POR RAMON VOLTOLINI
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Um malware distribuído via Facebook infectou mais de 10 mil usuários em apenas 48 horas, informou a Kaspersky Lab, que verificou a ação entre os dias 24 e 27 de junho. Os mais afetados pelo ataque foram os brasileiros, que correspondem à fatia de 37% do total de casos. Polônia (8%), Peru (7%), Colômbia (7%) e México (7%) foram os países que também registraram mais ocorrências. Ainda segundo a empresa, o vírus foi disseminado através de notificações – aquelas exibidas por alertas de marcação em fotos ou em publicações cotidianas, como comentários ou atualização de status. O phishing funcionava a partir de duas fases: na primeira, um trojan era baixado pelo PC, o que resultava na instalação de uma extensão maliciosa no Chrome. A partir disso, a segunda fase do ataque era então executada; ao acessar a rede social usando o browser comprometido, o controle da conta era tomado.
Como o ataque foi executado
Na prática, o vírus agiu desta forma: no momento em que o usuário clicava sobre a notificação, o arquivo malicioso passava a encerrar a sessão atual. Em seguida, uma nova página que exigia um novo login para acesso ao Facebook era aberta: quando nome de usuário e senha eram informados, o malware baixado em segundo plano era ativado, roubando e alterando as preferências de privacidade da vítima. A extração indevida de scripts e de dados de conta pode ser usada para várias atividades ilegais, tais como roubo de identidade, envio de spams e fraudes bancárias, por exemplo. A distribuição do malware acontecia no momento em que o programa malicioso era baixado, quando a notificação falsa de marcação era enviada aos demais contatos do usuário infectado.
iOS e Android seguros
Os ataques foram feitos principalmente via Google Chrome e Mozilla Firefox. Enquanto o iOS e Android são seguros e não puderam, assim, ser infectados pelo novo vírus, o Windows 10 Mobile correu o risco também de ser comprometido.
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