quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Desembargador quer Forças Armadas nas ruas do Rio

Fábio Uchôa defende a presença de militares para garantir a propaganda dos candidatos.




ADRIANA CRUZ

Rio - Convocar as Forças Armadas ou a Força Nacional para garantir a livre circulação da propaganda eleitoral de 3.152 candidatos ao governo do estado, ao Congresso Nacional e à Assembleia Legislativa em pelo menos 41 áreas de risco é o que o desembargador Fábio Uchôa, designado como interlocutor entre o TRE (Tribunal Regional Eleitoral)e o governo do estado,vai defender hoje na sessão da Justiça Eleitoral. O mapeamento da ação de milicianos e traficantes consta de relatório da Secretaria de Segurança Pública. Até mesmo dez regiões com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) não escapam da ação de criminosos, como relata o documento entregue ao desembargador. 

“Sem oportunidade igual para todos os candidatos não há lisura na eleição”, afirmou Uchôa. O magistrado criticou ainda o governador e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão, do PMDB, que não respondeu aos ofícios do TRE sobre o uso das forças federais. “Ele (Pezão) não quer reconhecer a necessidade do apoio federal. Não quer o ônus, como governador. Como candidato, deve estar em situação confortável, senão tomaria uma posição”, alfinetou. 

Para Fábio Uchôa a convocação das tropas federais independe do pedido oficial do governador Luiz Fernando Pezão, como sustenta o presidente do TRE, Bernardo Garcez. Segundo Fábio Uchôa, basta que o plenário da corte, composto por sete membros, aprove. Depois disso, será preciso ainda que o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chancele a decisão. 

“Vou fazer o meu trabalho. Quero apoio federal imediatamente. A campanha eleitoral está em curso, não podemos perder tempo”, justificou Uchôa. 

No levantamento da Secretaria de Segurança, há cobrança de ‘pedágio’ para a colocação de placas e circulação de candidatos em comunidades como a Vila Ipiranga, em Niterói. Em áreas de milícias, ‘currais eleitorais’ se manifestam através dos cadastros de títulos eleitorais. Entre outros locais de risco, aparecem o Complexo do Alemão, a favela da Rocinha e o Complexo da Maré, ocupado por militares.

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