terça-feira, 7 de junho de 2016

VLT tem pane elétrica no primeiro dia útil de funcionamento

Trem parou de funcionar perto do ponto final, no Aeroporto 
Santos Dumont. Passageiros foram retirados dos vagões.


VLT tem problema elétrico no primeiro dia de abertura ao público.
O DIA

Rio - Decepção e bom humor no primeiro dia útil de funcionamento do VLT. Por falta de energia, o trem parou durante testes, a alguns metros do seu ponto final, no Aeroporto Santos Dumont. O DIA estava a bordo e acompanhou o drama de quem teve que descer do veículo que por enquanto é atração, mas foi criado para melhorar o transporte no Rio. Funcionários da concessionária VLT Carioca ajudaram na saída dos passageiros.

Quem ia embarcar no Santos Dumont e pegou uma carona precisou levar a mala pela grama, repleta de lama de chuva, até o aeroporto. “O jeito agora é puxar a mala”, disse Giorgete Soares, de 56 anos, que ia viajar e enfrentou o imprevisto. “Vamos dar uma chance porque é um teste, né? Vamos esperar um pouco”, afirmou.

A viagem partindo da Praça Mauá começou animada, com turistas e moradores em clima de descontração no trem. Passageiros curtiam o roteiro: Avenida Rio Branco, cruzando a Presidente Vargas, passando por uma das igrejas mais famosas do Rio, a Candelária, e seguindo até o Aterro do Flamengo. Do lado de fora, chamava a atenção de quem passava. Mas o desfecho não foi um sucesso. Além de risos, ironias e críticas, passageiros cantavam ao descer do trem parado: “Por que parou? Parou por quê?”, com celulares e câmeras na mão para registrar o ‘mico’. Todos, inclusive idosos e crianças, tiveram que atravessar o gramado para chegar ao menos até a plataforma mais próxima. “A bateria deve ter esgotado!”, brincou o rodoviário Tales Honorato, 27 anos, que parou para filmar o incidente. No caminho, carros, pedestres e bicicletas dividiam o mesmo espaço nos trilhos. O trem andou o tempo todo acompanhado por batedores em motos, sinalizando a sua passagem. .

Paralisações podem voltar a acontecer
A Secretaria Municipal de Transportes informou que o serviço foi interrompido logo após passar a estação Antônio Carlos, devido a uma queda de energia. Não houve descarrilamento, como chegou-se a comentar nas redes sociais. Segundo o órgão, a operação dos demais trens não foi afetada, e o serviço foi restabelecido em 20 minutos. A secretaria alertou que novos incidentes do tipo poderão ocorrer, já que é fase de adaptação do VLT. A concessionária VLT Carioca explicou que a transmissão de energia será feita por meio do sistema APS (Alimentação Pelo Solo) no terceiro trilho instalado entre os de rolamento do trem, pelo qual acontece a captação da rede elétrica. A empresa informou que “as composições contarão com supercapacitadores, baterias instaladas no teto do VLT, que armazenam energia e regeneram durante a frenagem”.

'Na minha terra não tem isso'
Quem passava pela Praça Mauá para conhecer também quis experimentar o VLT e dar um passeio pela cidade. Foi o caso de três argentinas: Ana Bela, 28, Marianella, 27 anos, e Natacha, 30. “A mobilidade do Rio é muito boa”, disse Marianella. “Estamos curtindo”, acrescentou ela, tirando foto com as amigas no trajeto.

Mineiros aprovaram o transporte. “Lá na minha terra não tem isso não. Achei bacana demais a estrutura”, declarou Rodrigo Oliveira, de 37 anos, supervisor de eventos. Ele veio com os amigos passar um dia no Rio a trabalho e acabou pegando carona no veículo inaugurado. “Só achei estranha a falta de segurança. Muita gente passando na frente. Tem que ter cuidado para não atropelar”, observou.

Reportagem da estagiária Carolina Moura
http://odia.ig.com.br/

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