sábado, 16 de julho de 2016

Pão e circo: a Olimpíada no Rio


Parque Olímpico: obras gigantescas e milionárias.
Jornal do Brasil

O Rio de Janeiro de hospitais fechados, professores sem salários, balas perdidas e comunidades desesperadas se enfeita de obras magníficas para receber a Olimpíada. Na Roma antiga, quando camponeses desempregados migraram para lá em busca de melhores condições gerando um crescimento urbano que levou a diversos problemas sociais, a resposta dos governantes à plebe eram as lutas de gladiadores em arenas, com distribuição gratuita de pães. Era a política do pão e circo criada pelo imperador romano Otávio Augusto, para atenuar a insatisfação contra os governantes, desviar a atenção da população e tentar impedir uma revolta.

A política continua viva. Mas agora, o circo é a olimpíada.
O recado está dado aos moradores da cidade que vai sediar os Jogos: se não estão satisfeitos, que se mudem. Pois vai chegar o momento, talvez, em que a única alternativa seja mesmo o Atlântico Sul ficar cheio de boias, como no Mediterrâneo. Enquanto facínoras podem recorrer aos seus aviões, aos pobres restará o bote em direção aos colonizadores, como ex-colonizados já fazem na Europa.

É preciso mesmo um esforço para impedir revoltas como as que acontecem na Alemanha e na França, com explosões que mancham a bandeira da "Liberdade, igualdade e fraternidade" comandada por um presidente que já cortava seus cabelos, preocupado com sua cabeça, que há alguns anos o incomodou.

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