segunda-feira, 15 de maio de 2017

Agentes da Força Nacional começam a atuar em vias do RJ.

Homens patrulham rodovias federais com objetivo de coibir 
roubo de veículos e cargas. Efetivo no estado chega a 425 homens.


Por Alba Valéria Mendonça, G1 Rio

A Força Nacional de Segurança começou a atuar nesta segunda-feira (15) no Rio de Janeiro. Os 300 agentes enviados na semana passada vão patrulhar as rodovias federais do estado: Presidente Dutra, Avenida Brasil e Washington Luís. Eles se juntam aos 125 homens que já estavam no RJ. As forças de segurança ficarão 90 dias no estado, mas o período pode ser prorrogado. O principal objetivo é coibir o roubo de veículos e cargas. Uma das regiões patrulhadas será a das comunidades do Chapadão e da Pedreira, na Pavuna e em Costa Barros, na Zona Norte do Rio. Os locais são definidos com base no mapeamento de crimes feito pela Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro. Desde às 06:00hs., agentes faziam uma espécie de cinturão de segurança na região do Chapadão e da Pedreira, região com alto índice de roubo de cargas no estado.


Integração com a PM
De acordo com o porta-voz da PM, major Ivan Blaz, os homens da Força Nacional de Segurança estão nos 20 pontos de maior incidência de roubos de cargas e de veículos, além de rotas usadas pelos criminosos, como a Rua Mercúrio, perto da Via Dutra, Avenida Automóvel Clube e Avenida Brasil. "Os militares estão fazendo abordagens de pessoas e veículos e patrulhando essa região, dando mais liberdade para os policiais do 41º BPM (Irajá) atuarem em outras ocorrências nos bairros e nas comunidades. Trata-se de um policiamento preventivo", detalhou Blaz.

O major também informou que, no sábado (13), os militares passaram por um programa de ambientação, com palestras dadas pelo Comandante do 41º BPM, tenente-coronel Marcos Lima, o comandante do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE), tenente-coronel Silva Júnior, o coordenador do Coodenadoria de Operações Especiais (COE), coronel René Alonso, além de delegados da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) e da 39ª DP (Pavuna). Os agentes receberam orientações e informações sobre as especificidades da região. Os militares vão trabalhar em turnos de 12 horas, no período de maior incidência criminosa, diariamente, durante os próximos 90 dias. "É importante lembrar que, antes mesmo deste apoio, o batalhão conseguiu prender dois importantes criminosos da região, um traficante de drogas e um ladrão de cargas", acrescentou Blaz.

O esquema de atuação da Força Nacional foi definido em reunião na última quinta-feira (11) entre representantes da Polícia Civil e Militar do Rio, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e Ministério da Justiça. Segundo o subsecretário da Secretaria Estadual de Segurança, Roberto Alzir, a atuação dos agentes deve reduzir os índices de criminalidade nas regiões que serão alvos das operações. 


"O foco é no roubo de veículos, cargas. O efetivo vai atuar em cima da mancha criminal que mapeamos diariamente que apontam pontos críticos. Obviamente esse apoio bem-vindo do governo federal não é suficiente para resolver a problemática da segurança no Rio, mas vai surtir bastante efeito nesses locais", afirmou Alzir após a reunião na última quinta-feira. Alzir informou ainda que os agentes devem ter maior atuação durante o dia. As tropas serão comandadas pelo coronel Benedito Pereira, que também esteve à frente dos agentes deslocados para o Espírito Santo durante a crise de segurança causada pela greve da PM em fevereiro. Às 07:28hs., comboios foram vistos na Avenida Brasil, na altura de Parada de Lucas, presos em um congestionamento.


Ônibus incendiados
O governo federal anunciou o reforço da segurança do RJ no início do mês após os ataques que deixaram nove ônibus queimados na Avenida Brasil. Os incêndios e saques ocorreram após megaoperação da Polícia Militar na Cidade Alta, comunidade em Cordovil, na Zona Norte. 


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