quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Melancolia e promessas de luta nos atos de Dilma antes do julgamento

Presidenta reforça suas posições e defende 
sua presença no Senado na segunda-feira.


Dilma diante de sua foto durante depoimento na ditadura.
ANDRÉ DE OLIVEIRA
AFONSO BENITES
São Paulo / Brasilia

No alto do palanque, sentada entre a filósofa Marilena Chauí e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), Dilma Rousseff aparentava calma e tranquilidade. Levantava a todo instante para receber presentes vindos da plateia: cartas, livros, camisetas, um origami. Quando gritavam seu nome, ou alguém chamava sua atenção, retribuía com sorrisos, acenos e as mãos unidas em forma de coração.

A poucos dias do desfecho definitivo do processo de impeachment, a presidenta afastada subiria pouco depois ao palco, num auditório na capital paulista, para reafirmar que é honesta, que não há uma acusação contra ela e que ela irá ao Senado apresentar sua defesa. “Não porque eu acredite nos meus olhos bonitos, mas pela democracia”, disse sorrindo. A frase resume um pouco o tom geral do “Ato contra o golpe, em defesa da democracia e dos direitos sociais”, organizado pelos movimentos suprapartidários de esquerda Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, na terça (23), à noite. Apesar de lotado pela militância e de uma atmosfera de otimismo, praticamente todas as falas, incluindo a de Dilma, pareciam apontar mais para reafirmação de que é vítima golpe e para questões futuras – como a possibilidade de cortes expressivos em gastos sociais – do que para a reversão de sua saída do poder que, para a maior parte dos analistas e políticos, já está praticamente consumada.

Desde que foi afastada da presidência, em 12 de maio, Dilma participou de cerca de uma dezena de mobilizações em diferentes cidades brasileiras. As viagens, batizadas de “Jornada pela Democracia”, foram possibilitadas graças a uma vaquinha virtual que arrecadou cerca de R$ 800.000,00 em um curtíssimo espaço de tempo. A facilidade com que o dinheiro foi levantado, contudo, nunca se reverteu em uma força capaz de inflamar as ruas em defesa do mandato da presidenta afastada. Os meses passaram, os Jogos Olímpicos passaram, a hora decisiva sobre o impeachment chegou e a temperatura das mobilizações é visivelmente mais fria hoje do que foi em outros momentos da crise política em que o país mergulhou desde fevereiro de 2015. Na quarta, véspera do início da maratona do Senado que durou ao menos até a madrugada de terça, a presidenta afastada foi a mais um evento, no Sindicato dos Bancários, em Brasília. Chegou escudada por ex-ministros que permaneceram no seu entorno, como Jaques Wagner (PT-BA) e Miguel Rossetto (PT-RS) e discursou diante de sua emblemática foto sendo interrogada por militares, aos 22 anos, subjugada à Justiça de exceção da ditadura. "Se considerarmos a democracia uma árvore, um golpe militar é como um machado, que destrói os galhos da árvore, o Governo e um regime inteiramente. (...) Se as instituições democráticas estão de pé, o que é isso que está acontecendo? É um golpe em que o ataque à árvore é feito por parasitas que tomam conta de diferentes instituições."

"A Dilma perdeu o timing. O período imediatamente posterior à votação na Câmara, por exemplo, foi favorável a ela. Depois houve o momento em que o Governo interino cometeu erros, como o fechamento do Ministério da Cultura, e também houve as declarações de Sergio Machado que corroboravam a tese do golpe. Mas ela não soube agregar as forças necessárias para reverter isso em um movimento em favor dela”, comenta o cientista político da UFMG, Leonardo Avritzer. Para ele, o erro é só mais um sinal do caráter pouco agregador da presidenta afastada. A recente proposta de um plebiscito para tratar de novas eleições, a uma semana do impeachment, por exemplo, seria o exemplo mais claro disso.

“Houve um momento em que a Folha de S. Paulo, por exemplo, defendeu isso em editorial. Em que a sociedade estava debatendo essa possibilidade, mas o que a Dilma fez foi pegar a proposta, colocá-la em discussão em um grupo político muito restrito e deixar para decidir mais tarde. Já era muito tarde”, comenta Avritzer. Outro problema era a falta de consenso em torno da proposta entre seus apoiadores e movimentos sociais. Na terça, o próprio PT, mais preocupado em sua sobrevivência nas municipais em meio à Lava Jato do que no destino imediato de Dilma, fechou posição sobre a proposta: não endossá-la. Em entrevista coletiva, Rui Falcão, presidente do partido, desconversou dizendo que “a questão está posta por ela”, sem comentar muito além disso.

Para o cientista político Rudá Ricci, que concorda com a avaliação, a atuação da presidenta afastada nos últimos meses tem sido mais de preservação de biografia do que voltada para uma estratégia concreta de tentar voltar ao poder. “Política é versão, não fato. E se o fato é que as mobilizações aconteceram, não houve versão. O PT, por exemplo, pouco divulgou e propagou os atos”, comenta. Segundo ele, o apoio do partido a ela tem sido apenas protocolar.

“A estratégia nesse momento, parece ser a de deixar o Temer se desgastar sozinho com medidas impopulares e de tentar se reorganizar para fazer oposição em 2017, preparando-se para 2018”, diz Ricci. A defesa de seu mandato seria hoje – tanto por parte do PT quanto por parte de movimentos sociais – mais uma forma de atacar Michel Temer e seu projeto de país do que qualquer outra coisa. No ato em São Paulo e em Brasília, Dilma defendia sua inocência com altivez, embora no campo político termine seus últimos dias na capital do país sem forças para qualquer movimento próprio a não ser, pela segunda vez, gravar para a história sua imagem num banco dos réus que considera injusto.

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Justiça Eleitoral autoriza liberação de verba pública do Rio à Paralimpíada

Prefeito Eduardo Paes havia anunciado o 
repasse de R$ 150.000.000,00 para os Jogos.


AGÊNCIA BRASIL

Rio - A Justiça Eleitoral do Rio autorizou o prefeito Eduardo Paes a repassar verbas para realização da Paralimpíada. A decisão do desembargador Herbert de Souza Cohn, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), cassou a liminar que havia sido expedida pelo juiz coordenador de Fiscalização de Propaganda Eleitoral, Marcello Rubioli, impedindo a prefeitura de destinar recursos públicos em ano eleitoral. A decisão do desembargador foi tomada na terça-feira e publicada no Diário da Justiça na quarta-feira, acolhendo mandado de segurança impetrado pela prefeitura do Rio. O prefeito Eduardo Paes havia anunciado o repasse de R$ 150.000.000,00 para os Jogos Paralímpicos.

“Conforme demonstra o município do Rio de Janeiro, o compromisso foi firmado pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralimpicos Rio 2016 em momento pretérito, qual seja, o ano de 2009. Considero demonstrados os requisitos necessários à concessão da medida liminar. No caso, o periculum in mora [perigo da demora] relaciona-se ao momento de realização do evento que se aproxima, período entre 07 e 18/09/2016, cujas relações contratuais foram devidamente estabelecidas no passado”, afirmou o magistrado em sua decisão.

* Na liminar proibindo o aporte de verbas no evento, o juiz Rubioli informou que a legislação eleitoral proíbe, em ano de eleições, que a prefeitura faça doação de recursos públicos, sob qualquer pretexto.

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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Idosa morre após ser atacada por pitbull

Ataque aconteceu em Belo Horizonte. Segundo parentes da 
vítima, cão foi criado pela família desde filhote e era 'dócil'.


Um dos filhos contou que o cão foi criado pela 
família desde filhote e era um animal dócil.
O DIA

Belo Horizonte - Uma idosa de 88 anos morreu, na noite de terça-feira, após ser atacada por um cachorro da raça pitbull, em um bairro de Belo Horizonte, na capital mineira. A mulher foi mordida na cabeça, braços e tórax. Um dos filhos da vítima, um homem de 66, foi quem encontrou o corpo perto do canil. Ele havia saído de casa por duas horas, durante a tarde, deixando a mãe sozinha.

Vizinhos chegaram a ouvir gritos, mas não souberam dizer de onde eles partiram. O filho da mulher afirmou que o animal, de cinco anos, até então, era um animal dócil e que foi criado pela família desde filhote.

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Não há motivos para tirar Dilma do cargo, diz presidente do Itaú Unibanco


DAVID FRIEDLANDER
DE SÃO PAULO

Uma das vozes mais influentes do empresariado brasileiro, o banqueiro Roberto Setubal faz uma defesa contundente da permanência da presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Impeachment por corrupção, "pelo que vi até agora, não tem cabimento", afirma o presidente do Itaú Unibanco. "Pelo contrário, o que a gente vê é que Dilma permitiu uma investigação total sobre o tema." Outro argumento usado pela oposição, as manobras para melhorar as contas do governo (pedaladas fiscais), podem "merecer punição", mas não são "motivo para tirar a presidente", segundo o banqueiro. Maior banco privado do país, o Itaú foi fortemente hostilizado pelo PT na campanha presidencial de 2014.

Na visão de Setubal, tirar a presidente do poder agora "criaria uma instabilidade ruim para nossa democracia". Na semana passada, entidades do setor econômico fizeram manifestações públicas pela estabilidade do país.

A seguir, trechos da entrevista à Folha na sexta (21).

Folha - A presidente Dilma está sofrendo ameaça de um processo de impeachment, pressão por sua renúncia e manifestações de rua contra seu governo. O sr. vê motivos para tirá-la do Planalto?
Roberto Setubal - Nada do que vi ou ouvi até agora me faz achar que há condições para um impeachment. Por corrupção, até aqui, não tem cabimento. Não há nenhum sinal de envolvimento dela com esquemas de corrupção. Pelo contrário, o que a gente vê é que Dilma permitiu uma investigação total sobre o tema [corrupção na Petrobras]. Era difícil imaginar no Brasil uma investigação com tanta independência. A Dilma tem crédito nisso.

E as pedaladas fiscais?
Isso é grave e pode merecer algum tipo de punição. Mas não me parece ser motivo para tirar a presidente. Até porque presidentes anteriores a ela passaram por situações semelhantes. Seria um artificialismo querer tirar a presidente neste momento. Criaria uma instabilidade ruim para nossa democracia.

Empresários dizem que, se o vice Michel Temer entrasse no lugar de Dilma, o país teria mais chance de sair da crise...
Não se pode tirar um presidente do cargo porque ele momentaneamente está impopular. É preciso respeitar as regras do jogo, precisa respeitar a Constituição. Eu sou a favor da Constituição.

Como avalia o comportamento da oposição nessa crise?
Não vou falar especificamente da oposição. Mas o que está faltando é discutir o país. Há uma grande discussão sobre poder e pouca discussão sobre o país. Precisamos debater quais as reformas necessárias para que o país possa se recuperar. Só estou vendo muita discussão de poder pelo poder.

Os empresários saudaram Joaquim Levy [Fazenda] como ideal para tirar o país da crise econômica. Por que ele não está dando certo?
Ele está fazendo as coisas certas, mas os efeitos positivos ainda não vieram. Vai muito além da capacidade de um ministro, sozinho, resolver os problemas do país. Ele precisa de apoio político tanto da presidente como do Congresso.

O governo usou bancos públicos novamente para salvar a economia, política já criticada por Levy. Não é um sinal de que o ministro está fraco?
Não vejo isso como uma direção do governo –se ficar nisso, claro. Acho uma medida pontual, sem muito impacto na economia.

A Agenda Brasil, apresentada como um pacote de reformas para empurrar o país para a frente, tem mais de 40 medidas. É para ser levada a sério?
Nessas medidas há passos necessários que precisamos dar, como a reoneração da folha de pagamentos [aumento de tributos para alguns setores]. Mas são medidas menores para ir levando o país e sair um pouco dessa crise. Para que o país volte a crescer a um ritmo mais elevado, precisamos de reformas mais amplas. Mas isso não foi tratado na campanha presidencial do ano passado e também não é isso o que o Congresso está discutindo hoje.

Quais são essas reformas?
A reforma política é muito importante. O país tem mais de 30 partidos, isso não funciona. Não vejo nenhuma razão para ter mais do que seis, oito, no máximo dez agremiações. Dá para acomodar perfeitamente todas as linhas ideológicas neles. A necessidade dos governos de ter maioria no Congresso obriga a alianças muito amplas e negociações que nem sempre são boas para o país. Esse tipo de concertação é uma das razões para a situação em que estamos. O governo acaba fazendo tantas concessões para satisfazer tantos partidos que desfigura os projetos, leva a ineficiências, a decisões erradas e interesses muito pequenos.

Onde mais o sr. mexeria?
A reforma trabalhista. O Brasil é um dos países com mais ações trabalhistas no mundo. No Japão há 7.000 ações trabalhistas. Nos Estados Unidos, não chegam a 70.000. No Brasil, temos alguns milhões. Criou-se uma indústria de ação trabalhista no Brasil, que é um negócio que precisa ser repensado.

Não seria por que aqui muitas empresas não respeitam os direitos de seus trabalhadores?
Isso tudo é muito em razão de uma legislação que nenhuma empresa consegue cumprir. O Itaú tem enorme dedicação a isso, somos superlegalistas, mas simplesmente é impossível cumprir todos os detalhes. Para mim, o primeiro passo seria permitir que os sindicatos negociassem diretamente com as empresas contornos sobre a legislação trabalhistas. Não é mudar a lei, mas permitir que setores diferentes negociem em função das suas características, das suas peculiaridades, permitir negociação setor a setor.

Tem mais?
Tem muita coisa. É essencial criar uma agenda para melhorar a produtividade, e, para isso, é inevitável passar por um processo de maior abertura econômica. Agora, uma coisa que está começando a mudar no Brasil, e é superimportante, é a questão da impunidade. A lei antes parecia não ser igual para todos. Agora estamos avançando nisso.

O sr. identifica a Operação Lava Jato como um passo nessa direção?
Sim. A Lava Jato só foi viável por causa de três leis bastante recentes, nas quais se baseia toda a investigação: a lei da delação premiada, que foi aperfeiçoada, já no período Dilma; a lei anticorrupção; a lei de lavagem de dinheiro. Essas três leis tornaram possível a investigação e a caracterização dos crimes de corrupção que estamos vendo aqui. Com a estrutura legal de cinco ou dez anos atrás –a época do mensalão, por exemplo–, não seria possível um enquadramento tão adequado quanto estamos conseguindo hoje. Vejo uma evolução nesse campo.

Voltando a nossa crise do momento, o sr. acha que a situação vai piorar?
A saída da crise será longa, nosso período de recuperação será lento. Estamos vivendo aquele momento mais difícil em que as medidas duras foram tomadas e a gente ainda não tem nenhum benefício delas.

Os economistas do próprio Itaú estimam queda de 1% do PIB no ano que vem. Quando o sr. acha que o país sai da recessão?
A situação econômica é difícil, mas eu também olho para a frente e vejo algumas coisas melhorando. A balança de pagamentos começou a reagir e as exportações estão crescendo. Acho que o setor externo vai puxar a recuperação e pode haver alguma surpresa nessa área. Ainda não tenho certeza de que o ano que vem terá PIB negativo.

A recessão vai jogar a taxa Selic para baixo daqui a pouco? Ou os juros ainda vão continuar altos por muito tempo?
O Banco Central está fazendo uma política monetária restritiva, que a meu ver era necessária. Difícil dizer qual o momento correto de reduzir os juros, mas acho que não é agora.

A inflação ainda está em níveis elevados.

Por que o Itaú não fez oferta pelo HSBC? Para muitos analistas, vocês tentariam comprar o banco para não deixá-lo cair nas mãos do Bradesco.

A gente fez um lance, mas não foi agressivo.

Nossa estratégia é investir em tecnologia como caminho para o futuro. Estamos investindo mais em agências digitais, em serviços digitais para os clientes, via aparelho celular e internet, e menos na rede de agências.

Já servimos assim mais de 1 milhão de clientes e queremos aumentar esse número rapidamente. O plano é crescer mais por meio de tecnologia do que por abertura de agências.

Ainda há bancos para comprar aqui?
No Brasil, a última grande instituição para ser comprada foi o HSBC. No exterior continuamos com nossa agenda de expansão na América Latina. Já estamos no Chile, na Colômbia, na Argentina, no Paraguai e no Uruguai. Queremos ter banco de varejo também no México e no Peru.

A procura de empresas interessadas em vender seus ativos para enfrentar a crise aumentou?
Neste momento, quem estiver disposto a adquirir ativos maiores tem oportunidades bastante interessantes.

Mas quem são os possíveis compradores?
Investidores estrangeiros, por exemplo. O ajuste do câmbio aumenta o interesse deles. É evidente que o Brasil tem riscos elevados no momento, mas tem coisas bastante atrativas que podem ser adquiridas.

O que os estrangeiros dizem sobre o Brasil?
Evidente que há incerteza em relação ao cenário atual, tanto político quanto econômico. Mas eles também reconhecem que o câmbio está interessante para investir no Brasil e sabem que há retornos elevados em ativos que estão à venda. À medida que a economia comece a dar sinais de recuperação e o cenário político se estabilize, as coisas tendem a melhorar.

Seu pai foi prefeito de São Paulo e ministro do governo Sarney. E sua irmã, Neca, foi uma das principais coordenadoras da campanha de Marina Silva à Presidência no ano passado. Como é a sua relação com a política?
Distante. Adoro meu país e acredito muito nele, mas acho que minha contribuição é do lado do setor privado. Acho que, de certa forma, contribuo, administrando o banco. E não me vejo envolvido na política.

Sua irmã foi muito hostilizada pelo PT e pela campanha de Dilma na última eleição. Isso chegou a afetar o banco?
Nada. Fizemos até pesquisa com clientes para ver se aquilo estaria tendo alguma influência. Zero. E minha irmã foi muito cuidadosa, sempre evitou fazer qualquer ligação com o banco. A imprensa e os políticos é que faziam mais. Neca acredita nas coisas dela de forma legítima. Ela milita na área de educação desde sempre. Faz um trabalho belíssimo, reconhecido. Enfim, acho que ela ainda tem a intenção de contribuir para o país no setor em que atua. Infelizmente foi mal compreendida.

RAIO-X ROBERTO SETUBAL

IDADE
60 anos

FORMAÇÃO
formado em engenharia de produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; tem mestrado em Science Engineering pela Universidade de Stanford

CARREIRA
diretor-presidente do Itaú Unibanco desde novembro de 1995; presidente do comitê consultivo da Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos) desde 2008 e copresidente do Fórum Econômico Mundial 2015

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NITERÓI GANHA NOVO COMPLEXO DE CINEMAS


Depois de anos parado, o Centro Petrobras de Cinema vai se tornar realidade em Niterói-RJ. A empresa Reserva Cultural, dos empresários Jean Thomas Bernardini e Laure Bacqué, consolidada há 10 anos no mercado de São Paulo e especializada em cinema latino-americano, europeu e produções independentes, vai inaugurar o esperado Reserva Cultural Niterói, no Centro Petrobras de Cinema, no próximo dia 24 de agosto, às 20:30hs. Na ocasião, haverá a exibição do filme “Aquarius”, com a presença do diretor Kleber Mendonça, da produtora Emilie Lesclaux, das atrizes Sônia Braga, Maeve Jinkings e elenco. Para o Prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, a inauguração do complexo cultural é uma demanda antiga da cidade. “Esse projeto é esperado pela população há anos. Agora assinamos com um grupo extremamente bem-sucedido e teremos um equipamento cultural de muita qualidade, tendo em vista a experiência do Reserva Cultural”, diz Neves.

O Reserva Cultural Niterói vai ocupar parte do Centro Petrobras de Cinema, que integra o Caminho Niemeyer. O espaço conta com cinco salas de cinema, lojas (somando cerca de 600 m2), estacionamento de 1800 m2, além dos espaços livres que vão contemplar mesas para café na parte superior e mesas para restaurante e bar no piso inferior. O investimento para a reforma e adequação do prédio foi de aproximativamente R$ 12.000.000,00. O prédio, considerado uma “obra-prima”, é o primeiro complexo cinematográfico assinado pelo gênio da arquitetura Oscar Niemeyer e se adequa perfeitamente à filosofia de "Miniplex" do Reserva Cultural.


O presidente da Fundação de Arte de Niterói, André Diniz, lembra que este é mais um importante projeto que a prefeitura tira do papel. "Este espaço, que estava há anos parado, agora se torna um lugar único, um conjunto arquitetônico fabuloso, obra de Niemeyer, que reúne salas de cinema, gastronomia, literatura, lazer, galeria de arte etc. O Reserva Cultural Niterói será referência para o cinema brasileiro e fundamental não só para Niterói, mas para o país", ressalta Diniz.

Localizado numa área privilegiada, o Reserva Cultural Niterói está próximo ao terminal de barcas Rio-Niterói (travessia de 15min), do terminal de ônibus da cidade, e ao lado da Universidade Federal Fluminense (UFF), está perto também do maior shopping da cidade e de Icaraí, bairro que possui o melhor IDH do Estado do Rio de Janeiro, segundo o jornal O Globo.

O complexo, seguindo a filosofia da Matriz paulista, contará com outras atrações nos espaços planejados por Oscar Niemayer, como a prestigiosa Livraria Blooks, a novidade Bizu Bizu, que oferecerá um misto de hamburgueria, comidinhas francesa e sucos naturais, além do Bistrô Reserva, que apresenta o melhor da cozinha mediterrânea, já conhecido e admirado pelos frequentadores paulistas e turistas, que incluem a Reserva Cultural em sua programação quando visitam a cidade de São Paulo. Outros espaços ainda estão sendo negociados.


O Reserva Cultural - Elegante e aconchegante, o Reserva Cultural está em atividade há mais de dez anos. Localizado no coração da Avenida Paulista, o ambiente é referência de qualidade em vários seguimentos. O espaço paulista conta com quatro salas de cinema voltadas a exibição de filmes de arte, possui também uma livraria, um restaurante e um café/boulangerie, ambos oferecendo o que há de melhor na gastronomia nacional e estrangeira.

O Reserva Cultural beneficia-se de um amplo catálogo de filmes trazidos da distribuidora Imovision, dirigida pelo sócio do Reserva Cultural Jean Thomas Bernardini, prestigiada no mercado cinematográfico há 27 anos, lançando no Brasil títulos vencedores dos mais consagrados Festivais de cinema do mundo, como Cannes, Berlim, Veneza, Toronto, e muitos ouros. O Reserva Cultural Niterói fica na Av. Visconde do Rio Branco, nº 880, São Domingos, Niterói-RJ

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Com inflação em 46% e reajustes de até 2.000%, Argentina mergulha no caos social

Tensão chegou ao ponto de o presidente 
argentino receber pedradas de manifestantes.


Buenos Aires passou a conviver com protestos quase diários 
por conta das medidas econômicas do governo Macri.
Do R7*

Em menos de nove meses do governo de Mauricio Macri, a Argentina foi jogada no caos social. O novo presidente dificultou o acesso aos programas sociais e retirou grande parte dos subsídios para os setores públicos instituídos pelos governos anteriores. Tal decisão fez com que as tarifas de gás, luz e água fossem reajustadas de 300% a 2.000%. O “tarifaço”, como ficaram conhecidos os cortes, fizeram disparar a inflação do país, que atingiu a impressionante marca de 46% ao ano, de acordo com agências de análise independentes, a mais alta dos últimos 14 anos. O aperto na economia provocou pelo menos 200 mil demissões de trabalhadores no primeiro semestre de 2016, conforme denunciado pelos sindicatos do país. As medidas impopulares de Macri fizeram ainda com que 1,4 milhão de argentinos entrassem na pobreza no primeiro trimestre deste ano, segundo um estudo da Universidade Católica Argentina. Com as tensões sociais aumentando, a capital do país, Buenos Aires, passou a conviver com protestos quase diários que contribuem para congestionar o já caótico trânsito da metrópole.

Morador da cidade, Julio Benitez conta foi afetado diretamente pela troca de poder, “assim como todos os argentinos”. O técnico de telecomunicações relata ter perdido seu trabalho assim que Macri assumiu o governo, e está desempregado desde então. — Esse governo somente tem beneficiado as grandes corporações. Inclusive, as pequenas e médias empresas tem fechado na Argentina. Todas as medidas que o Macri tomou foram favoráveis apenas aos grupos empresariais internacionais. A revolta popular atingiu níveis perigosos no dia 12 agosto. Durante um evento com a governadora da província de Mar del Plata, María Eugenia Vidal, o presidente argentino foi xingado e recebeu pedradas de manifestantes que gritavam o refrão “Macri, lixo, você é a ditadura”. Depois do incidente, o chefe de estado passou a se deslocar em uma van blindada.


Moradores de rua dormem em uma calçada de Buenos Aires.

Enquanto isso, os poderosos sindicatos argentinos — famosos por serem uma pedra no sapato de governos não-peronistas — prometem intensificar a resistência nas ruas. Na segunda-feira (22), as três principais correntes da CGT (Confederación General del Trabajo) se uniram para divulgar um documento intitulado “De Mal a Pior”, que deu o tom da oposição do grupo ao governo Macri. Apesar de uma greve geral ainda não estar nos planos dos sindicalistas, esse cenário pode mudar rapidamente.

Repercussão
Moradora da cidade argentina de Porto Iguaçu a designer de moda Sofia Arecco, de 22 anos, relata que o comércio local sofre as consequências da crise econômica. Localizada próxima da fronteira com Foz do Iguaçu, o município costumava receber centenas de brasileiros, que “eram os principais consumidores” dos restaurantes e mercados da região. No entanto, com a desvalorização da moeda, Sofia diz que o fluxo se inverteu. — Agora é a gente que vai comprar no Brasil, porque é mais em conta para a gente. Em Foz do Iguaçu, o quilo do tomate custa R$ 4,00 enquanto aqui é quase R$ 10,00. Isso gera também uma crise local, porquê os mercados não estão mais vendendo nem para nós.



Mauricio Macri assumiu o poder em dezembro de 2015.

Menos de 1 mês após assumir, presidente da Argentina intervém em órgãos de comunicação.
De acordo com a consultora Scentia, o consumo na Argentina caiu 6,4% em junho, em comparação com o mês anterior, enquanto o gasto médio por compra caiu 26,3%. Já os aumentos repentinos da eletricidade e do gás foram suspensos pela justiça argentina, o que deverá aliviar a população do país no curto prazo. No entanto, nos meses anteriores, o estrago já foi feito. — Tenho uma amiga que mora no estado de Entre Ríos e pagava 100 pesos de luz. No mês passado, a conta dela veio de 1000 pesos.

* Por Luis Felipe Segura
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Governo federal descarta aumento de impostos até 2017


Eliseu Padilha disse que cortes de gastos serão 
necessários e deverão atingir os diversos segmentos.
Agência Brasil

Atendendo a determinação do presidente interino Michel Temer, a área econômica do governo já decidiu que não haverá aumento de impostos até 2017. A afirmação foi feita terça-feira (23) no Rio de Janeiro pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, ao garantir que, em consequência, é inegociável a decisão, já tomada pelo governo, de atrelar os gastos do ano seguinte apenas à variação da inflação. Eliseu Padilha disse que, com isso, cortes de gastos serão necessários e deverão atingir os diversos segmentos da economia.

O ministro deu as informações em entrevista, no Rio Media Center, para apresentar, ao lado do prefeito Eduardo Paes, o balanço final dos Jogos Olímpicos de 2016.

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Pista de ciclovia no Parque Olímpico se 'despedaça' por causa da ventania

Imagens foram registradas no domingo, 
último dia dos Jogos Olímpicos.


O DIA

Rio - A forte ventania que atingiu a cidade no último domingo também causou estragos no Parque Olímpico, na Zona Oeste. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra a tinta da pista da ciclovia se "despedaçando" por causa do vento, no último dia da Olimpíada. Após assistirem às imagens, os internautas ficaram indignados e reclamaram por meio da web. "Lastimável! Ainda bem que não caiu nenhum estádio", disse um deles. "Legado sendo levado pelo vento", ironizou outro.



Procurada pelo DIA, a Secretaria Municipal de Obras limitou-se a dizer que não há relação com o vento. "A provável causa foi a aplicação da tinta em estrutura excessivamente úmida, já que tivemos dias chuvosos. Ressaltamos que os ajustes serão realizados pela garantia da obra, sem custo extra para o município".

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Prata na maratona, etíope Lilesa fica no Rio e quer ir para os EUA

Atleta decidiu não retornar ao país por temer pela sua segurança.


Da etnia Oromo, Lilesa protesta contra 
o governo da Etiópia: medo de ser morto.
O DIA

Rio - Depois de protestar contra o governo da Etiópia ao cruzar em segundo lugar a linha de chegada da maratona da Rio-2016, Feyisa Lilesa decidiu não retornar ao país por temer pela sua segurança. Agora, aguarda em um hotel a autorização para viajar aos Estados Unidos, onde quer pedir asilo. Ele recebeu a medalha na cerimônia de encerramento dos Jogos, no Maracanã, e decidiu não retornar à Vila Olímpica, abandonando a delegação da Etiópia. Lilesa deu entrevista ao ‘SporTV’. “Meus amigos que moram nos Estados Unidos reservaram este hotel. Eles me derem o endereço. Mostrei ao taxista (após a cerimônia ) e ele me trouxe aqui”, contou o maratonista. O atleta, que pode ficar no Brasil por mais 70 dias, espera conseguir um visto permanente para ir ao Aeroporto Tom Jobim e de lá seguir para os Estados Unidos. Na linha de chegada da maratona, Lilesa protestou contra o governo liderado pelo presidente Mulatu Tshome e pelo primeiro-ministro Hailemariam Desalegn, cruzando os braços acima da cabeça. Também apoiava os manifestantes da etnia Oromo, da qual faz parte. “O governo da Etiópia está matando o meu povo. A Etiópia tem muitas etnias e apenas uma tem o poder. Essa etnia está matando muitos integrantes das outras”, acusou.

Depois da prova, ele deixou claro que temia ser morto no retorno à Etiópia. E, por isso, decidiu não voltar. “Foi um sinal de apoio aos manifestantes mortos pelo governo do meu país. Eles fazem o mesmo sinal lá. Eu queria mostrar que eu não estava de acordo com o que está acontecendo. Tenho parentes e amigos na prisão. O governo está matando o meu povo, o povo Oromo, gente sem recursos. Talvez me matem quando eu voltar. Se não, eles vão me colocar na prisão, ou vão me barrar no aeroporto e me forçar a deixar o país.”

Nesta terça-feira, um porta-voz do governo da Etiópia garantiu que Lilesa não terá problemas legais devido ao seu posicionamento político.

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Vídeo mostra homem atirando em motorista de Uber em Niterói

Iuri Martins Pereira, de 24 anos, foi morto no último 
sábado, após briga por vaga com motorista de van.


O DIA

Rio - As imagens das câmeras flagraram o momento em que o motorista de Uber Iuri Martins Pereira Alcântara, de 24 anos, foi morto, em Niterói, no último sábado. O vídeo foi exibido pelo SBT Rio, na manhã desta terça-feira. De acordo com a polícia, ele e o motorista de van Mayk Frem dos Santos, de 38 anos, teriam discutido por causa de uma vaga de garagem.

Além da briga entre a dupla, o vídeo mostra ainda quando o suspeito atirou seis vezes na vítima. A prisão de Mayk já foi autorizada pela Justiça, mas ele ainda é considerado foragido.



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