domingo, 13 de abril de 2014

‘Não sou pensadora’, diz Valesca Popozuda

Não há dúvidas de que o estrondoso sucesso de ‘Beijinho no Ombro’ é um marco na carreira de Valesca Popozuda. Seu cachê, que antes girava entre R$ 15 mil e R$ 20 mil, atualmente pode chegar a R$ 40 mil. Suas roupas agora são de grife, seu corpo está menos exposto e seu palavreado, mais comedido. Mas, durante a conversa telefônica, Valesca mostrou que continua a mesma: sem frescuras. O sucesso não lhe subiu à cabeça e qualquer pergunta é bem-vinda. Até mesmo sobre seu mais recente título, de pensadora contemporânea, numa prova de um colégio municipal.


Você esteve na São Paulo Fashion Week e no Fashion Rio. Tem patrocínio de alguma marca?
Não, não. Eu não sou de ninguém.

Você sabia que fazia tanto sucesso assim no Planalto? Até a Presidente Dilma postou no Facebook uma animação fazendo o ‘Beijinho no ombro’…
Não, né (risos)? Não pensava que eles tinham tempo para pensar nisso (risos). O nosso Brasil tem tantos problemas… Fiquei feliz de ver a animação. Encontrei com várias pessoas que trabalham no Planalto e falam que fazem ‘beijinho no ombro’. Fico lisonjeada. Antes foi a história que tive com Lula e agora com a Dilma.

Mas, no Lula eu vejo que o movimento foi de você correr atrás. Dessa vez não, a Dilma é que foi.
Eu não fui atrás do Lula. Quando teve a inauguração da obra do PAC, no Complexo do Alemão, teve uma festa grande e eu fui convidada para cantar. Foi onde eu o conheci.

Você imagina um dia a Presidente dançando ‘Beijinho no ombro’?
Eu espero que sim e que eu esteja do lado dela pra gente dar vários beijinhos no ombro (risos).

Por que você acha que faz tanto sucesso em Brasília?
É uma honra. Vou te falar Leo, é difícil. Paro para pensar e vejo que o que está acontecendo é demais. Estou saboreando essa fase boa, não é deslumbre.

Vamos falar agora sobre sua fase mais light.
Fase mais light? Eu danço conforme a música. Faço show onde fico à vontade. Em referência a música, eu posso dizer que não foi a Valesca que mudou. O funk vem mudando, não dá para ficar na mesmice. Essa música é forte, mas não tem palavrão. Hoje rádio grande toca funk. Na boate GLS falo a linguagem deles, eu sou a Valesca Popozuda e não mudei.

Você está menos bombada, mais magra…
Eu parei de fazer musculação há mais de um ano. Minha perna é de família: grande e redonda. Passei daquela fase de ficar grandona. Desde que saí da ‘Fazenda’ eu ouvia as pessoas dizendo que eu era maior na TV. Acho que é mais bonito, mais elegante, tudo cai bem quando você está mais magra. Hoje tenho um personal, o Tico Salgado, e faço todo dia treinamento funcional e luta. Não sou muito de dieta.

Quantos quilos você perdeu?
Quase dez quilos.

Perdeu muita roupa?
Eu sempre vesti 42. Hoje estou no 38 e 40, dependendo do corte.

Suas roupas não estão tão curtas como antes…
Não. Na verdade, elas aumentaram só um pouquinho. Agora elas escondem mais o bumbum.

Seu cachê aumentou?
Ah…(risos) meu cachê é com meu empresário, né?

Aumentou?
Claro.

Quantas vezes aumentou de um ano pra cá?
Depende muito do que você faz. Hoje a gente monta uma estrutura maior, com cenário, troca de roupa, mais popodances.

Popodances?
Não falo que é balé, eles são popodances.

O Pardal, seu empresário, é seu marido?
Não. Ele já foi meu marido há muitos anos. Ele é pai do meu filho.

Vocês mantém um relacionamento?
Não, há muitos anos que acabou.

Todo mundo sempre disse que vocês tinham um relacionamento, mas não queriam assumir.
Não, não. Nós temos um filho. Ele cresceu vendo que tinha pai e mãe. Pardal deu certo na minha vida profissional, trabalhamos juntos e dá muito certo.

Existe uma certa dificuldade de um homem assumir uma mulher que fala as coisas que você diz nas suas músicas?
Nunca tive dificuldade com isso. Eu tenho meus lances. Namoro sério eu não quero mais.

Por quê? 
Vivo numa correria. Quando tenho tempo estou com meu filho. Fico às vezes quase um mês sem ver minha mãe. Tenho que me cuidar, ir aos eventos. Quando paro num hotel estou cansada, nessas horas o sexo não faz falta.

Não digo nem pelo sexo, mas você ter alguém para ligar e dizer que ama.
Ah, não. Já passei dessa fase na minha vida. Já lavei muita roupa, muita cueca, esquentei meu umbigo no fogão várias vezes. Não vou dizer que dessa água não beberei, mas pode ser que daqui a algum tempo eu possa casar, pagar paixão… O meu tempo é para cuidar do meu filho, que é adolescente e precisa de muita atenção.

O que o seu trabalho já te proporcionou e o que você ainda sonha?
Graças a Deus eu conquistei muitas coisas. Fiz meu pé de meia, não deixo faltar nada para minha família. A gente não pode pensar só no hoje, né?! Tenho imóveis como investimento e agora meu sonho é ter uma casa.

Você mora em apartamento?
Sim, comprei quando posei para ‘Playboy’. Sonho agora comprar uma casa.

De quais marcas de sapatos você gosta?
Louboutin, Versace… Gosto de sapato de marca ou não. Se der para comprar de marca, ok, tá lindo, porque tem cada um maravilhoso! Mas se não dá, eu compro sem marca se eu gostar.

Qual foi o mais caro que você já comprou?
Foi um de R$10 mil.

Quantos sapatos você tem em casa?
Mais de 200 pares.

Se alguém quiser te dar um presente é sapato.
Isso, é sapato. Ando pelada, mas não ando descalça.

Para quem você manda beijinho no ombro? Quero nomes.
Isso depende do significado… Porque o beijinho no ombro tem vários tipos. Ela não tem só um significado negativo, mas tem positivo também.

Já vi entrevistas em que você nega veementemente que tenha feito a música ‘Beijinho no Ombro’ para Anitta. Foi pra quem?
Os compositores são André Vieira, Wallace Vianna e Leandro Pardal. Eles falaram que a música estava pronta há tempos, mas não sabiam para quem passaria. Conversando com DJ Batutinha, eles falaram do interesse de me darem para gravar. Eu ouvi a música e amei. Era um bordão que existia há anos. As pessoas gostam de criar um clima, uma rivalidade que não existe. Não tem motivo. São duas mulheres correndo atrás de um único objetivo: crescer.

Vocês são amigas?
Eu falo com ela, a gente se encontra e sempre se cumprimenta. Não somos amigas de contato por telefone, mas isso porque as duas não têm tempo. Conheço a empresária dela antes da Anitta existir.

Você gosta mais do som da Anitta ou do Naldo?
Gosto dos dois. Naldo, pra quem não sabe, quando eu morava na Abolição e ele fazia dupla com Lula, foi me dar aula de canto. Lembro dele chegando com violãozinho. Eu estava começando a cantar. Eu nunca tinha pensando em cantar na minha vida, sou fã dele. Conheço a Anitta desde a época da Furacão 2000, que saiu de lá e cresceu. Teve atitude.

Mudando de assunto… Você já foi para o México gravar com a Dulce Maria?
Ainda não, vou no final de abril. Eles estão mandando a música pra cá antes de gravar por conta de algumas palavras que lá não existem como recalcada. Quando tiver ponto, eles vão me mandar para eu treinar com uma professora. Depois vou pra lá gravar com a Dulce Maria.

Quantos shows você faz agora?
Por mês faço mais de 30 shows. Faço no máximo dois por noite, começo a trabalhar na quarta-feira.

Quantas pessoas trabalham com você?
Tenho técnico de som, que cuida do ponto no ouvido. Isso ajuda a evitar problemas. Tenho técnico de som…

Não, não. Quero saber de pessoas que trabalham direto com você. Tem professora de dança? Alguém que te ajuda diretamente?
Que ande comigo? Não tenho ninguém que ande comigo, não. Ando sozinha. Não tenho professora de dança, tenho gente pra me ajudar na coreografia.

Ninguém carrega sua bolsa (risos)?
Nada, tenho não. Deus me deu dois braços fortes, eu carrego sozinha. Ando com Deus sempre.

Professor de canto você tem?
Tenho sim, ela é evangélica. Já trabalha comigo há tempos.

Calma aí. A moça que trabalha com você é evangélica?
Sim, é evangélica. Qual o problema?

Ela convive normalmente com as letras das suas músicas?
Ah…ela vai na minha casa e me ensina. Faz parte do trabalho, ela não mistura. Na hora de ela ir para igreja, ela vai. Ela tem que trabalhar, sempre cantou na igreja, mas trabalha com vários pagodeiros. Ela faz backing vocal. Canta muito, já estamos juntas há três anos.

Me diz um sonho para sua vida profissional?
Eu tenho sonho de fazer um grande DVD. Quero como da Beyoncé. Me inspiro muito nela. Sempre falei isso. Quero fazer um clipe com show, com uma grande produção. Quero convidar vários nomes para cantarem comigo no palco.

Entre as divas americanas quem você mais se identifica?
Olha eu me identifico e gosto é a Beyoncé. O primeiro show que eu vi dela foi em Nova Jersey, quando saí em turnê ainda com a ‘Gaiola das Popozudas’.

Depois de ‘Beijinho no Ombro’ vem o quê?
Tenho várias músicas que ainda vou gravar. Tem duas que são ‘Vamos Lacrar’ e ‘Tá pra nascer homem que vai mandar em mim’ e a gente ainda está vendo qual delas vai lançar.

Tem palavrão nessas músicas?
Hum… não tem palavrão.

É a Valesca paz e amor?
Pode ser a Valesca light, mas com músicas fortes.

Viu? Com menos baixaria então.
Sim, mas são fortes. Eu não mudei nada, o povo gosta da Valesca do palco, que fala o que quer. Como te disse antes, eu danço conforme a música. Se eu posso fazer eu faço, senão, não.

Postado por: Leo Dias 
http://blogs.odia.ig.com.br/leodias

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