quinta-feira, 13 de julho de 2017

Radares sem multa na Ponte Rio-Niterói.

Um ano após a instalação de 32 pardais de velocidade, 
infrações ainda não são computadas aos motoristas.


De junho de 2016 a abril deste ano, 986.680 infrações foram registradas.
O DIA

Rio - Após quase um ano de instalação, os 32 radares da Ponte Rio-Niterói que deveriam coibir e punir motoristas que trafegam em alta velocidade, simplesmente, não estão aplicando multas para quem desobedece as regras de limite de tráfego da via. De acordo com o Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF) no Rio, quase um milhão de motoristas foram flagrados, nos últimos onze meses, dirigindo acima dos 80 km permitidos. Apesar disso, nenhum deles recebeu a infração. A aplicação das penalidades chegou a ser anunciada para junho de 2016, quando os equipamentos começaram a monitorar a Ponte, mas o prazo foi suspenso devido a necessidade de vários ajustes dos aparelhos e por conta de um imbróglio entre a PRF e a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) sobre a configuração dos equipamentos. Mesmo sem a aplicação efetiva das multas, os radares — que estão nos pórticos 11, 16, 17 e 22 — registram os excessos de velocidade. Foram 986.680 infrações entre junho de 2016 e abril de 2017, de acordo com dados da PRF. Segundo a Ecoponte, concessionária que administra a via, essa estatística mostra que o comportamento dos motoristas, nos últimos onze meses, forma uma curva que chama a atenção: houve um crescimento de infrações assim que os equipamentos foram instalados, seguido por um período de estagnação e, depois, um novo aumento de multas.

Infrações sem previsão
Um desentendimento entre a configuração dos radares e a falta de consenso entre a PRF e a ANTT explicam o motivo de nenhum motorista ter sido autuado pelos radares até hoje. Para que os equipamentos funcionem é preciso que se cumpra várias etapas de um processo que vai desde estudos para atestar os pardais na via até o ajuste das imagens.

Em fevereiro deste ano, foram feitos ajustes ao teste de imagem dos equipamentos, mas para funcionamento pleno, seria necessário um novo teste. A PRF informou que não há previsão para que os radares comecem a funcionar na Ponte.

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