Secretaria de Educação pede que pais tentem
convencer os filhos a desocupar unidades.
TÁSSIA DI CARVALHO
Rio - Mais três escolas estaduais foram tomadas na segunda-feira por estudantes. Além dos colégios Mendes de Moraes, na Ilha do Governador, ocupado na semana retrasada, e Gomes Freire de Andrade, na Penha, tomado na segunda-feira, Heitor Lira, na Penha, Visconde de Cairu, no Méier, e Euclydes Paulo da Silva, em Maricá, estão sob controle dos alunos. Eles querem melhores condições de infraestrutura, mudanças na grade curricular, criação de grêmios estudantis e eleição para a direção. “Estamos ocupando até que o Estado nos trate de forma digna e cumpra as obrigações que tem com a gente”, diz Gabriel Gonçalves, aluno do Visconde de Cairu.
Em nota, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) reconheceu a mobilização e demonstrou apoiou ao crescente movimento que está acontecendo no estado. A entidade o classificou de ‘Primavera Secundarista’, numa menção à onda de protestos, revoltas e revoluções populares contra governos do mundo árabe em 2011. “As ocupações se tornaram estratégias primordiais para denunciar as irregularidades”, aponta. Segundo a presidente da União Estadual dos Estudantes Secundaristas, Ana Carpes, estudantes planejam novas ocupações. “É muito provável que outras escolas sejam tomadas. Em São Gonçalo, Maricá e Petrópolis o sentimento é de mobilizar e ocupar”, diz Ana.
A Secretaria Estadual de Educação não vê no movimento intenção em desocupar as unidades e aponta que há envolvidos que sequer fazem parte da comunidade escolar. “Diante da intransigência, a Seeduc apela aos pais para que conversem com seus filhos, uma vez que são os estudantes sem aulas os mais prejudicados”, informou.
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