quarta-feira, 6 de julho de 2016

Em um mês, preço do feijão sobe quase 53% no Recife

Dieese revela ainda que cesta básica compromete 45% do salário mínimo. Valor do grupo de produtos aumentou 9,57% desde o ano passado.


Preço do feijão subiu em todas as capitais do país.
Do G1 PE

Entre maio e junho deste ano, o preço do feijão subiu 52,77% no Recife, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O levantamento, publicado nesta terça-feira (6) no site do órgão, revela ainda que a cesta básica compromete 45,18% do salário mínimo, que hoje equivale a R$ 880,00. Em junho, o valor da cesta básica na capital pernambucana chegou a R$ 365,79, que, segundo o estudo, representa uma alta de 9,57% em comparação com o ano passado. Já em relação ao mês anterior, o aumento foi de 3,39%. O impacto sobre o salário tem aumentado desde abril, quando a cesta já afetava cerca de 44% da remuneração, segundo estudo divulgado pelo Procon. Nos últimos meses, os consumidores têm se surpreendido com o preço alto do feijão. Em maio, o Dieese tinha identificado um aumento de 7,2% no valor do grão no Grande Recife, onde o quilo chega a ultrapassar os R$ 10,00.

Depois do feijão, os maiores aumentos foram da manteiga (9,24%) e do leite (8,53%). Os três alimentos registraram alta em todas as capitais do país. Para os pesquisadores do órgão, essa alta no preço do feijão, que vem sendo verificada desde o início do ano, se deve principalmente ao clima. A área de plantação do grão diminuiu e a cultura da soja ganhou mais espaço. Assim, no mês passado, o Brasil precisou importar o produto, o que impactou ainda mais no preço. No entanto, o documento aponta uma melhora nos próximos meses, já que a safra irrigada começa em julho, o que, segundo o órgão, pode normalizar a oferta. Também houve baixa no valor de alguns itens. O tomate apresentou a maior queda: 12,44%. Os outros produtos que tiveram redução no preço foram: o óleo (-3,48%), a banana (-3,47), o açúcar (-2,09), a carne (-1,03%) e o pão (-0,46). O arroz foi o único alimento que não registrou nenhuma variação no período. Segundo o Dieese, 13 produtos compõem a cesta básica do brasileiro. Além dos alimentos já citados, fazem parte do grupo batata, café e farinha. O estudo não leva em conta os itens de higiene e limpeza.

http://g1.globo.com/

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