segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Velódromo do Rio permanece fechado e com ar-condicionado ligado

Climatização é necessária para a conservação do piso do local. Visitantes se 
surpreenderam com abandono do Parque Olímpico durante o fim de semana.


Por RJTV

Assim como outras instalações olímpicas, o velódromo, que fica dentro do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, também está sem funcionar. Conforme informou o RJTV desta segunda-feira (6), mesmo sem uso, o ar-condicionado do local continua ligado direto, pois a climatização é necessária para a conservação do piso do local. Menos de seis meses após a realização da Olimpíada e da Paralímpiada Rio 2016, visitantes do Parque Olímpico se surpreendem com diversos problemas que já são vistos no local. No domingo (5), o espaço estava movimentado graças ao desafio dos campeões do vôlei de praia. Ainda assim, o principal palco dos jogos no Rio desagradou muita gente. “Eu fico decepcionado porque acabo de sair de um grande espetáculo e assim que as pessoas forem embora, isso aqui vai ficar igual a um cemitério à noite, deserto. É lamentável uma área gigantesca como essa sendo pouquíssima usufruída pelos brasileiros”, destacou o professor de educação física Salvador Aguiar.

Horas após o jogo, os espectadores estranham áreas vazias no parque. “É um abandono, um descaso com o dinheiro público, com os visitantes que vêm aqui e querem ver isso sendo usado, virando futuras escolas”, refletiu o turista Wanderson Wygers, que visita o Rio de Janeiro. A piscina de aquecimento dos atletas deixou um grupo de turistas chilenas decepcionadas. Elas não tiveram a oportunidade de vir ao Rio durante a Olimpíada e queriam conhecer as instalações onde ocorreram as competições. “O parque é bonito, grande, mas parece abandonado”, disse Carolina, uma das jovens. Elas saíram do Parque Olímpico decepcionadas. Ainda assim, os visitantes tentam ver o lado bom do lugar. “O ponto forte é esse espaço estar aberto para a população aqui, que a gente precisa de uma área de lazer, e o ponto fraco é que a sensação é de abandono. A gente chega, não encontra banheiro disponível. Poderia estar aberto pra população, a natação, as crianças, ne, terem aulas para participar das atividades aqui”, destacou a funcionária pública Ana Flávia Martins.

Arenas 1, 2 e 3
Cinco meses após a Olimpíada, a estrutura do parque ainda é pouco usada. A Arena Carioca 1, que durante as competições abrigou os jogos de basquete, é a única das três arenas que continua montada, para fazer parte do centro de treinamento olímpico. A Arena 2, palco da luta olímpica e do judô, está parcialmente desmontada, já não tem as arquibancadas. Os assentos retirados estão estocados no fundo da arena, onde serão levados para a fábrica de origem. No fim de dezembro, a Prefeitura do Rio transferiu a gestão das arenas 1 e 2, do centro olímpico de tênis e do velódromo para o governo federal. A decisão foi tomada porque, segundo a prefeitura, não houve interessados que atendessem as condições da licitação.

A arena 3, palco da esgrima e taekwondo, deve ser transformada em uma escola voltada para o esporte, o Ginásio Experimental Olímpico. As arenas estão sendo cuidadas por uma empresa, contratada pela Prefeitura do Rio em novembro, ainda no governo de Eduardo Paes, para fazer a operação e manutenção. Todas ficam lacradas e só são abertas raramente, quando há eventos esportivos. A Guarda Municipal é responsável por cuidar das áreas comuns.

Parque Aquático e Arena do Futuro
O Parque Aquático deve ser desmontado até março. Pelo projeto, ele será transferido para outros pontos do Rio, onde devem funcionar dois novos centros de treinamento. A Arena do Futuro tem o prazo até o segundo trimestre para ser desmontada e reaproveitada na construção de quatro escolas. O Parque Olímpico chegou a receber 100 mil pessoas em um só dia durante os jogos. O local foi aberto para a população há duas semanas. Funciona somente aos fins de semana, de 08:00hs., às 18:00hs.

Parque Radical de Deodoro
O Parque Radical de Deodoro, na Zona Norte do Rio, também é um dos legados Olímpicos que está em situação de abandono. Nesta segunda-feira (6), o G1 foi até o Parque, que continua fechado. A prefeitura havia prometido que as piscinas do local iam ficar abertas para a população durante o verão, mas isso não está acontecendo. O local, que foi sede de competições de canoagem slalon, BMX e mountain bike durante os Jogos Olímpicos do Rio, está fechado desde dezembro. Antes da Rio 2016, o Parque Radical de Deodoro chegou a ser aberto durante o verão. O local, que foi sede de competições durante os Jogos Olímpicos do Rio, está fechado desde dezembro.

No início do ano, o prefeito Marcelo Crivella disse que iria resolver rapidamente essa situação é que o local seria reaberto "em breve". Nesta segunda (6), ele prometeu a reinauguração ainda no "período de férias". "É um compromisso meu abri-lo. Vamos abrir ainda no período de férias. Venceu o contrato, não foi renovado pela administração anterior, é um contrato de R$ 20.000.000,00 por ano. Você sabe que estamos em momento de negociar. Estamos vendo o que pode ser mantido no escopo do contrato, o que pode ser tirado. O que podemos fazer pela nossa guarda, pela Comlurb, com a Policia Militar, com os Bombeiros. Fazer com que esse parque reabra, mas de uma maneira que possamos pagar", contou Crivella.

http://g1.globo.com/


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