quarta-feira, 5 de abril de 2017

Pesquisadores podem ter encontrado verdadeira origem do Alzheimer.


Redação Minha Vida

Um estudo conduzido em colaboração com a Fundação IRCCS Santa Lucia e do CNR de Roma, na Itália, pode ter descoberto a verdadeira origem do Mal de Alzheimer. De acordo com pesquisadores italianos, diferentemente do que se acreditava até então, a doença não surge na área do cérebro associada à memória, mas sim da morte de neurônios da região vinculada às mudanças de humor. A pesquisa, publicada na revista científica "Nature Communications", foi coordenada pelo professor associado de Fisiologia Humana e Neurofisiologia da Universidade Campus Biomédico de Roma, Marcello D'Amelio, que revoluciona a maneira como entendemos e tratamos a patologia. No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade, sendo que delas cerca 6% têm a doença de Alzheimer, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).

O Alzheimer era considerado uma doença que surgia devido à degeneração das células do hipocampo, área cerebral da qual dependem os mecanismos da memória. No entanto, o novo estudo sugere que a doença surge na área tegmental ventral, onde é produzida a dopamina, neurotransmissor vinculado às mudanças de humor. Para os pesquisadores, o Alzheimer é como um efeito dominó. A morte dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina desacelera a chegada desta substância ao hipocampo, causando assim uma falha que gera a perda das lembranças, principal sintoma da doença.

A hipótese foi confirmada em laboratório, onde várias terapias destinadas a restaurar os níveis de dopamina foram administradas em animais. Na análise, foi observado que tanto as memórias quanto a motivação de viver, cuja falta causa depressão, foram recuperadas. "A área tegmental ventral relança a dopamina também na área que controla a gratificação. Na qual, com a degeneração dos neurônios dopaminérgicos, também aumenta o risco de perda de iniciativa", explicou Marcello ao site ANSA.

Essa descoberta pode explicar porque o Alzheimer é acompanhado, grande parte das vezes, pelo desânimo e pela depressão. Contudo, os cientistas destacam que as mudanças de humor associados ao Alzheimer não são uma consequência do surgimento da doença, mas sim um "alarme" sobre o início da patologia. "Perda de memória e depressão são duas faces da mesma moeda", completou o professor.

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