quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Procurador da Lava Jato alfineta o diretor da Polícia Federal.

Para Segovia, uma mala de dinheiro não é crime. Lima: 'Quantas são suficientes?'


Carlos Fernando dos Santos Lima criticou fala da mala de Segovia.
O DIA

Brasília - Não começou com o pé direito a relação do novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, com os parceiros do Ministério Público. Procurador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima ironizou, via Facebook, declaração polêmica de Segovia. "Uma pergunta: Quantas malas de dinheiro são suficientes para o novo diretor-geral da Polícia Federal?", questionou Lima. A cutucada se refere à crítica de Segovia à Procuradoria-Geral da República, que, na gestão de Rodrigo Janot, denunciou pela primeira vez o presidente por corrupção passiva no caso da mala dos R$ 500.000,00 que a JBS pagou para o ex-assessor especial de Temer, Rodrigo Rocha Loures. As duas denúncias da PGR foram barradas na Câmara dos Deputados. Depois disso, Temer indicou Segovia, benquisto por metade de seu partido, o PMDB. 


A frase polêmica foi: "Uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa que a gente necessitaria para resolver se havia ou não crime, quem seriam os partícipes e se haveria ou não corrupção", declarara o novo diretor da PF. "É um ponto de interrogação (se a mala de dinheiro era para Temer), que fica hoje no imaginário popular brasileiro e que poderia ser respondido se a investigação tivesse mais tempo", continuou a alfinetar Segovia. O diretor-geral cobrou mais "transparência" da Procuradoria-Geral da República (PGR), hoje sob o comando de Raquel Dodge, na condução de investigação contra o presidente Temer. Segovia continuou: "A Procuradoria-Geral da República é a melhor indicada para explicar possíveis erros no acordo de colaboração premiada firmado com executivos do grupo J&F, entre eles o empresário Joesley Batista".

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