terça-feira, 25 de abril de 2017

MPF pede retorno de Adriana Ancelmo para prisão preventiva

Dificuldade para fiscalizar regime domiciliar prejudica investigação.


Agentes da PF conduzem Adriana Ancelmo.
Jornal do Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) que determine o retorno da ex-primeira-dama do Rio de Janeiro Adriana Ancelmo para a prisão preventiva. Investigada na Operação Calicute, a ré foi denunciada por corrupção e lavagem de dinheiro na organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral. Ancelmo cumpre atualmente prisão domiciliar concedida pela 7ª Vara Federal Criminal, sob a alegação de que a acusada tem filhos menores de 12 anos. O parecer da Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR2), que será julgado nesta quarta-feira (26/4) pela 2ª Turma do TRF2 e reforça recurso em sentido estrito da Força-tarefa Lava Jato no Rio de Janeiro, destaca que as causas que originaram sua prisão não somente permanecem inalteradas como também ganharam robustez com o prosseguimento das investigações, não havendo razões para conversão em domiciliar. Para a procuradoria, a prisão preventiva é essencial para encerrar a prática de lavagem de dinheiro, crime usualmente cometido com o uso de telefone e acesso à internet. “Apesar das medidas de precaução determinadas, vedando o acesso a meios de comunicação, a difícil fiscalização do cumprimento torna evidente o risco de ela acessar e movimentar o patrimônio oculto por Cabral”, sustenta a procuradora regional da República Mônica de Ré.

Ainda de acordo com o parecer, o próprio TRF-2 apontou, em manifestação anterior, que o benefício não alcançaria a ré tanto pelo fato de ter viajado diversas vezes sem os filhos quanto pela gravidade de sua conduta. A procuradoria defende ainda que a conversão em prisão domiciliar afronta o princípio da isonomia, que defende que todos são iguais perante a lei, “já que há milhares de outras mulheres com filhos detidas e que não foram favorecidas da mesma forma”.

http://www.jb.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário