sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Oposição quer referendo para afastar Maduro da Presidência

O ex-candidato presidencial venezuelano Henrique Capriles Radonski pediu ao parlamento que inicie uma revisão constitucional e um referendo para revogar o mandado de Nicolás Maduro.



O ex-candidato presidencial venezuelano Henrique Capriles Radonski pediu ao parlamento, em que a oposição é maioritária, que inicie uma revisão constitucional e organize um referendo para revogar o mandado do Presidente Nicolás Maduro. Em declarações à imprensa, Henrique Capriles Radonski (na foto acima), atual governador do Estado de Miranda, reconheceu que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) poderá inviabilizar a revisão constitucional, mas que relativamente ao referendo, aquele órgão judicial não tem argumentos que impeçam a realização da consulta. "O Governo terá que submeter-se a uma consulta (popular)", disse.

Henrique Capriles Radonski perdeu as eleições presidenciais de 2013, ao obter 7.363.980 votos (49,12%), contra o seu principal competidor, o atual Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que obteve 7.587.579 votos (50,61%). Segundo Capriles Radonski a aliança da oposição, organizada na formação partidária Mesa de Unidade Democrática (MUD) deve abrir também um debate interno para escolher um candidato presidencial da sua área. "Há uma imensa maioria que quer uma mudança e isso ficou evidente nas eleições parlamentares de Dezembro. O Governo está a jogar com os tempos e não podemos permitir que se brinque com o tempo dos venezuelanos, porque vivemos a pior crise da nossa história", disse. Segundo Henrique Capriles Radonski, as previsões apontam que a Venezuela finalizará este ano com uma inflação de 700%. "É uma crise que cresce diariamente e o Governo não quer fazer nada para mudar esse cenário. Perante isso a única opção é mudar de Governo", enfatizou.


O líder da oposição advertiu que é preciso nomear as novas autoridades eleitorais da Venezuela e vaticinou que se aproximam tempos de tarefas políticas complexas. "Perante nós temos gente que não joga pacificamente. Eles querem manter-se no poder a qualquer preço", acentuou, insistindo que a oposição tem "legitimidade e legalidade" para promover alterações constitucionais e legais no país.

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