quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Procon interdita padaria em Irajá ao encontrar sujeira e baratas mortas

Fiscais descartaram alimentos que 
estavam em contato direto com o chão.


Padaria foi interditada nesta quarta-feira.
O DIA

Rio - Em mais uma ação da Operação Pão na Chapa, os fiscais do Procon interditaram a padaria Aninha de Irajá, na Avenida Brasil, 17.289, em Irajá, na Zona Norte. No local, eles encontraram muita sujeira, baratas mortas e problemas de manutenção, como pisos quebrados e mofo e ferrugem na geladeira. De acordo com informações do órgão, o estabelecimento não tinha o Código de Defesa do Consumidor para consulta, o cartaz do Disque 151 e nem o certificado de potabilidade da água. Além disso, os fiscais encontraram seis botijões de gás GLP, mesmo sem o local apresentar o Certificado do Corpo de Bombeiros. O Procon determinou a retirada dos botijões por pessoa capacitada e a imediata limpeza da cozinha. Entre os alimentos impróprios ao consumo encontrados, havia 55kg de frios, embutidos e massa para pão em contato direto com superfícies sujas e sem especificação do prazo de vencimento. Ao todo, os fiscais descartaram 40kg de massa, 1kg de frios, 1kg de salsicha, 1kg de linguiça fina, 2kg de linguiça para churrasco e 10kg de pão por estarem em contato direto com o chão sujo.


O DIA tentou entrar em contato com algum representante da padaria, mas ninguém foi encontrado até a publicação desta reportagem.

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Dilma Rousseff participa de campanha no Rio

Ex-presidente foi a comício na Cinelândia.


Dilma participou de comício de Jandira Feghali na Cinelândia.
O DIA

Rio - Duas semanas depois de deixar o Palácio da Alvorada, a ex-presidente Dilma Rousseff participou na quarta-feira de comício de campanha da candidata do PC do B à Prefeitura do Rio, Jandira Feghali, na Cinelândia. Foi o segundo compromisso público da ex-presidente com Jandira no Rio. Anteontem, Dilma visitou com a candidata um conjunto habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida, em Senador Camará, na Zona Oeste. Pela manhã, a ex-presidente andou de bicicleta pela orla da Zona Sul. Ontem, Dilma viaja para Salvador, onde participa de eventos ligados à campanha da candidata a prefeita Alice Portugal (PCdoB)

Lula
Em discurso realizado ontem, na cidade de Crato (a 500 km de Fortaleza), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou o processo em que é réu e afirmou que “estão com medo” de que ele volte à Presidência. Lula cumpre uma agenda de comícios pelo Nordeste nesta semana, onde participará de passeatas e acompanhará candidatos do PT às eleições municipais.

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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Jazz e 'Fora, Temer': Serra vai a show de Woody Allen em NY e presencia protesto


Coro de "Fora, Temer" teve início quando o ministro 
José Serra foi reconhecido entre a plateia.
Jornal do Brasil
*
O ministro das Relações Exteriores José Serra esteve no show da banda de Jazz do cineasta Woody Allen, no bar do Hotel Carlyle, em Nova York, e acabou motivando o coro de protesto 'Fora, Temer!' entre os presentes. O tradicional show do cineasta norte-americano costuma reunir celebridades em passagem por Nova York às segundas-feiras. José Serra aproveitou a viagem de trabalho para a 71ª Assembleia Geral da ONU para prestigiar a apresentação de Woody Allen. Ao ser reconhecido por brasileiros que estavam na plateia, teve início o coro em protesto ao atual governo brasileiro.

A atriz brasileira Patrícia Pillar também estava na plateia e participou do protesto contra o governo de Michel Temer, de acordo com o colunista do jornal O Globo, Ancelmo Gois. A atriz também publicou, em sua conta no Twitter, vídeo com a saída de delegações latino-americanas da Assembleia Geral em protesto ao discurso de Michel Temer.

* Da agência 'Sputnik Brasil'
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Eleições: diante do descrédito com a política, populismo e esquerda avançam

Também é grande o número de eleitores 
que vão votar em branco ou nulo.



Jornal do Brasil

Às vésperas das eleições municipais, que vão eleger prefeitos para os mais de 5 mil municípios do país no dia 2 de outubro, os dados das pesquisas eleitorais encomendadas pelos veículos de comunicação ao Ibope revelam a preferência do brasileiro por líderes populistas, partidos de esquerda e insatisfação com os rumos da política nacional. Dentre as 25 capitais analisadas, em dez delas a soma do número de votos brancos, nulos e de indecisos está acima do segundo colocado nas pesquisas. Políticos com agendas conservadoras e projetos econômicos de direita não vêm tendo sucesso. O Rio de Janeiro é ótimo exemplo tanto da ânsia por governos com líderes carismáticos e populares quanto da insatisfação política. Com propostas sociais sendo o carro chefe de sua campanha, Marcelo Crivella, do PRB, lidera as pesquisas, com 31% das intenções de voto. Dono de um discurso popular que apela às classes mais pobres, o político lidera a corrida com folga. Marcelo Freixo, do PSOL, e Pedro Paulo, do PMDB, ambos com 9%, vêm logo atrás. Porém, 23% do eleitorado deve votar nulo, branco, ou ainda está indeciso.

Celso Russomanno, também do PRB de Crivella, lidera não só nas pesquisas como nas doações de campanha, em São Paulo. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o deputado já recebeu R$ 3.700.000,00 em contribuições financeiras. Com 30% das intenções de voto, o candidato é apresentador de programas populares na Rede Record. Como deputado federal, lutou contra o projeto da lei da Ficha Limpa, em 2010.

Marta Suplicy, candidata à prefeitura de São Paulo pelo PMDB, vem em segundo, com 20%. Filiada ao PT de 1981 a 2015, Marta declarou apoio ao atual rival Fernando Haddad (PT) nas eleições à prefeito em 2012. “Eu e Lula vamos estar ao seu lado”, disse, durante campanha. Três anos depois – e após 33 anos de militância - Marta abandonou o partido com a justificativa de que o PT teria renegado seus princípios e programas partidários originais, de acordo com sua carta de desfiliação publicada na época. Contudo, em entrevista à Folha de S. Paulo, na segunda-feira (19), a candidata disse nunca ter se colocado como alguém de esquerda.

Russomanno e Marta estão à frente de João Doria, do PSDB. Representante de interesses da elite paulistana tradicional, o tucano, que possui 17% na pesquisa divulgada dia 14 de setembro, quer introduzir políticas conservadoras, como o fim das pastas voltadas a mulheres, negros, jovens, pessoas com deficiência e LGBT. Doria foi abandonado por um grupo de tucanos autodenominados “peesedebistas autênticos” um dia depois da afirmação de Marta Suplicy à Folha de que nunca se colocou como alguém de esquerda. O grupo declarou apoio à candidata, segundo o jornal. Este não é o primeiro movimento de aproximação entre políticos do PSDB e do PMDB. Segundo o blog da UOL Coluna Esplanada, José Serra (PSDB-SP) está cada vez mais próximo do PMDB, e pode disputar as eleições presidenciais de 2018 pelo partido de Michel Temer e Eduardo Cunha.

Na Região Sul, o quadro é semelhante. Apesar do impeachment de Dilma Rousseff e das acusações contra Lula, o PT está em segundo lugar em Porto Alegre: o candidato Raul Pont tem 19% das intenções de voto. Com 22%, o líder nas pesquisas, Sebastião Melo, do PMDB, tem como vice Juliana Brizola, neta do ex-governador do Rio.

Em Curitiba, a insatisfação popular é palpável. 11% dos eleitores vão votar nulo ou branco e outros 11% estão indecisos ou não opinaram. O líder das pesquisas, o candidato do PMDB Rafael Grecca, não está muito à frente desses 22% de descontentes: o candidato tem apenas 28% de possíveis eleitores.

Gean Loureiro, do PMDB, lidera com folga em Florianópolis, com 35%. A curiosidade sobre o candidato é o tamanho de sua coligação. Ela é composta por PSDB, PR, PDT, PTB, DEM, SD, PRB, PSC, PPL, PTN, PRP, PTC, PRTB, além do próprio PMDB.

Nordeste
No Nordeste, a tendência se repete. João Paulo, do PT, está em segundo nas pesquisas no Recife, com 27%.

Em Maceió, o candidato do PSDB, Rui Palmeira, lidera com 35%. Apesar de ser de um partido de direita, o tucano já adotou medidas populistas, quando reduziu o salário de secretários, superintendentes e cargos comissionados, além do próprio pagamento, em 2013.

Em Aracaju, Edvaldo Nogueira do PCdoB lidera com folga, com 28% de intenções de voto. Edivaldo Holanda Júnior, do PDT em coligação com o PT, lidera com 37% em São Luís.

Em Salvador, ACM Neto, do Democratas, lidera com 68% e deve vencer a disputa ainda no primeiro turno. Alice Portugal, do PCdoB, vem em segundo, com apenas 10% das intenções de voto. O PT, que recebeu 67,28% dos votos em Salvador nas eleições presidenciais de 2014, está apoiando Alice. ACM Neto apoiou Dilma Rousseff nas últimas eleições e disse em entrevista ao SBT, ainda em 2015, que nunca apostou suas fichas no impeachment.

Norte e Centro-Oeste
Entre as dez capitais dos estados do Norte e Centro-Oeste, em duas o PT lidera: em Rio Branco, com o candidato Marcus Alexandre tomando a dianteira, com 57% (o candidato do partido de Marina Silva, natural da cidade, tem 1% nas pesquisas), e em Porto Velho, cidade na qual Roberto Sobrinho lidera, com 22%. O PSOL está na frente em Belém e Cuiabá. Edmilson, com 37% e Procurador Mauro, com 30%, respectivamente.

Populismo avança no Brasil
O profundo descrédito por parte dos eleitores com a classe política - que vem se intensificando nos últimos anos com a sequência de escândalos de corrupção - e o desinteresse em relação à política evidenciado pela grande quantidade de votos nulos, brancos, e indecisos nas pesquisas, geram um perigoso vácuo de poder, que pode ser facilmente preenchido por líderes carismáticos e populistas. Em entrevista para a Agência do Senado, o filósofo francês Francis Wolff disparou: “Quando é governado por um tirano, o povo sonha em conquistar o poder. No entanto, ao alcançar a democracia, recusa-se a exercê-lo e abandona a política.” Para o filósofo, esse desinteresse favorece a ascensão de “políticos profissionais”, que, por não serem cobrados, buscariam aprovar ou impor medidas alheias às necessidades reais do povo. Com discursos demagógicos, esses candidatos venderiam a ideia de que todos os governantes são corruptos, menos ele. Segundo Wolff, assim que ditaduras nascem.

O afastamento do jovem da política partidária foi comprovado pela pesquisa Agenda Juventude Brasil de 2013, realizada pela Secretaria Nacional da Juventude com apoio da Unesco Brasil. A pesquisa analisou o perfil e opinião de jovens brasileiros naquele ano sobre vários aspectos, inclusive na política. Foi demonstrado que, apesar de 54% dos entrevistados considerarem a política “muito importante”, 88% deles afirmaram que nunca fariam parte de uma sigla política.

Dessa forma, com influência da mídia, pautas populistas vêm ganhando força no país, como a questão da maioridade penal. Segundo pesquisa do Datafolha de 2015, 87% dos brasileiros querem a redução de 18 para 16 anos, pauta amplamente defendida por programas de TV como o Cidade Alerta, apresentado pelo candidato favorito em São Paulo, Celso Russomanno. De acordo com a coluna Radar Online, da Veja, o candidato do PRB votou a favor da redução, apesar de se dizer contra. “Sou candidato a prefeito de São Paulo e a maioria é a favor. Não posso votar contra”, disse Russomanno.

Chama atenção, por exemplo, a associação de grupos assistencialistas, religiosos, ou até mesmo milicianos com políticos, que trabalham com pautas afastadas das reais necessidades da população, principalmente no Legislativo. Em 2012, a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro tinha pelo menos metade dos 51 vereadores ligados a esses grupos, segundo publicação de O Globo em 2010.

Já as eleições de 2014 possibilitaram a ascensão e subsequente predominância da bancada BBB (Boi, Bala e Bíblia), que configurou um recuo na pluralidade e no debate sobre as problemáticas sociais e democráticas do país. Avanços em discussões ambientais, de minorias, e até o laicismo do estado ficaram ameaçados desde o último pleito. Projetos de lei como a PL 4148/2008, que permitiu a ocultação do símbolo de transgênicos, a PEC 215/2000, de demarcação de terras indígenas, a PL 6583/2013, do estatuto da família e a PEC 99/2011, que daria mais poderes às igrejas, são indícios que comprovam esse retrocesso.

Poder paralelo
Concomitantemente, um poder paralelo vem mostrando sua força e, cada vez mais, infiltra perigosamente seus tentáculos no âmbito do Legislativo e do Executivo. Ligações de vereadores do interior com facções criminosas são cada vez mais freqüentes e perigosas. Na Baixada Fluminense, inclusive, está em curso uma investigação que apura o assassinato de 13 pessoas envolvidas com política, entre novembro de 2015 e agosto de 2016, Como se não bastasse, o poder do crime mostra sua força até mesmo de dentro das cadeias. No Rio Grande do Norte e em Cuiabá, criminosos comandaram recentemente uma onda de violência que durou vários dias e deixou dezenas de ônibus queimados. E o pior, as ordens partiam sem obstáculos de dentro das cadeias.

Diante do descrédito com a política, da ascensão do populismo, da falta de segurança e do acirramento da criminalidade associada ao Legislativo e ao Executivo, o país caminha para um perigoso cenário de falta de perspectivas. E, diante deste quadro, o futuro pode ser ainda mais conflituoso e conturbado.

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TCU contesta decisão de ministro do STF que desbloqueou bens da OAS

Marco Aurélio Mello reverteu decisão do TCU e liberou R$ 2.000.000.000,00 da empresa. Benjamin Zymler, do TCU, defendeu bloqueio, para ressarcir a Petrobras.


Alexandro Martello
Do G1, em Brasília

Ministros do Tribunal de Contas da União contestaram em sessão nesta quarta-feira (21) a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que desbloqueou R$ 2.000.000.000,00 da construtora OAS. O bloqueio havia sido determinado pelo TCU. Antes, Mello já havia determinado o desbloqueio de bens de outra empreiteira, a Odebrecht. Em 17 de agosto, o plenário do TCU aprovou o bloqueio de bens de 8 pessoas e 4 empresas suspeitas de envolvimento em superfaturamento estimado em R$ 2.100.000.000,00 em dois grandes grupos de contratos de obras da refinaria Abreu e Lima, em construção em Pernambuco. O objetivo da medida é ressarcir a Petrobras pelos prejuízos com o superfaturamento. Além da OAS e da Odebrecht, tiveram os bens bloqueados o consórcio Conest e a Odebrecht Plantas Industriais e Participações. A indisponibilidade teria duração de um ano. Relator do processo que levou à indisponibilidade de bens das construturas, o ministro Benjamin Zymler disse que o TCU respeita a decisão do ministro Marco Aurélio, mas observou que ela é monocrática e não tem jurisprudência. Zymler disse ainda que a lei orgânica do TCU permite que se tomem atitudes perante entes que gerem danos graves ao erário.

Direito de defesa
Na ação, a OAS argumentou que o TCU não poderia efetuar o bloqueio sem comprovação de danos e sem garantir direito de defesa por parte da empresa. Além disso, alegou que o bloqueio causaria “sérios prejuízos” à empresa e aos mais de “50.000 empregos gerados pelo grupo”“Poderá haver a quebra da impetrante [OAS], impedindo o pagamento dos credores – inclusive da própria Petrobras, se o seu suposto crédito vier a ser reconhecido”, afirma a ação. Em sua decisão, Marco Aurélio questionou o poder do TCU para bloquear bens de empresas particulares e concordou que a medida coloca em risco a própria sobrevivência da construtora, que está em recuperação judicial. "A manutenção da medida cautelar [bloqueio] pode sujeitar a impetrante à morte civil. A eficácia da tomada de contas especiais nº 000.168/2016-5, bem como de outros processos de controle conduzidos pelo Tribunal de Contas, e o ressarcimento por eventuais prejuízos causados ao erário dependem da permanência da construtora em atividade", escreveu.


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Propostas de mudança nas leis trabalhistas devem ser feitas só em 2017

Propostas de mudança nas leis trabalhistas 
devem ser feitas só em 2017.


"Direito não se revoga, direito se amplia", garante novo ministro do Trabalho.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, informou hoje (21) que o governo só deve enviar a proposta de reforma na legislação trabalhista ao Congresso Nacional no segundo semestre do ano que vem. Segundo o ministro, a prioridade no momento “é resolver a questão do maior déficit fiscal da história do país”. Em sua justificativa, Nogueira argumentou que o governo não quer elaborar o texto de forma apressada, pois, antes de apresentar qualquer sugestão a respeito, pretende debater a matéria com a sociedade, incluindo os trabalhadores e os empresários. “Nem o trabalhador, nem o empregador serão surpreendidos. Todos serão protagonistas.” O ministro reafirmou que não existe intenção de mexer em direitos adquiridos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), tais como férias, 13º salário, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e vales-transporte e refeição, nem com o repouso semanal remunerado. ”Nenhum direito do trabalhador sofre ameaça. Os direitos do trabalhador serão aprimorados.” Nogueira enfatizou que é preciso pensar no Brasil do futuro. Ele ressaltou que, de imediato, há uma preocupação maior, que é a retomada da economia para reduzir o quadro de desempregados, estimado em 12.000.000 de pessoas.

Questionado se haverá tempo hábil para encaminhamento da proposta de mudança ainda no governo Temer, o ministro evitou comentar o assunto, dizendo que é preciso tratar uma questão de cada vez. Nogueira deu as declarações logo após abrir o encontro Modernização das Relações do Trabalho, promovido em parceria entre o jornal Estado de S. Paulo e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em palestra no evento, Ronaldo Nogueira procurou esclarecer que não passou de um mal-entendido a publicação de informações sobre a possibilidade de a jornada de trabalho ser legalizada em 12 horas por dia. “Jamais defendi o aumento para 12 horas. Isso é um verdadeiro disparate”, afirmou o ministro, enfatizando que a orientação do presidente Michel Temer é para preservar os direitos da classe trabalhadora. Segundo Nogueira, a proposta que o governo estuda está centrada em três eixos: segurança jurídica; criação de oportunidades de ocupação com renda e consolidação dos direitos.

Também presente ao evento, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins, também defendeu a necessidade de atualização das leis trabalhistas. Ives Gandra disse que é preciso vencer algumas resistências e preconceitos e que, para isso, “nada melhor do que levantar argumentos e fatos para se chegar a uma convergência”.

Edição: Nádia Franco
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Um em cada 3 brasileiros culpa mulher em casos de estupro, diz Datafolha

42% dos homens acham que mulher que se dá ao respeito não é estuprada. 85% das mulheres do país temem violência sexual, segundo pesquisa.


Will Soares e Cíntia Acayaba
Do G1 São Paulo

Um em cada três brasileiros acredita que, nos casos de estupro, a culpa é da mulher, de acordo com pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e divulgada nesta quarta-feira (21). Segundo o levantamento, entre os homens o pensamento ainda é mais comum: 42% deles dizem que mulheres que se dão ao respeito não são estupradas. A culpabilização da vítima também acontece entre as mulheres, que são as que mais sofrem com o crime: 32% concordam com a afirmação. O levantamento foi realizado pelo instituto Datafolha, que entrevistou, entre os dias 1º e 5 de agosto, 3.625 pessoas de 217 cidades espalhadas por todo o Brasil. A margem de erro máxima estimada é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa apontou que 65% dos brasileiros temem sofrer algum tipo de violência sexual. O temor é muito maior entre as mulheres e é sentido por 85% delas. O medo de ser estuprada também varia conforme a região do Brasil. No Nordeste, por exemplo, o índice de mulheres que receiam ser vítimas do crime chega a 90%. No Sul do país, é de 78%.


O estudo também fez um levantamento com base na idade dos entrevistados. Neste recorte, os brasileiros com 60 anos ou mais aparecem como os que mais tendem a culpar as vítimas. Enquanto 44% dos idosos alegam que mulher com roupa curta não pode reclamar de estupro, a quantidade de pessoas entre 16 e 34 anos que concordam com o pensamento é de 23%. O nível educacional é outro fator que, de acordo com a pesquisa, influencia em um posicionamento sobre o assunto. Quase metade (47%) dos brasileiros que cursaram apenas o ensino fundamental colocam as vítimas como responsáveis pela violência sexual. Entre os entrevistados com ensino superior, o número não chega a 20%.

Para a maioria da população, as leis nacionais protegem os estupradores, ainda segundo o estudo. A atuação das polícias também é questionada por grande parte dos brasileiros: 51% afirmaram não acreditar que a Polícia Militar (PM) esteja preparada para atender mulheres vítimas de violência sexual e 42% pensam o mesmo da Polícia Civil. Em agosto, o G1 reuniu reportagens publicadas de 2006 até julho de 2016, período de vigência da Lei Maria da Penha, 4.060 textos, que reúnem histórias de mulheres agredidas, estupradas e mortas por maridos, companheiros, namorados ou ex-parceiros.

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Aumenta procura por aposentadoria

Incerteza com reforma da Previdência faz crescer 
quantidade pedidos de benefícios nos postos do INSS.


MARTHA IMENES

Rio - Ambiente de incerteza provocado pela intenção do governo Temer em promover a reforma da Previdência leva cada vez mais segurados a procurarem postos do INSS para requerer aposentadoria. O aumento do número de pedidos passa de 20% somente nos oito primeiros meses do ano, ante igual período do ano passado. No primeiro semestre, conforme O DIA antecipou, a quantidade de solicitações de benefício, somente no Município do Rio, subiu de 15.019 para 19.326, alta de 28,67%. Especialista em Direito Previdenciário, Murilo Aith, avalia que se o trabalhador já estiver perto de atingir as condições necessárias para aposentar por tempo de contribuição, por exemplo, sendo 30 anos de recolhimento para mulheres e 35 anos para homens, ou se enquadram na Fórmula 85/95 — que soma tempo de contribuição com idade — devem antecipar o pedido. “Quem tiver direito deve entrar com o pedido de concessão antes que as regras mudem”, orienta Aith, que ressalta a importância de o segurado procurar especialista antes de se dirigir ao posto para que não tenha perda com a aplicação do fator previdenciário. “O ideal é que o segurado tenha atingido os pontos da nova regra de cálculo para que possa aposentar integralmente”, explica.

Reunião com centrais
Muitas são as informações sobre as possíveis mudanças nas regras do sistema previdenciário, entre elas a criação de um sistema de capitalização, em que aposentados poderiam contribuir e ter seu benefício aumentado, adoção de idade mínima (65 anos) para homens e mulheres, entre outras. Na próxima quinta-feira o presidente Michel Temer se reunirá com representantes dos trabalhadores para apresentar e discutir mudanças nas regras da aposentadoria que serão enviadas ao Congresso. Temer quer encaminhar as propostas até o fim do mês ao Plenário da Casa, o que não é garantia aprovação imediata. Segundo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a votação da reforma deve entrar em pauta apenas no primeiro semestre do ano que vem. Ontem, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que, se a reforma da Previdência for aprovada no período que sugeriu Maia será algo de “velocidade impressionante”“Este é um processo gradual. Esperamos que a PEC do teto de gastos seja aprovada este ano. E a Previdência será um assunto para o primeiro semestre de 2017”, afirmou o ministro.

A aprovação da reforma não deve encontrar muita resistência entre os parlamentares, segundo Leonardo Rolim, da Consultoria de Orçamentos e Fiscalização Financeira da da Câmara dos Deputados (Conof/CD), que elaborou relatório para o governo com as mudanças na Previdência. “Todos têm consciência de que a Previdência precisa de reforma senão em, no máximo, dez anos, não haverá recurso para pagar as aposentadorias”, avalia.

Requerimento
- Comprovantes
Juntar carteiras de trabalho, carnês ou guias de recolhimento, certidão de serviço militar, para homens, e pedir ao INSS o extrato com as contribuições previdenciárias (CNIS).

- Tempo
No site da Previdência (www.mtps.gov.br) é possível calcular o tempo de contribuição. Na página há um simulador. A contribuição mínima para a aposentadoria por idade é de 15 anos. Por tempo de contribuição, é preciso ter 30 anos de serviço (mulheres) e 35 anos (homens).

- Documentos
Alcançando a idade mínima ou o tempo de contribuição, juntar documentos pessoais, como identidade, CPF, certidão de nascimento ou casamento e comprovante de residência.

- Atendimento
É possível agendar pela central 135 ou pelo site www.mtps.gov.br.

- Por procuração
Caso o segurado não possa comparecer ao posto, ele pode nomear um procurador para dar entrada na documentação.

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Secretaria acusa Cedae pelos alagamentos no Centro e na Zona Sul

Vistorias constataram que as enchentes foram provocadas 
por problemas operacionais da concessionária.


Secretaria acusa Cedae pelos alagamentos no Centro e Zona Sul.
AGÊNCIA BRASIL

Rio - A Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos do Rio acusou a Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) pelos transtornos provocados durante o dia com os alagamentos em ruas do Catete, Lapa e Passeio Público, após o temporal que atingiu a cidade no final da noite de segunda-feira e início da madrugada desta terça-feira. De acordo com a secretaria, foram realizadas vistorias na manhã de terça-feira em ruas dos bairros do Catete e no entorno do Passeio Público e ficou constatado que os alagamentos foram provocados por problemas operacionais da concessionária de água e esgoto Cedae. “Duas comportas operadas pela empresa situadas na altura da Rua do Russel, na Glória, e na Marina da Glória não operaram em sua plenitude, o que dificultou o escoamento das galerias de águas pluviais”, disse em nota o órgão de conservação da prefeitura do Rio. Pela manhã, equipes da concessionária de água e esgoto e da Secretaria de Conservação foram para as ruas com a finalidade de minimizar os impactos provocados com o alagamento na região. No comunicado, a secretaria informou que, logo após o ajuste de funcionamento das duas comportas, o alagamento das ruas começou a reduzir.

A Cedae realiza obras nas regiões afetadas pelo alagamento. “A prefeitura do Rio também cobrará protocolos de abertura das comportas aos técnicos da Cedae”. O plano de contingência da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) e da Secretaria de Conservação foi acionado e funcionários realizaram serviços de limpeza após eliminação de todos os pontos de alagamento. A Secretaria de Conservação informou ainda que “realizou o serviço de limpeza de galerias da mesma que em outros anos. Cerca de 2 mil quilômetros foram revisados e passaram por limpeza”, acrescentou a nota.

Protocolo
A Rua Teixeira de Freitas, na Lapa, foi a mais prejudicada. A interdição por causa do alagamento durou quase todo o dia. As Pedro Américo e o Largo do Machado, no Catete, foram liberadas logo após a reabertura das comportas. O Ciep Presidente Tancredo Neves, na Glória, ficou fechado durante o dia, devido ao alagamento, já que impossibilitava as crianças de entrar na escola. Em nota, a Cedae respondeu que vai ter de revisar o protocolo de acionamento do sistema das comportas que atendem à região. Conforme o documento, as comportas do sistema da companhia que operam na região são dotadas de vertedouros, que, a princípio, realizam o escoamento da água da chuva. “Entretanto, foi necessário operar essas comportas de forma a acelerar o escoamento, o que demonstrou uma necessidade de revisão e aprimoramento do protocolo dos sistemas. A Cedae já providenciou essas ações, para evitar que fato semelhante volte a ocorrer”, concluiu o comunicado da companhia.

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Desemprego afeta mais os idosos, diz Ipea

Em termos de pontos percentuais, a taxa de variação do
desemprego mostrou alta de 0,37 ponto, no caso dos jovens, e 1,46 ponto para os mais velhos.


O DIA

Rio - A Carta de Conjuntura 32, divulgada na terça-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revela aceleração do desemprego no país. Comparando o segundo trimestre deste ano com o último trimestre de 2014, que foi o último período antes da piora registrada no mercado de trabalho, verifica-se que as perdas acumuladas na taxa de desemprego, em termos de pontos percentuais, são piores entre os jovens do que na faixa etária acima de 59 anos de idade. No entanto, segundo o coordenador da publicação do Ipea, José Ronaldo Souza Jr., a maior variação da taxa de desemprego foi entre os maiores de 59 anos, equivalente a 132% no período compreendido entre o último trimestre de 2014 e o segundo trimestre de 2016, enquanto entre os jovens, a perda alcançou 75,3%. O mesmo ocorre na comparação entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano. “A maior piora é no grupo dos idosos, tanto em termos de taxa de variação, como em termos de pontos percentuais”, disse o coordenador.

Em termos de pontos percentuais, a taxa de variação do desemprego mostrou alta de 0,37 ponto, no caso dos jovens, e 1,46 ponto para os mais velhos. O índice de desemprego “mais do que dobrou, no caso dos mais velhos, e dos mais jovens não, mas a taxa dos mais jovens já era muito mais alta”, avaliou Souza Jr. A Carta do Ipea aponta que a alta foi provocada, principalmente, pela redução da população ocupada. 

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