quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Estado entrega vacinas contra febre amarela às prefeituras

Vacinação em regiões específicas é medida preventiva adotada pela SES com objetivo 
de criar área de bloqueio nas divisas, para tentar evitar entrada do vírus no Rio.


O DIA

Rio - A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) deu início à entrega de doses de vacina de febre amarela às prefeituras de todo o estado, na terça-feira. No total, serão disponibilizadas 350 mil doses, sendo 250 mil a serem usadas em ação de bloqueio e o restante, no reabastecimento dos estoques das prefeituras. De acordo com a Ses, a vacinação será intensificada nos municípios das regiões Noroeste, Norte, Serrana e Centro Sul do Rio como uma medida preventiva para criar uma região de bloqueio contra o vírus nas divisas com os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Segundo o secretário de saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr., não há recomendação para a vacinação irrestrita da população em geral, uma vez que não há registros da circulação do vírus no território do estado. "O principal critério para definição da ação de bloqueio é a proximidade com as áreas de surto em Minas Gerais: estamos recomendando a intensificação da imunização da população que vive na divisa dos estados de MG e Espírito Santo. Alguns receberão a orientação para vacinação da população em geral, obedecendo as indicações do Ministério da Saúde, outras terão regiões específicas para a campanha. Esta é uma medida preventiva que estamos adotando, atuando em apoio total às prefeituras", detalha o secretário. No total, 350 mil doses serão entregues aos municípios do estado até o fim da campanha – 250 mil doses serão usadas na ação de bloqueio e o restante, no reabastecimento dos estoques das prefeituras.

Estado organiza vacinação para 'bloquear' febre amarela
Ainda de acordo com a secretaria, com base na avaliação do cenário epidemiológico, a subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES elencou os seguintes municípios para vacinação: Cantagalo, Carmo, Comendador Levy Gasparian, Bom Jesus do Itabapoana, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua e Varre-Sai. Além destes, os municípios de Campos dos Goytacazes, São Francisco de Itabapoana, Itaperuna, Sapucaia, Três Rios e Paraíba do Sul terão localidades específicas para a imunização, não sendo recomendada a vacinação de toda a população. "O objetivo é criar um bloqueio contra o vírus nas regiões mais vulneráveis sob o ponto de vista geográfico, diante da proximidade das áreas onde há surtos em Minas Gerais. O público alvo serão os habitantes com idades a partir de 9 meses até 60 anos, residentes nos municípios e localidades definidas pela secretaria para a ação. É essencial que os postos de saúde observem as contraindicações específicas para esta vacinação de bloqueio", explica Alexandre Chieppe, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES.

Os 16 municípios que terão a ação de bloqueio estão recebendo notas técnicas com as orientações do estado, além de estarem sendo convocados para uma reunião nesta quinta-feira, em Miracema, para a discussão da estratégia de imunização. A secretaria recomenda que os municípios realizem a campanha em etapas, dividindo a população pelas faixas etárias (de 9 meses a 9 anos e 11 meses; 10 anos a 19 anos e 11 meses, 20 a 29 anos e 11 meses, 30 a 39 anos e 11 meses, 40 a 59 anos e 11 meses), entre os dias 28 de janeiro e 10 de março. Cada secretaria municipal de saúde deverá definir seu calendário de acordo com sua capacidade operacional e de armazenamento dos imunobiológicos.

O que é febre amarela?
Há dois tipos de febre amarela – silvestre e urbana. As duas são causadas pelo mesmo vírus e causam a mesma doença, mas se diferem pelo vetor de transmissão. A urbana é transmitida pelo Aedes aegypti e, de acordo com o Ministério da Saúde, desde os anos 40, o Brasil não registra casos deste tipo da doença. Já a silvestre é transmitida pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabeths, insetos de hábitos estritamente silvestres. A febre amarela silvestre é endêmica em algumas regiões do país, principalmente na região amazônica. Os sinais e sintomas mais comuns da doença são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias. Nas formas mais graves da doença, podem ocorrer icterícia (olhos e pele amarelados), insuficiências hepática e renal, manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. Trata-se de uma doença infecciosa febril aguda,transmitida exclusivamente pela picada de mosquitos infectados.

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