terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Jornalista mostra hematomas deixados pela GM em bloco de Carnaval

Bernardo Tabak estava na Praça Mauá quando confusão se instalou. Segundo ele, pessoas apanharam gratuitamente.

Jornalista Bernardo Tabak publicou, em seu perfil no Facebook, 
imagem mostrando hematomas deixados pela GM
O DIA

Rio - Um jornalista que estava presente no Technobloco, bloco não-oficial do Carnaval, que desfilou pelas ruas do Centro do Rio, na madrugada de sábado, publicou em uma rede social a imagem de hematomas deixados pela Guarda Municipal (GM) em ação truculenta contra foliões na Praça Mauá, segundo ele. Bernado Tabak, de 40 anos, contou que apanhou e foi enforcado por estar filmando a confusão imposta pelos agentes.

Bloco carnavalesco no Centro termina em confusão com Guarda Municipal
"Nunca imaginei em 40 anos de vida que iria fazer uma exibição pública da minha bunda. Mas também, jamais pensei que seria algemado e preso, depois de tomar muita porrada e ser enforcado pela Guarda Municipal do Rio de Janeiro (GM-Rio). O motivo? Estar filmando tamanha truculência e bestialidade dos agentes do Grupamento de Operações Especiais (GOE) contra foliões na madrugada de sábado, 13 de fevereiro de 2016", escreveu o jornalista do "O Globo".

Tabak contou que viu guardas batendo em pessoas gratuitamente e indiscriminadamente. "Afirmo: não vi qualquer depredação durante todo o desfile, não vi pichações e não vi ninguém lançando garrafas contra a GM-Rio (nem em nenhum dos vários vídeos que já assisti até agora)", contou o jornalista. Segundo ele, o aparelho celular que usava para filmagem foi arrancado de suas mãos e arremessado para longe enquanto ele era agredido. O homem contou que levou um "mata-leão" e gritou dizendo que não estava conseguindo respirar e em seguida foi algemado e arrastado para a viatura. "Pra que isso?! Eu não tou resistindo a nada!", questionou ele ao guarda. Ao que um dos agentes respondeu: "Cala a boca! Tá preso por desacato!".

O jornalista foi encaminhado para a a 5ª DP (Mem de Sá) e em um boletim de ocorrência feito pelos agentes Souza e Gomez estava escrito que foi necessário o uso de "força moderada" durante a prisão. Para ele e os presentes na praça, a ação fez lembrar a época da Ditadura Militar. Tabak finalizou sua publicação pedindo investigação da GM e providências do prefeito Eduardo Paes, quem ele lembrou ter entregue as chaves do Rio ao Rei Momo para as celebrações de Carnaval.

A assessoria da Guarda Municipal informou que acompanhava normalmente o evento, e o tumulto ocorreu após um grupo tentar depredar a praça e o entorno, quando os guardas tentaram impedir e foram hostilizados. Segundo a GM, há registro de lixeiras destruídas, tentativa de pichação dos equipamentos da praça e depredação do mobiliário. Ainda segundo a Guarda Municipal, os oito guardas que estavam no local fazendo o patrulhamento acionaram apoio para conter aqueles que faziam a depredação. Três pessoas que atacaram os agentes com garrafas foram detidas e conduzidas para a delegacia, segundo a GM.

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