sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Paulo Bernardo e mais 12 se tornam réus na Operação Custo Brasil

Ex-ministro é acusado de ter recebido 
R$ 7.100.000,00 em propinas.


Ex-ministro do governo Lula, Paulo Bernardo.
O DIA 
E ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - O ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo (Governo Lula) e mais 12 investigados da Operação Custo Brasil se tornaram réus por lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa. O juiz federal Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Federal Criminal de SP aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF). Os acusados serão citados e poderão responder as acusações. Paulo Bernardo foi preso na Operação Custo Brasil dia 23 de junho por determinação do juiz Paulo Azevedo. Seis dias depois, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, acolheu Reclamação da defesa do ex-ministro e mandou soltá-lo. Nesta quarta-feira, 3, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recorreu contra a liberdade de Paulo Bernardo. Paulo Bernardo é acusado de ser o 'patrono' do Esquema Consist, empresa de software contratada para administrar consignados de milhões de servidores. Segundo a Operação Custo Brasil, os desvios chegaram a R$ 102.000.000,00 milhões.

Segundo o Ministério Público Federal, entre 2009 e 2015, uma organização criminosa atuou no âmbito do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, e foi responsável pelo pagamento de propinas em valores milionários para diversos agentes públicos e para o Partido dos Trabalhadores. A finalidade era permitir a contratação de uma empresa de tecnologia para desenvolver e gerenciar software de controle de créditos consignados, que até então era feito por uma empresa pública.

Na última semana, a Polícia Federal concluiu o inquérito e encaminhou à Procuradoria da República. Para o juiz Paulo Azevedo, a peça acusatória "descreve de forma suficientemente clara os crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de valores". "A denúncia também descreve adequadamente a materialidade e a autoria delitiva", afirmou o juiz. O magistrado ainda destacou que a denúncia está amparada em vasta documentação, incluindo e-mails apreendidos e declarações em acordo de delação premiada.

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