quarta-feira, 24 de maio de 2017

Lava Jato: caseiro informava Lula sobre dia a dia de sítio.

Os e-mails foram anexados à nova denúncia contra o petista, 
agora acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.


Lula foi informado sobre visita da força-tarefa a propriedade.
AGÊNCIA BRASIL

São Paulo - E-mails apreendidos na Operação Lava Jato apontam que o caseiro do sítio de Atibaia, que fica no interior de São Paulo, enviava mensagens ao destinatário 'apoio@institutolula.org' notícias sobre o dia a dia na propriedade. Elcio Pereira Vieira, o Maradona, mantinha o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informado sobre o que ocorria nas redondezas da chácara, encaminhava listas de materiais de construção, recibos de compras de itens da propriedade e relato sobre os animais de estimação. Para a Lava Jato, as mensagens obtidas com a quebra de sigilo telemático de Maradona revelam "ser o sítio de propriedade e posse de Lula". Os e-mails foram anexados à nova denúncia contra o petista, agora acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por reforma milionária no sítio de Atibaia. Além do ex-presidente, outros 12 investigados são acusados nesta denúncia. Em 21 de abril de 2015, o caseiro mandou fotografias em um e-mail intitulado "avião aki na chacara hoje pela manha". Na mensagem, 12 fotografias de uma aeronave no céu.


Lula e Moro cara a cara . Imagem da audiência divulgada 
ontem mostra procuradores da Lava Jato ao lado do juiz.

Outro e-mail, de 23 de outubro de 2014, foi enviado ao mesmo destinatário com três fotos e uma mensagem: "a pirua esmagou os três pintinhos de pavão que estava com ela bom dia!".

Maradona relatou ao petista sobre uma visita da força-tarefa da Lava Jato. O caseiro enviou, em 2 de junho de 2016, às 21:09hs., uma fotografia de um pedaço de papel com a anotação "Força-tarefa - Dr Julio, Dr Roberson, Dr Athayde e Dr Januário" Ao lado, a indicação Ministério Público Federal. Em cima, um telefone. Os procuradores Julio Noronha, Roberson Pozzobon, Athayde Ribeiro e Januário Paludo fazem parte da força-tarefa da Lava Jato, no Paraná.

Na acusação criminal contra Lula, a Procuradoria afirma que a anotação foi feita pelo filho de Edivaldo Pereira Vieira, irmão de Maradona, quando procuradores da força-tarefa "efetuaram diligências investigativas em Atibaia". Segundo a denúncia, Edivaldo prestou serviços no sítio, cuja propriedade é atribuída a Lula, o que a defesa do petista nega com veemência. Edivaldo e Maradona não são acusados na denúncia do Ministério Público Federal. "Na diligência efetuada pelos membros do Ministério Público Federal, Edivaldo respondeu falsamente que nunca trabalhou na propriedade e, após informado do dever de falar a verdade, seu filho anotou os dados de integrantes da força-tarefa para eventual contato, o que nunca ocorreu", aponta a denúncia.

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