segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Policiais militares acusados de estupro são excluídos

Três dos quatro soldados da UPP do Jacarezinho suspeitos de atacar duas mulheres e uma menor estão presos no BEP.


HERCULANO FILHO

Rio - O comando da Polícia Militar confirmou, ontem à tarde, a exclusão dos quatro soldados da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Jacarezinho acusados de estuprar duas mulheres e uma adolescente na favela. A decisão foi divulgada com exclusividade pelo Informe do Dia, na edição de domingo. A próxima audiência ocorrerá na quinta-feira, na Auditoria da Justiça Militar. Em nota, a PM reforçou a gravidade da denúncia: “A conduta grave desses policiais militares, em desacordo com os ensinamentos recebidos durante a formação, atentou contra o sentimento de dever e decoro da classe. A ocorrência deste crime, por agentes garantidores da lei, é inadmissível”. Os suspeitos vão responder pelo artigo 232 do Código Penal Militar, por “constranger mulheres a conjunção carnal mediante violência ou grave ameaça” e por abuso de autoridade.

O caso veio à tona no dia 5 de agosto, quando as vítimas foram à 25ª DP (Engenho Novo) para denunciar policiais militares da UPP. Após o registro da ocorrência, cerca de 60 homens que estavam de plantão foram à delegacia. Reconhecidos, os soldados Gabriel Machado Mantuano, Renato Ferreira Leite, Anderson Farias da Silva e Wellington de Cássio Costa Fonseca foram presos em flagrante por abuso sexual e levados ao Batalhão Especial Prisional (BEP).

Solto, após liberdade provisória concedida pela juíza Ana Paula Monte Pena Figueiredo Barros, o soldado Wellington de Cássio apresentou versões diferentes do caso. No dia do crime, na delegacia, reconheceu os colegas de farda como autores do estupro. Ouvido em procedimento da PM dentro do BEP, o soldado negou ter visto o crime. No Ministério Público, disse ter sido ameaçado pelos outros suspeitos.

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