quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Moro aceita pedido para que Pezão seja testemunha de defesa de Cabral


Moro aceita pedido para que Pezão seja testemunha de defesa de Cabral.
Jornal do Brasil

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, aceitou o pedido para que o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, seja testemunha de defesa do ex-governador Sérgio Cabral. De acordo com despacho de Moro, as audiências de acusação deverão ocorrer entre os dias 7 e 27 de março. No próximo dia 10 deverá falar no processo o delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. Cabral e outras 12 pessoas são acusados de desviar R$ 224.000.000,00 de obras públicas. O ex-governador será julgado pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa. De acordo com relatório divulgado pela Polícia Federal no último dia 9, haveria indícios de que Pezão recebeu propina do esquema de corrupção de Cabral. O nome de Pezão consta em anotações encontradas durante busca e apreensão na casa de Luiz Carlos Bezerra, apontado como um dos operadores de Cabral. Pezão nega as acusações.

Os repasses para Pezão, segundo os investigadores, seriam de R$ 140.000,00 e de R$ 50.000,00. De acordo com o relatório da PF "verificaram-se alguns escritos que podem servir de elementos probatórios que vinculam o governador atual do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Souza no possível esquema de recebimento de propina de um dos operadores financeiros do ex-governador Sérgio Cabral, também preso na operação Calicute".

Como Pezão tem foro privilegiado, por ser governador, o delegado Antônio Carlos Beaubrun Júnior pediu que a documentação seja encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O documento será analisado pelo Ministério Público Federal (MPF), que dará o parecer sobre o caso. Em nota sobre o relatório da PF, o governador Pezão informou que "continua à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos a respeito das investigações. Pezão ressalta que suas contas já foram analisadas em processos anteriores da Polícia Federal, e estes foram arquivados."

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