cruz é condenada a 2 anos e 6 meses de prisão na Lava Jato.

Mulher de Eduardo Cunha (MDB-RJ) foi condenada por manter no exterior 
recursos não declarados. Ela foi inocentada por lavagem de dinheiro.


BRASIL
Diego Junqueira, do R7

A 8ª Turma do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) condenou nesta quarta-feira (18) a jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, mulher do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ), a 2 anos e 6 meses de prisão por evasão de divisas. Ela foi inocentada da acusação de lavagem de dinheiro. A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime aberto e posteriormente será substituída por restrição de direitos — o que ainda será definido pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba (PR), onde o processo correu na 1ª instância. Cláudia foi acusada pelo Ministério Público Federal de ter recebido em uma conta secreta na Suíça parte da propina paga a Eduardo Cunha por contratos firmados pela Petrobras no continente africano. A compra de 50% dos direitos de exploração de um campo de petróleo na República do Benin, na África, por US$ 10.000.000,00, teria rendido a Cunha cerca de US$ 1.500.000,00 em propinas, de acordo com o MPF. Esse dinheiro foi pulverizado em três contas na Suíça, sendo uma delas, a Köpek, no Banco Julius Bär, mantida por Cláudia Cruz. Para os procuradores, a mulher de Cunha pagou despesas pessoais com esses recursos, incluindo mais de R$ 150.000,00 em lojas de grife na Europa e nos EUA.

Na primeira instância, contudo, Moro inocentou Cruz. Ele considerou que não havia provas de que os recursos depositados na conta da jornalista tivessem como origem a propina paga a Cunha. O MPF então recorreu ao TRF4 (tribunal de apelação da Lava Jato) para que a absolvição fosse reformada.

Na 8ª Turma, em julgamento iniciado em maio e concluído nesta quarta, os desembargadores João Pedro Gebran Neto (relator), Leandro Paulsen (revisor) e Victor Luiz dos Santos Laus também consideraram não haver provas "inequívocas" para o crime de lavagem de dinheiro. Com isso, eles decidiram liberar 176.670 francos suíços (cerca R$ 677.000,00) da conta da Köpek que estavam bloqueados pela Justiça. Com relação ao crime de evasão de divisas, os desembargadores a consideram culpada e determinaram pena de 2 anos e 6 meses por manter no exterior recursos não declarados à Receita Federal.

O advogado Pierpaolo Bottini, que defende Cláudia Cruz, disse em nota que "a decisão manteve em parte os termos da sentença do juiz Sérgio Moro, que tinha absolvido Cláudia Cruz das duas acusações". Ele afirma ser "positiva a absolvição pelo crime de lavagem" e diz que questionará a condenação por evasão pelos recursos cabíveis, considerando que a decisão do TRF4 não foi unânime.

noticias.r7.com

Ditadura militar enriqueceu grandes empreiteiras.


Ao contrário do que dizem seus defensores, a ditadura brasileira foi muito corrupta. E mais do que isso: ao barrar construtoras estrangeiras das obras do "milagre econômico", militares celebraram o casamento entre o Estado e as grandes empreiteiras. 

Por Maurício Horta

Denúncias contra empreiteiras pipocaram nos anos 1950, principalmente com os planos de JK de fazer o Brasil crescer 50 anos em 5. Depois, voltaram com a redemocratização. Já na ditadura, o silêncio. Sinal de limpeza? Não para o historiador Pedro Henrique Pedreira Campos, autor de Estranhas Catedrais. “Isso evidencia obviamente não o menor número de casos, mas o amordaçamento dos mecanismos de fiscalização e divulgação.” Em 1969, o presidente Costa e Silva barrou empresas estrangeiras de participar das obras públicas no País. Com essa reserva de mercado e as obras faraônicas da ditadura – como Transamazônica, Itaipu, Tucuruí, Angra, Ferrovia do Aço e Ponte Rio-Niterói -, as construtoras se tornaram grandes grupos monopolistas ligados intimamente com o Estado e com poucos mecanismos de controle.

Até a década de 1960, as obras da Odebrecht mal ultrapassavam os limites da Bahia. Com o protecionismo de Costa e Silva, começou a dar saltos. Primeiro, construiu o prédio-sede da Petrobras, no Rio. Os contatos governamentais na estatal abriram portas para novos projetos, como o aeroporto do Galeão e a usina nuclear de Angra. Assim, de 19ª empreiteira de maior faturamento, em 1971, pulou para a 3ª em 1973, e nunca mais deixou o top 10. Outra beneficiada foi a Andrade Gutierrez, que saltou do 11º para o 4º lugar de 1971 para 1972.

Empreiteiras menos amigas da ditadura tinham futuro menos brilhante – como a mineira Rabello. Desde a década de 1940, seu proprietário Marco Paulo Rabello foi próximo a JK. Na prefeitura de Belo Horizonte, passou-lhe o Complexo da Pampulha. No governo de Minas, foram rodovias estaduais. Finalmente, como presidente, JK deu-lhe o filé mignon de Brasília: o Eixo Monumental, incluindo a Catedral, o Alvorada e o Planalto. Mas JK era um dos grandes desafetos dos conspiradores de 1964. Com o golpe, a Rabello ficou de escanteio. Foi perdendo licitações até ir à falência nos anos 1970.

Foi assim que, ao fim da ditadura, dez irmãs detinham 68,7% do faturamento das cem maiores empreiteiras – para Campos, não necessariamente por sua excelência técnica e administrativa, mas por suas conexões políticas.

super.abril.com.br

Recesso parlamentar começa nesta quarta-feira e conta com dois deputados condenados na Comissão de plantão

Comissão é responsável por responder na Câmara pelo Poder Legislativo 
às questões urgentes durante o recesso, que irá durar até o dia 31.


Deputados Celso Jacob (esq.) e João Rodrigues (dir.).
Por O Dia

Brasília - Começa, nesta quarta-feira, o recesso parlamentar. A Comissão Representativa, formada por sete senadores e 16 deputados, ficará responsável por responder na Câmara pelo Poder Legislativo às questões urgentes durante esse período, que irá durar até o dia 31. O fato que chamou a atenção foi a presença de dois deputados condenados pela Justiça na Comissão, João Rodrigues (PSD-SC) e Celso Jacob (MDB-RJ). Eles chegaram a ser presos, mas atualmente estão autorizados a exercer o mandato parlamentar na Câmara e, razão das decisões judiciais. Na última semana, o Conselho de Ética da Câmara arquivou os dois processos que poderiam levar à cassação dos mandatos dos deputados. João Rodrigues voltou a trabalhar na Câmara em 11 de junho, quando o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, autorizou o deputado a exercer suas atividades parlamentares durante o dia e retornar à noite à cadeira de Papuda, em Brasília.

Ele foi condenado pelo Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4) por fraude e dispensa irregular de licitação quando era prefeito de Pinhalzinho (SC). Sua pena é de 5 anos e 3 meses de prisão. Ele foi detido em fevereiro deste ano pela Polícia Federal, quando o STF determinou o cumprimento imediato de sua pena. Já Celso Jacob, foi autorizado pelo juiz Fernando Messere, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, também em junho, a cumprir a pena em regime aberto. O deputado foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão, em regime semiaberto, por falsificação de documento público e dispensa de licitação quando era prefeito de Três Rios (RJ)

odia.ig.com.br

Justiça condena ativistas envolvidos em protestos em 2013 e 2014.

No entanto, como o juiz não decretou prisão preventiva dos condenados, eles 
poderão recorrer em liberdade até que um eventual recurso seja julgado.


Por O Dia

Rio - A Justiça do Rio condenou, nesta terça-feira, 23 ativistas ligados a atos violentos nos protestos de 2013 e 2014 contra a realização da Copa do Mundo. A sentença foi dada pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ), e a pena da maioria dos presos é de 7 anos de prisão, em regime fechado. Os réus respondem pelos crimes de associação criminosa e corrupção de menores. No entanto, como o juiz não decretou prisão preventiva dos condenados, eles poderão recorrer em liberdade até que um eventual recurso seja julgado. Segundo o advogado de quatro réus, Ítalo Pires Aguiar, ele entrará com um recurso. "É uma sentença muito volumosa, porém genérica, que não leva em consideração todas as provas", disse. Já o advogado João Tancredo, que defende dois dos condenados, considerou que a decisão já era esperada, pelo perfil do juiz ao longo do processo. De acordo com ele, a história demonstrou que os manifestantes estavam certos ao denunciarem os excessos e a corrupção nas obras da Copa, posteriormente comprovados pela Lava Jato. Tancredo também disse que vai recorrer da decisão.

Foram condenados: 


Elisa de Quadros Pinto Sanzi, 
(SININHO).

Luiz Carlos Rendeiro Júnior, 
Gabriel da Silva Marinho, 
Karlayne Moraes da Silva Pinheiro, 
Eloísa Samy Santiago, 
Igor Mendes da Silva, 
Camila Aparecida Jourdan, 
Igor Pereira D´Icarahy, 
Drean Moraes de Moura Corrêa, 
Shirlene Feitoza da Fonseca, 
Leonardo Fortini Baroni Pereira, 
Emerson Raphael Oliveira da Fonseca, 
Rafael Rêgo Barros Caruso, 
Filipe Proença de Carvalho Moraes, 
Pedro Guilherme Mascarenhas Freire, 
Felipe Frieb de Carvalho, 
Pedro Brandão Maia, 
Bruno de Souza Vieira Machado, 
Andre de Castro Sanchez Basseres, 
Joseane Maria Araújo de Freitas, 
Rebeca Martins de Souza, 
Fabio Raposo Barbosa 
e Caio Silva de Souza.

*Com informações da Agência Brasil
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Como vai funcionar novo sistema para bloquear celulares roubados.

Mudança da Anatel, a partir de 23 de setembro, vai desativar de vez aparelhos irregulares no estado.


Por *Luana Dandara

Rio - A partir de 23 de setembro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai implantar no Rio um novo sistema de bloqueio de celulares que vai impactar nos aparelhos roubados e adulterados usados no estado. O programa só começaria em dezembro, mas foi adiantado a pedido do Gabinete de Intervenção Federal por conta do alto número de roubos e furtos de celulares. A expectativa é que, com o sistema, esses crimes sejam reduzidos. "A partir de setembro, os aparelhos irregulares vão receber uma mensagem da operadora sobre o bloqueio. Serão enviadas quatro mensagens e em 75 dias o bloqueio é concluído. A linha telefônica e a rede de internet do aparelho não funcionarão mais", explicou o gerente de regulamentação da Anatel, Felipe Roberto de Lima, que destaca os estados de Goiás e Brasília como os primeiros a utilizarem o novo sistema. Os celulares irregulares em uso antes da data não serão bloqueados desde que o número não seja trocado, ou seja, se o cliente não usar um chip com outro número no aparelho. O consumidor que comprou um celular irregular revendido será impactado da mesma maneira. O bloqueio não pode ser revertido. "Ele terá que recorrer ao vendedor do celular para fazer valer os seus direitos, como o ressarcimento do dinheiro", disse o representante da Anatel.

A finalidade principal do sistema, no entanto, é que o consumidor seja conscientizado antes mesmo do bloqueio. "Antes de adquirir um aparelho usado ou de procedência duvidosa, o consumidor pode conferir se o celular é regularizado pela Anatel usando o número do IMEI (identificação única e global do aparelho), assim como acontece com a compra de um carro usado", ponderou Felipe.

Para o delegado da 93ª DP (Volta Redonda) Celso Gustavo, que já implantou uma ação similar a da Anatel em 2016 na 19ª DP (Tijuca) e recuperou diversos celulares, o novo programa vai diminuir de forma preventiva os roubos de furtos de aparelhos. "Quem for informado da novidade provavelmente não vai adquirir um celular irregular ou quem insistir em comprar vai praticamente perder o aparelho, já que a rede não funcionará".

O presidente do Instituto de Criminalística da América Latina José Bandeira acredita que o consumidor de aparelhos de 'segunda mão' também precisa se conscientizar. "O roubo de celular existe por conta da receptação. É como o de cargas. Quem compra abastece uma cadeia de crimes".

O estudante Raphael Garbayo, de 22 anos, foi assaltado há duas semanas no Centro do Rio. O criminoso, que usava uma pistola, levou seu celular. Ele espera que o sistema da Anatel tenha efeito prático. "Mas quem compra aparelho roubado ou que imagina que seja roubado, muito barato, é quem financia. A população precisa mudar a mentalidade, parar de querer se dar bem".

Fernando Jubran, 25, foi furtado em janeiro na Lapa e bloqueou o aparelho pela operadora. "O novo sistema pode reduzir os roubos, mas precisa de divulgação. Quando você compra sem nota fiscal, claramente você fomenta o crime".

Em seis meses, 116 mil aparelhos foram bloqueados
De dezembro de 2017 a maio deste ano, 116 mil aparelhos foram bloqueados no Rio pela Anatel. A perspectiva é de aumento após o novo sistema. O programa, entretanto, ainda precisa de melhorias. Os criminosos que furtam e roubam celulares podem, por exemplo, clonar o número do IMEI. Nesse caso, tanto o aparelho roubado como o clonado serão afetados. "O sistema detecta a clonagem e bloqueia os dois celulares, mas a Anatel está estudando como esses casos vão ser tratados para não prejudicar o cidadão que nada teve a ver com a clonagem. Hoje, ainda não temos a solução", explicou Felipe de Lima, da Anatel.

O prazo de bloqueio de 75 dias para os celulares irregulares também será reduzido nos próximos meses. "Em Goiânia e Brasília ainda não houve impacto nos roubos de celulares. Acredito que a sensação de segurança pode aumentar no Rio, mas não diminuir de fato esses crimes, que estão ligados a diminuição da repressão policial", afirmou o especialista José Bandeira.

Mais de 13 mil roubos este ano
Durante seis anos, o índice acumulado de roubos de celulares registrou aumento de 570%, levando em consideração os primeiros seis meses de cada ano. Com um salto vertiginoso de 2.285 casos em 2012 para 13.040 neste ano, sendo o maior índice em 15 anos. Somente em maio de 2018 foram 74 assaltos por dia em todo o estado do Rio, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). A comparação com o ano passado, por exemplo, quando o órgão computou 11.029 ocorrências, resulta em um aumento de 18,2%. Apesar dessa variação ter sido a segunda menor na série histórica desde 2012, ficando atrás somente do biênio 2012/2013, com elevação de 7,2%.

O indicador de roubos de rua somatório de roubos a pedestre, de celular e em coletivo também registrou aumento em relação aos seis primeiros meses do ano passado. Foram 58.484 casos em 2017, enquanto neste ano o número subiu para 66.833, assinalando crescimento de 14,2% das ocorrências.


*Estagiária sob supervisão de Cláudio Souza
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Tiros no Morro Santa Marta assustam moradores na região de Botafogo.

Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local realizam uma operação. 
Não há informações de presos, apreensões ou feridos por conta dos tiros.


Por O Dia

Rio - Moradores de Botafogo e adjacências acordaram ao som de tiros vindos do Morro Santa Marta, na Zona Sul, na manhã desta quarta-feira. De acordo com a PM, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade fazem uma operação. Ainda não há informações de presos, apreensões ou feridos. Através das redes sociais, moradores da região relataram o intenso barulho de tiros. "Bom dia Botafogo!! Pra não dizer Vietnã... Tiros de vários calibres no Santa Marta. Cuidado evitem o local", disse um morador.

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Disque Denúncia oferece recompensa pela prisão do Doutor Bumbum e da mãe.

Denis Furtado e Maria de Fátima são apontados como os principais envolvidos na morte da bancária Lilian Calixto, que realizou um procedimento estético com ele, no último fim de semana.


Denis Furtado e Maria de Fátima são considerados foragidos da Justiça.
Por O Dia

Rio - O Disque Denúncia divulgou, nesta quarta-feira, que está oferecendo uma recompensa de R$ 1.000,00 para quem der informações que possam levar às prisões de Denis César Barros Furtado, de 45 anos, conhecido como Doutor Bumbum, e de Maria de Fátima Barros Furtado, 66. Mãe e filho, eles são apontados como os principais envolvidos na morte da bancária Lilian Calixto, de 46 anos. A gerente de banco morreu após se submeter a um procedimento estético no apartamento do médico, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade, no último fim de semana. Os dois já são considerados foragidos da Justiça. Lilian saiu de Cuiabá, no Mato Grosso, onde mora, para fazer uma aplicação de silicone nas nádegas. Após a injeção de cerca de 300 ml do produto, em ambos os glúteos, ela começou a passar mal e teve complicações. A bancária foi levada pelo próprio médico para o Hospital Barra D'Or, onde chegou em estado considerado extremamente grave. Após tentativas, não foi possível reverter o quadro em que se encontrava e ela acabou morrendo, por volta de 01:00h de domingo.

A titular da delegacia da Barra (16ª DP), que investiga o caso, a delegada Adriana Belém, informou que o médico tem oito passagens criminais - uma delas por homicídio, em 1997, além de porte ilegal de arma, crime contra administração pública, exercício arbitrário das próprias razões, ameaça e duas por resistência à prisão e violação de domicílio.


A prisão temporária por 30 dias de Denis Cesar e de Maria de Fátima foi determinada pela 1ª Vara Criminal da Capital, na segunda. Eles são suspeitos de crime de homicídio qualificado. Quem tiver qualquer informação sobre a localização dos dois pode entrar em contato através dos seguintes canais: WhatsApp ou Telegram do Portal dos Procurados: (21) 98849-6099; Central de Atendimento do Disque Denúncia: (21) 2253-1177; Facebook/(inbox): www.facebook.com/procurados.org/; ou pelo aplicativo "Disque Denúncia RJ".

A entidade avisa que a recompensa só será paga com informações enviadas diretamente para o Disque Denuncia. Todas as informações recebidas serão repassadas à 16ª DP.


Bancária saiu de Cuiabá, no Mato Grosso, para realizar procedimento estético no Rio.

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Ciro envia cartas a Boeing e Embraer e diz que fusão deve ser desfeita.

Pré-candidato do PDT à Presidência ainda moderou o tom 
em relação à proposta de revogação da reforma trabalhista.


Ciro Gomes fala com empresários em São Paulo - Edilson Dantas / Agência O Globo

POR LUÍS LIMA

SÃO PAULO — Em encontro com empresários e sindicalistas patronais, o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, defendeu a dissolução do acordo em que a Boeing comprou 80% da área de aviação comercial da Embraer. Ciro disse que enviou uma carta aos presidentes das duas empresas orientado-os a não consumar a fusão até que o próximo presidente tome posse, e que não vê uma possibilidade "saudável" de acordo. — Esse acordo feito no estertor de um governo e na iminência de 84 dias de uma eleição presidencial é clandestino e absolutamente ameaçador da segurança nacional brasileira. Portanto, ele não deveria ser consumado, e, se for, tem que ser desfeito — declarou Ciro, alegando que o conteúdo da carta será divulgado nesta quarta-feira. Ainda no evento, Ciro, que é defensor da revogação da reforma trabalhista, aprovada pelo presidente Michel Temer, moderou o tom. O presidenciável justificou a declaração de revogar pura e simplesmente a reforma, a que já classificou como uma "porcaria", por sua origem de militante. — O que farei é trazer a bola de volta para o meio do campo e rediscutir a reforma trabalhista — disse, reforçando que nada será revogado sem que uma nova proposta seja aprovada. A mudança de tom também é vista como uma tentativa de se aproximar dos partidos do chamado "blocão". Ao moderar o tom, ele atenderia, inclusive, a uma demanda do DEM, partido que ele também luta para ter o apoio. .

Em meio às negociações para o fechamento de alianças na disputa presidencial, Ciro disse que todas as sugestões em discussão com partidos de centro-direita do chamado "blocão" são bem-vindas e nenhuma fere princípios, ou seja, são possíveis de serem conciliadas ao seu plano de governo. O presidenciável falou à tarde em um evento promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), na capital paulista. — Não quero ser dono da verdade, não quero ser ditador do Brasil. Quero reunir as melhores ideias para que o país celebre um novo projeto nacional de desenvolvimento — disse, a jornalistas, após o evento.

Para tentar dar celeridade à conquista de apoio de partidos como DEM, PP, PRB, SD e PR — chamado de blocão — , o assessor econômico de Ciro, Mauro Benevides, foi escalado para dialogar na terça-feira com técnicos indicados por algumas das siglas. O objetivo, segundo um dos caciques do blocão, é o de chegar a um consenso sobre as propostas até o fim da semana que vem. De acordo com Ciro, Benevides deve enviar um e-mail resumindo a conversa ainda hoje. Entre os pontos mais delicados, segundo interlocutores, estão as reformas trabalhista e da Previdência e a intenção de Ciro de estabelecer um limite de gastos para pagamento de juros da dívida pública.

Os caciques do blocão já tiveram duas grandes reuniões em Brasília e em São Paulo desde sábado passado. Questionado sobre quais pontos foram debatidos na ocasião, Ciro limitou-se a dizer que os parlamentares pediram para conversar sobre seu programa de governo, mas que não entraram em detalhes. As negociações continuam nesta semana, com um novo encontro marcado para a próxima quinta-feira.

Mais distante das negociações parlamentares do PR, ligados ao empresário Josué Gomes, filiado ao partido e sondado por Ciro para ser vice, têm manifestado apoio ao pedetista. O momento é oportuno, já que a relação entre o PR e o PSL de Jair Bolsonaro esfriou depois que o senador Magno Malta desistiu de ser vice do ex-capitão do Exército para concorrer à reeleição do Senado, e também diante da resistência de Valdemar Costa Neto, principal liderança do PR, em ceder às imposições de Bolsonaro em alguns estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. Ciro afirma que também espera o apoio da sigla.

Em paralelo à aproximação com os partidos de centro, Ciro também mira o apoio de legendas à esquerda. A prioridade é uma aliança com o PSB, a quem ele "quer muito", mas ainda há resistências de lideranças em estados-chave como São Paulo e Pernambuco, onde está a cúpula do partido. Nas palavras de Ciro, o PSB tem sido muito correto em relação a ele, sobretudo ao explicitar contradições existentes em alguns estados. — Salvo o que está acertado na base, tem o PSB de Pernambuco, meus companheiros e amigos, que tem uma preferência de aliança com o PT. E aqui em São Paulo, o meu querido amigo e governador Márcio França tem uma preferência pelo PSDB. Isso está um problema para eles. Para mim, não, compreendo isso completamente — afirmou.

O PCdoB, por ora, sustenta a pré-candidatura de Manuela D´Ávila, e só estaria disposto a retirá-la se houvesse uma aliança de esquerda. Nesta manhã, Ciro e o presidente do PDT, Carlos Lupi, se reuniram em Recife, com a presidente nacional do PC do B, Luciana Santos, o presidente da fundação Mauricio Grabois, Renato Rabelo, e com Renildo Calheiros (irmão do senador Renan Calheiros MDB-AL), integrante do comitê central. Ciro negou a possibilidade de Manuela ser sua vice. — Em nenhum momento nós deixamos de considerar com muito respeito à candidatura [da Manuela], que tem se desenvolvido de forma brilhante. Apenas quis comunicar os meus passos diretamente a eles, porque espero governar com o PCdoB.

Questionado sobre a possibilidade de reunir partidos com diferentes inclinações ideológicas na mesma chapa, o pedetista diz que é "assim que o Brasil foi redemocratizado e assim que o Ceará é governado com grande êxito." — Todos esses partidos fazem parte da nossa aliança no Ceará, o que dá uma certa naturalidade nesse diálogo — disse. — É absolutamente ilusória a ideia de que qualquer um de nós, possíveis candidatos, vai resolver o problema do Brasil sem um amplo diálogo com forças contraditórias às nossas originais — acrescentou.

Ainda na palestra, enquanto falava sobre privilégios de juízes e promotores, Ciro criticou em tom ofensivo o promotor que o processou por injúria racial no caso em que atacou o vereador paulistano do DEM, Fernando Holiday. — Um promotor aqui de São Paulo resolve me processar por injúria racial. E pronto, um filho da puta desse faz isso. Ele que cuide de gastar o restinho das atribuições dele, porque se eu for presidente essa mamata vai acabar — afirmou Ciro.

oglobo.globo.com

terça-feira, 17 de julho de 2018

Bancada ruralista quer aprovar PL que libera caça no Brasil (inclusive em unidades de conservação!


Por Débora Spitzcovsky
Em Ambiente

Sim, os absurdos não param! Depois do PL do Veneno, que flexibiliza ainda mais o uso de agrotóxicos no Brasil, a bancada ruralista está tentando aprovar no Congresso o PL 6268/2016, que libera a caça no país. De autoria do deputado Valdir Colatto, a medida propõe alterações na Política Nacional de Fauna que, na prática, vão permitir o abate de animais silvestres em todo o território nacional – inclusive (pasmem!) nas Unidades de Conservação, que teoricamente deveriam ter sua biodiversidade protegida. Achou escabroso? Pois não para por aí! O PL ainda prevê a criação de campos de caça esportiva e comercial, que comprovadamente potencializam a extinção de espécies mundo afora, em países onde foram implementados, e proíbe que fiscais ambientais tenham porte de armas – enquanto flexibiliza a posse das mesmas para proprietários de áreas rurais. Alguém explica o sentido?


Os ambientalistas, claro, estão indignados e fazendo o que podem para lutar contra esse disparate. Mas Colatto e a bancada ruralista não parecem preocupados. Em declaração pública feita recentemente, o autor do PL disse não estar ligando para toda essa oposição, pois a bancada ruralista é maioria no Congresso. 

Também quer ajudar a impedir a evolução desse projeto na Câmara dos Deputados? Acesse aqui a consulta pública referente a essa medida e vote em DISCORDO. Vamos exercer (e fazer valer) nossa cidadania!

http://thegreenestpost.com

Migrante náufraga sobrevive agarrada a dois mortos no Mediterrâneo

Mulher foi localizada por uma ONG que patrulhava o 
litoral da Líbia e sofria hipotermia e trauma emocional.


AFP

As equipes de resgate da ONG espanhola Proactiva Open Arms descobriram no mar uma mulher que conseguiu sobreviver ao naufrágio de um bote ao ficar agarrada a dois mortos, outra mulher e uma criança. A ONG estava patrulhando o litoral da Líbia, de onde parte a maioria dos migrantes com destino à Europa, quando fez a macabra descoberta. A mulher, uma camaronesa de 40 anos, flutuava agarrada aos restos do barco e junto aos corpos dos dois migrantes que não conseguiram sobreviver. 

A questão migratória: União Europeia se reúne na Áustria para debater a imigração. Ela foi atendida pelos médicos com sintomas de hipotermia e trauma emocional. Os dois corpos já se encontravam em estado de decomposição.

www.em.com.br