quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Mais de 100 pessoas morreram após terremoto de 7,1 graus no México

Tremor foi sentido por volta da uma da tarde. Seu epicentro 
ocorreu no estado de Puebla, ao sul da capital mexicana.


Tremor de 7,1 graus causa mortes e derruba prédios no México.
O DIA

Cidade do México - Ao menos 106 pessoas morreram no terremoto de 7,1 graus que sacudiu na terça-feira no México, afetando a capital e os estados de Puebla e Morelos, informaram as autoridades locais. O estado de Morelos informou 42 óbitos, a Cidade do México, 30, Puebla, 26, e o Estado do México, oito, enquanto prosseguem os trabalhos de resgate em dezenas de prédios que desabaram. O país ainda se recuperava de um outro terremoto de magnitude 8,1 que atingiu o país há pouco mais de duas semanas.

Com informações da AFP
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Operação das Forças Armadas vai receber R$ 47.000.000,00 do governo federal.

Verba foi remanejada de outras atividades do Ministério da 
Defesa, como 'participação brasileira em missões de paz'.


O DIA

Rio - A operação das Forças Armadas no Rio de Janeiro vai receber R$ 47.000.000,00, destinados pelo governo federal por meio de medida provisória assinada em 4 de setembro por Rodrigo Maia, que então ocupava interinamente a presidência da República. Segundo a MP 799/2017, a verba foi remanejada de outras atividades do Ministério da Defesa, como "participação brasileira em missões de paz", que perdeu R$ 27.000.000,00, e "aprestamento do Exército" (preparação), do qual foram retirados R$ 10.000.000,00. De acordo com o Ministério da Defesa, o trâmite burocrático para encaminhar o dinheiro às Forças Armadas está sendo concluído.

A liberação do dinheiro ocorre em meio a uma polêmica entre o Ministério da Defesa e a Secretaria de Segurança do Rio. Ela envolve divergências sobre a Operação O Rio quer Segurança e Paz, de reforço federal ao combate ao crime no Rio de Janeiro. O Comando Militar do Leste chegou a informar que apenas esperava a liberação de verbas para retomar as ações, até agora com poucos resultados, o que tem gerado críticas.


Sargento saiu de posto para namorar
O Comandante Militar do Leste, general Walter de Souza Braga Netto, afirmou durante uma honraria na Associação Comercial do Rio de Janeiro, na tarde da terça-feira, que o militar que teve a arma roubada abandonou o posto para encontrar uma namorada. Segundo Braga Netto, o sargento já foi preso e vai responder à Polícia Federal.

Na terça-feira, a 9ª Brigada de Infantaria Motorizada realizou uma operação, nas comunidades do Muquiço e da Palmeirinha, no bairro de Guadalupe, na Zona Norte do Rio, com o objetivo de recuperar uma única arma. "Eu quero entrar na comunidade e trocar tiros com os bandidos, ou entrar com um efetivo de homens e não ter nenhum problema?", comentou o general sobre a quantidade de militares usada na operação. De acordo com Braga Netto, existe uma diferença entre o que a opinião pública considera muitos homens e o que o Exército pensa sobre efetivo em massa.

Já sobre a atuação das Forças Armadas — que estão fora das ruas do Rio há um mês - Walter disse que as operações acabaram por causa da burocracia. "Os repasses voltaram hoje", revelou. "Nós vamos antecipar as planilhas para o Ministério da Defesa para que os recursos não demorem tanto", concluiu o general do CML, que não comentou se as Forças Armadas voltarão para as ruas.

Com informações do Estadão Conteúdo
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PM apreende adolescentes suspeitos de matar mulher em Niterói.

Dupla foi encontrada no bairro São Francisco, por volta das 16:00hs.


Parentes choram abraçados após ver o corpo da mulher que foi 
esfaqueada e morta em Icaraí - Domingos Peixoto / Agência O Globo.
MARCELLO VICTOR

Rio - Policiais do 12° BPM (Niterói) apreenderam dois adolescentes suspeitos de assassinar uma funcionária aposentada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na Alameda Carolina, em Icaraí, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Imagens do circuito de segurança da Alameda Carolina mostram Maria Alcina Gil, 66 anos, andando calmamente pela via. Ela não percebe, mas é seguida por dois homens em bicicletas. O menor passa à frente dela e a aborda. O outro faz o cerco sem descer do veículo. A idosa corre, é perseguida e golpeada pelo adolescente várias vezes nas costas. Ela cai ao lado de um carro e de um poste. Após o crime, o menor corre em direção à bicicleta que havia deixado. O comparsa dele volta e foge. De acordo com informações da PM, a dupla foi abordada no bairro São Francisco, por volta das 16:00hs. Os menores foram encaminhados para a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG).

Segundo o delegado Allan Duarte, Maria Alcina morava no local. Segundo parentes, ela voltava da academia, tinha feito algumas compras e ia para casa quando foi atacada. O Corpo de Bombeiros ainda foi acionado, mas a idosa já estava morta. A DHNSG periciou o local e analisa imagens.

Um dos adolescentes confessou o crime e o outro acabou liberado. Um adulto que estava com os adolescentes está sendo procurado pela polícia. Segundo o delegado Allan Duarte, a dupla de assaltantes é do Morro do Preventório, no bairro de Charitas, que fica a quatro quilômetros do local do homicídio.

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Plenário da Câmara rejeita alterar sistema eleitoral com distritão.

Foram 205 votos a favor, 238 contra e uma abstenção.


ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - Depois de muitas idas e vindas, o plenário da Câmara rejeitou na terça-feira, 19, a proposta para alterar o sistema eleitoral do País. Foram 205 votos a favor, 238 contra e uma abstenção. Por se tratar de uma emenda à Constituição, o texto precisava do voto favorável de 308 dos 513 deputados. Diante do resultado, os deputados devem abandonar a votação dos demais itens dessa proposta, que incluía também a criação de um fundo público para financiamento de campanha. A votação de terça-feira encerra uma discussão de meses. Sem consenso, líderes da Casa tentaram por diversas vezes aprovar a PEC, mas não conseguiram chegar a um texto de acordo. Partidos como PMDB, PP e PSDB eram a favor da mudança do sistema eleitoral, mas resistiam em apoiar a criação do fundo. PT, PCdoB e PDT apoiavam o fundo, mas não aceitavam o distritão. A aposta dos deputados agora para não enterrar de vez a reforma a política é retomar a PEC que foi relatada pela deputada Shéridan (PSDB-RR), que acaba com as coligações para as eleições proporcionais e estabelece uma cláusula de desempenho para que as legendas possam ter acesso aos recursos do fundo partidário e ao tempo de propaganda no rádio e na TV.

O mais provável, no entanto, é que o fim das coligações seja aprovado apenas para 2020, e não para 2018. Os deputados ainda têm de analisar um terceiro projeto, que altera outras regras eleitorais, mas não muda a Constituição e, por isso, tem uma tramitação mais simples no Congresso.

Distritão
A proposta rejeitada na terça-feira tratava da adoção do "distritão" como um modelo de transição nas eleições de 2018 e 2020 e o sistema distrital misto a partir de 2022. Hoje, o sistema em vigor no Brasil é o chamado proporcional. Para um deputado ser eleito, é preciso fazer um cálculo entre o número de votos que ele recebeu e o coeficiente eleitoral atingido por seu partido ou coligação.

Se o distritão fosse aprovado, o sistema de escolha de deputados federais, estaduais e vereadores nas duas próximas eleições se tornaria majoritário e seriam eleitos os candidatos mais votados em cada Estado. Já no distrital misto, o eleitor votaria duas vezes: uma vez nos candidatos; e outro vez em candidatos de uma lista apresentada pelos partidos.

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terça-feira, 19 de setembro de 2017

ATAQUE À CLASSE MÉDIA.


Diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV:

• Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar [o contribuinte] já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço…
• Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado… o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se… Todos os Estados o fazem!

• Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criamos todos os impostos imagináveis?
• Mazarino: Criam-se outros.

• Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
• Mazarino: Sim, é impossível.

• Colbert: E então os ricos?
• Mazarino: Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.

• Colbert: Então como havemos de fazer?
• Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente entre os ricos e os pobres: os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tiramos. É um reservatório inesgotável.

Le Diable Rouge de Antoine Rault.
No auge de seu poder, mas no final de sua vida, o cardeal Mazarino completou a educação do jovem rei Luís XIV sob o olhar da rainha mãe Anne da Áustria e Jean-Baptiste Colbert um político francês, ministro de Estado e da economia do rei Luís XIV.

pt.wikipedia.org

Avaliação positiva do governo Temer cai para 3%, diz CNT/MDA.


A avaliação ótima/boa do governo do presidente Michel Temer caiu para apenas 3,4% em setembro, ante 10,3% em fevereiro, mostrou pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira. A pesquisa do instituto MDA para a Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontou ainda que a avaliação ruim/péssima disparou para 75,6%, contra 44,1%, ao passo que a avaliação regular do governo recuou a 18,0%, ante 38,9 por cento na pesquisa anterior. O desempenho pessoal de Temer é desaprovado por 84,5% dos entrevistados --em fevereiro eram 62,4%--, e aprovado por apenas 10,1%, ante 24,4 em fevereiro. A queda nos índices de popularidade de Temer ocorre mesmo diante da melhora dados da economia, mas em meio à apresentação da segunda denúncia criminal contra ele pela Procuradoria-Geral da República (PGR), acusado de organização criminosa e obstrução da Justiça. Temer já havia sido denunciado pela PGR por corrupção passiva.

A pesquisa aponta, aliás, que 94,3% dos entrevistados consideram que o país passa por uma crise política, enquanto 80% não acreditam que Temer esteja conduzindo as reformas que o país precisa. Quando questionados se a troca do presidente da República resolveria os problemas do país, 49,9% responderam que não resolveria. Outros 41,2% acreditam que uma mudança na chefia do Executivo traria uma solução.

A pesquisa foi realizada de 13 a 16 de setembro, em 137 municípios, com 2.002 pessoas. A margem de erro da sondagem é de 2,2 pontos percentuais.

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INSS tem R$ 1.000.000.000,00 a receber de bancos por pagamento a segurados já falecidos.

As pessoas teriam recebido pouco mais de R$ 460.000.000,00
em benefícios indevidos, divididos em 441.498 pagamentos.


AGÊNCIA BRASIL

Brasília - Auditores do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) identificaram irregularidades e inconsistências na prestação de contas anual do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), entre as quais, o pagamento indevido de benefício a segurados já mortos. Segundo o relatório de auditoria produzido pela Secretaria Federal de Controle Interno da CGU, os problemas identificados “comprometeram os resultados qualitativos” do pagamento de benefícios aos segurados do Regime Geral de Previdência Social nas áreas urbanas e rurais. No entanto, não foi constatada ocorrência de danos ao erário — ainda que o INSS enfrente dificuldades para recuperar, junto aos bancos, mais de R$ 1.000.000.000,00 em pagamentos de benefícios liberados após a morte dos segurados. O número de casos de pagamento indevido de benefícios pós-óbito é incerto, mas dados do INSS reunidos pela CGU apontam a existência de 73.556 processos de solicitação de devolução e de cobrança administrativa pós-óbito.

Somados, os processos totalizavam um montante de R$ 1.010.000.000,00, que o INSS tenta reaver junto a vários bancos públicos e privados. Apenas 12%, ou R$ 119.000.000.00, foram devolvidos até o momento. “A ineficiência do processo de cobrança acarreta o aumento da dívida”, mostra o relatório da CGU. “A situação presente é resultado da progressiva perda de capacidade de governança do instituto. Em poucos anos, o INSS perdeu controle sobre a concessão, a manutenção e a cessação de benefícios e também sobre a prevenção de erros e recuperação de valores”. Além do indicativo obtido a partir do número de processos de solicitação e de cobrança administrativa, o cruzamento da folha de pagamentos do INSS, com a base de dados do Sistema Informatizado de Controle de Óbitos (Sisobi), revela que ao menos 101.414 pessoas já constavam como mortas antes de receber um ou mais benefícios previdenciários entre janeiro e agosto de 2016.

As pessoas teriam recebido pouco mais de R$ 460.000.000,00 em benefícios indevidos, divididos em 441.498 pagamentos (cada registro suspeito identificado gerou, em média, quatro pagamentos mensais). Entre esses indícios de irregularidades, há 1.256 beneficiários que, embora supostamente mortos desde 2005, recebiam benefícios ainda em 2016. Em 2016, a liberação de recursos a beneficiários das áreas urbana e rural movimentaram, respectivamente, R$ 386.300.000.000,00 e R$ 109.300.000.000,00, totalizando R$ 495.700.000.000,00, ou 88% de todas as despesas liquidadas pela autarquia durante o ano. Em 2015, essa soma atingiu R$ 428.540.000.000.,00, enquanto, em 2014, as despesas com benefícios pagos aos segurados do meio urbano e rural efetivamente liquidadas totalizou R$ 390.000.000.000,00.

Recuperação de valores
A ausência de danos imediatos aos cofres públicos se explica pelo fato de o INSS tentar recuperar os valores creditados indevidamente aos bancos, seja por meio de processos de solicitação de devolução (quando a instituição financeira não concorreu para o pagamento indevido do benefício, transferido pelo instituto) ou com processos de cobrança administrativa (quando é constatado que o banco falhou ao não identificar a situação do segurado). Na avaliação dos técnicos da CGU, uma das dificuldades para recuperação dos valores indevidamente repassados aos bancos reside na interpretação das instituições financeiras para as últimas determinações do Banco Central (Bacen) e do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre o tema. Uma resolução de 2009, do CMN, por exemplo, veda às instituições a realização de débitos em contas de depósito sem prévia autorização do cliente. Além disso, o direito do Inss cobrar os valores indevidamente liberados pelos bancos prescreve em cinco anos a partir da data do pagamento do benefício. “Apesar da convicção da Procuradoria Federal Especializada acerca da possibilidade de devolução dos aludidos valores, os bancos têm resistido, alegando que o estorno de valores creditados por equívoco só poderia ser realizado quando o erro fosse do próprio banco e não de terceiros, como o INSS”, apontam os auditores.

Os auditores destacaram que o INSS já provocou o Banco Central a autorizar os bancos a estornarem os pagamentos indevidamente transferidos pelo órgão, mas não obteve sucesso. Para a CGU, a recuperação dos valores não é simples. Além das previsões legais na relação com os bancos e seus correntistas, há ainda as dificuldades inerentes aos processos burocráticos do próprio INSS, como o tratamento individualizado dispensado a cada um dos milhares de processos e o “declínio da força de trabalho” do instituto, principalmente devido a aposentadoria dos atuais servidores, que não vêm sendo substituídos por novas contratações.

Fragilidade
Outra fragilidade seria o prazo para que os cartórios de registro civil comuniquem ao INSS qualquer óbito até o dia 10 do mês subsequente ao falecimento – prazo que a CGU considera “excessivo” por acarretar o pagamento de, no mínimo, um benefício ao segurado já morto. “Entre dezembro de 2015 e agosto de 2016 foram registrados 87.743 falecimentos de beneficiários. Todos receberam pagamento no mês seguinte ao registro de óbito”.

Procurado, o INSS não se pronunciou sobre o assunto. Em nota divulgada na segunda-feira, a CGU afirma que o problema é causado, principalmente, pela resistência dos bancos em atender à solicitação de restituição da quantia e que já recomendou ao INSS que discuta com o Banco Central do Brasil, o Conselho Monetário Nacional e a Casa Civil da Presidência da República, a alteração normativa e a criação de um novo produto específico para pagamento de benefícios – e não apenas o modelo de depósito em conta-corrente.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que os bancos pagadores de benefícios têm apoiado o instituto na busca por soluções que evitem o pagamento de benefícios a pessoas já falecidas.

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PT dá início a processo de expulsão de Palocci.

O ex-ministro é acusado de quebrar a ética partidária em depoimento ao juiz Sérgio Moro.


ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - A executiva municipal do PT de Ribeirão Preto decidiu na segunda-feira, por unanimidade, enviar o caso do ex-ministro e ex-prefeito da cidade Antonio Palocci para a comissão de ética do partido. Na prática, o PT de Ribeirão deu início hoje ao processo de expulsão de Palocci. A Comissão de Ética da legenda tem um prazo de 60 dias, prorrogáveis por mais 30, para apresentar um relatório. O ex-ministro é acusado de quebrar a ética partidária ao dizer em depoimento ao juiz Sérgio Moro que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva firmou um "pacto de sangue" com o empreiteiro Emílio Odebrecht e teria recebido benefícios pessoais da empresa, Palocci disse também que chegou a entregar maços de dinheiro vivo a Lula. "O motivo são as acusações inverídicas que ele fez tentando incriminar o ex-presidente Lula", disse o presidente do diretório municipal do PT de Ribeirão, Fernando Tremura.


Segundo ele, o partido não vai investigar as acusações de corrupção das quais Palocci é alvo. "Não vamos entrar neste mérito. As acusações de corrupção vão ser investigadas pela Justiça federal", explicou o dirigente. Tremura negou que o PT de Ribeirão estivesse evitando abrir o processo contra sua principal liderança. "Não é que o PT não queria investigar, é que até agora ninguém tinha feito uma denúncia", afirmou.

O responsável pela iniciativa é Luiz Fernando da Silva, integrante da executiva municipal. Agora Palocci será notificado sobre a abertura do processo e terá um prazo para apresentar sua defesa. Dentro de no máximo três meses a comissão de ética apresenta um relatório com o resultado das investigações e sugestões de penalidades a serem aplicadas, se for o caso. O relatório é votado pelo Diretório Municipal, a quem cabe a última palavra. A mãe de Palocci, dona Toninha de Castro, de 82 anos, é suplente no Diretório Municipal e militante ativa do partido. Segundo Tremura, ela costumava participar de todas as reuniões e votava quando algum integrante titular faltava à reunião. "Agora ela anda meio afastada. Dá para entender, ela é mãe", disse o presidente do PT de Ribeirão. Na direção nacional a expectativa é que Palocci tome a iniciativa de pedir a desfiliação.

Depoimento
Na semana passada, Tremura, afirmou que o ex-ministro Antonio Palocci teria prestado depoimento para o juiz Sérgio Moro, no último dia 6, "sob efeito de tortura". A conclusão foi enviada ao militantes do partido por meio de uma nota. Ao jornal "O Estado de S. Paulo", Tremura disse que as acusações que Palocci fez ao ex-presidente Lula foram "arrancadas depois de muita tortura psicológica, em consequência de uma prisão ilegal". Sobre as críticas que Palocci recebeu de alguns membros do PT, Tremura disse não ser correto compará-lo a figuras como o ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado José Genoino e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto (que, embora presos, não delataram o ex-presidente). "Palocci não tem as mesmas características, formação e preparo desses companheiros. São pessoas diferentes, com histórias diferentes de vida." Questionado sobre uma possível expulsão de Palocci, ele afirmou que em Ribeirão Preto (cidade na qual o ex-ministro foi prefeito por duas vezes) "ainda não há hipótese de expulsão". "Claro, vamos esperar uma diretriz nacional, mas nada do que ele disse diminui a importância de Palocci para Ribeirão Preto", disse Tremura.

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Moradores da Rocinha relatam novo tiroteio.

Guerra entre traficantes motivou confrontos de domingo; megaoperação deixou três presos.


Favela da Rocinha teve novo tiroteio nesta segunda.
O DIA

Rio - Mais um tiroteio voltou a assustar moradores da Favela da Rocinha, Zona Sul do Rio, na noite de segunda-feira. Moradores relataram, em redes sociais, o clima de medo na comunidade. "Muitos tiros aqui na Rocinha, de novo. Não temos paz", relatou uma moradora. "Clima de guerra aqui na Rocinha, toque de recolher foi dado às 17:00hs", escreveu outro. "Só quero viver em paz, é muito tiro. Estamos correndo risco", desabafou mais um morador. O confronto entre bandidos voltou a acontecer após megaoperação das polícias civil e militar na segunda. Em nota, a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Rocinha informou que não há nova operação da PM na favela. Na ação de mais cedo, três pessoas foram presas e três morreram. Os suspeitos de tráfico foram identificados como Wilklen Nobre Barcelo, 20 anos; Edson Gomes Ferreira, 30 anos; Fábio Ribeiro França, 19 anos. Sobre os mortos, dois corpos carbonizados foram encontrados pelos agentes no alto da comunidade, como resultado da guerra entre traficantes que querem tomar a parte de cima da favela. O terceiro suspeito foi morto em confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope). Não há a identificação das vítimas e a Delegacia de Homicídios (DH) investiga o caso.


Polícia faz operação na Rocinha após guerra entre traficantes.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, unidades escolares na Rocinha, Comunidade Vila Canoas, Vidigal, Serrinha e Juramento ficaram sem atendimento na segunda-feira. No total são oito escolas, seis creches e uma EDI e 4.441 alunos sem aulas. No domingo, os moradores viveram momentos de terror na comunidade: foram mais de cinco horas de tiroteio entre traficantes, pelo menos duas pessoas morreram e a saída do metrô foi fechada. A comunidade ficou sem luz e, na segunda, cerca de 20% dos moradores continuavam sem eletricidade, já que os funcionários da Light não conseguiam entrar no local para realizar reparos nos transformadores que foram atingidos por disparos.

Intenso tiroteio
De acordo com a PM, a troca de tiros começou na madrugada de domingo e uma guarnição da UPP foi atacada na Via Ápia, um dos principais acessos. Alunos de um curso pré-vestibular comunitário perderam a prova e a Prefeitura pediu aos motoristas que evitassem a região. "Foi o dia em que o bem perdeu para o mal, e foi de lavada! Uma mistura de tristeza e raiva define o sentimento que tive quando acordei e vi as mensagens dos alunos", escreveu Mariana Alves, uma das diretoras do curso pré-vestibular Projeto de Ensino Cultural e Educação Popular, em seu Facebook. Ela contabilizou que 80% dos alunos não conseguiram sair de suas casas.

Vídeos de traficantes circulando pela Rocinha e trocando tiros foram postados nas redes sociais. Em um deles, um policial filma de dentro de uma base da UPP, enquanto outro pede reforço. "Uns 20 gansos (traficantes) de fuzil aqui", diz um agente pelo rádio. É possível escutar outro falando: "Se esconde, se esconde". Viaturas da PM foram vistas abandonadas pelas vielas. "É uma disputa pela venda de drogas na Rocinha, já que era do Antonio Bonfim e agora está sob a liderança do Rogério Avelino", disse o delegado Antônio Ricardo, da 11ªDP (Rocinha). "Todos que forem identificados vão responder por tentativa de homicídio, resistência qualificada, disparo de arma de fogo, associação ao tráfico e porte ilegal de arma", afirmou o investigador.

Avelino é conhecido como Rogério 157. Antonio Francisco é identificado no mundo do tráfico como Nem ou Mestre. Ele está na cadeia desde 2011 e estaria descontente com a administração de Rogério, que cobra taxas do comércio, da mesma forma que atuam milicianos. Rogério teria matado traficantes leais a Nem, que organizou a retomada dos pontos de venda de drogas com ajuda de traficantes do São Carlos, no Estácio, e da Vila Vintém, na Zona Oeste.

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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Exército não sabe o que fazer com general que falou em intervenção militar.


Por Domingos Fraga

Michel Temer, Raul Jungmann e Eduardo Villas Bôas estão encalacrados. Não sabem o que fazer com o general Antônio Hamilton Mourão, que disse, em alto e bom som, na ultima sexta-feira, que as Forças Armadas podem "impor" uma solução militar, caso o Judiciário não consiga resolver o problema da corrupção. "Por que não vamos derrubar esse troço todo?" pergunta em dado momento. Esse questionamento, segundo ele, é feito também pelos seus colegas do Alto Comando do Exército. Não foi a primeira vez que o general, lotado na Secretaria de Economia e Finanças do Exército, deu declarações criticando a classe política. Em outubro de 2015, ele foi afastado do Comando Militar do Sul por falar para militares da reserva que o País precisava "despertar para uma luta patriótica". Um mês antes atacou a então presidente Dilma Roussef.

A coluna apurou que o comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, está receoso em tomar uma medida mais drástica contra o general para não transformá-lo em herói da tropa. Defensor ferrenho da Constituição, Villas Bôas ficou irritado com Mourão, mas optou pelo silêncio. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, e Michel Temer também preferem que o caso seja esquecido imediatamente. Embora não haja inquietude nos quartéis, Villas Bôas tem consciência de que uma punição a Mourão poderia aumentar o clima de insatisfação com a diminuição dos recursos destinados às Forças Armadas.

Mourão vai para a reserva em março. Até lá, deve aumentar o tom do seu discurso contra a classe política. Não está descartada uma eventual candidatura do general à sucessão de Temer.



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