terça-feira, 17 de maio de 2016

Presos acusados de participação em plano para assassinar juíza

Advogado que seria um mentor foi pego na Bahia. Foram apreendidos carrões, além de caça-níqueis, joias e dinheiro.


Ao todo, 19 veículos foram apreendidos. Parentes 
de bandidos teriam comércio para lavar dinheiro.
MARLOS BITTENCOURT

Rio - A Polícia Civil desarticulou ontem uma quadrilha de traficantes que planejava matar uma juíza do Estado do Rio. Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, em parceria com o Ministério Público (MP), deflagraram a Operação Capitania e prenderam 12 homens que atuavam em pelo menos 12 comunidades da região. Nove suspeitos estão foragidos. O advogado Anderson Sá de Oliveira, que seria integrante da quadrilha de Luiz Carlos Gomes Jardim, o Luiz Queimado, foi preso na Bahia. Segundo a polícia, ele tramou matar a magistrada por vingança. Ela, por segurança, não teve a identidade divulgada. O plano foi descoberto por meio de uma interceptação telefônica. Uma testemunha confirmou a intenção de assassinar a juíza. Um advogado detido teria ajudado a tramar o plano.

Segundo o delegado Fábio Barucke, que chefiou a operação, Luiz Queimado, preso em Bangu, ‘alugava’ a comunidade do Bumba, em Niterói, para o tráfico e faturava R$ 7.000,00 por semana. A família de Queimado controlaria o morro e teria criado uma ‘lavanderia’ (padarias, mercadinhos, lojas e lava-jato) para legalizar o dinheiro do tráfico. “Os criminosos tentavam dar uma origem lícita ao dinheiro e tinham vida de luxo, com mansões, carros, jet ski, motos. Pedimos a quebra do sigilo fiscal e bancário dos integrantes”, afirmou Barucke.

Foram apreendidos 19 veículos em uma agência, incluindo um Audi, além de máquinas caça-níqueis, equipamentos de ‘gatonet’, joias, dinheiro, cheques, relógios, celulares, laptops, fardas e armas. A Associação de Magistrados do Estado (Amaerj) emitiu nota de repúdio ao ato de violência e cobrou mais segurança. “O Rio de Janeiro é o Estado com mais magistrados em situação de risco no país”, informou, ao lembrar a morte, em 2011, da juíza Patrícia Acioli, que atuava na mesma região.

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